Akai ito: Destinado a te encontrar

Capítulo 5

SAKURA

E um arrepio passou pelo meu corpo, sem perceber meus olhos acumulavam lágrimas aos poucos, era um misto de emoções que eu não conseguia distinguir o que estava sentindo, meu peito estava divergindo aos poucos, sentia um misto de tristeza e solidão, era tanta dor que eu chorei incessantemente.

- Eu...eu não entendo, o que é isso? É como se fosse as minhas emoções mas ao mesmo tempo não, dói muito. - Eu não conseguia conter as lágrimas, fui me acalmando pouco a pouco, limpei meu rosto com as costas da minha mão e tentando não deixar rastros de lágrimas, mas eu iria acabar ficando com o rosto vermelho e inchado evidenciando que chorei.

Eu nunca havia sentido tanta dor, eu tomei como minha dor mesmo não sendo minha, eu não compreendo nada do que está acontecendo. Me virei e vi que atrás de mim a senhora continuava comigo.

- Você deve ter percebido que esta não é uma cerejeira comum, o clã Hana era uma família não muito diferente de qualquer outra família de pessoas shinobi, não havia linhagem de chakra na família, todos eram pessoas comuns. -A senhora resolve se sentar na grama para continuar a falar e eu faço o mesmo atenta as suas palavras.- Eu sou a pessoa mais velha deste clã viva, meus pais me contaram a história que eles haviam ouvido dos pais deles, na nossa família sempre houve o desejo por poder, mas como éramos pessoas comuns não existia como possuir tal poder, fomos sempre simples comerciantes, porém tudo mudou com o sábio dos seis caminhos na terra, você já deve ter ouvido falar sobre ele certo?

Meu pensamento me trouxe a Sasuke e Naruto na memória, quem imaginaria que os dois seriam reencarnações dos filhos do sábio dos seis caminhos, Indra e Ashura, este homem criou as bijuus e dividiu seu poder com humanos, sempre achei que fosse história para criança dormir.

-Sim já ouvi falar. -Digo para ela e ela continua.

-Ele foi o responsável por criar o mundo ninja quando dividiu seu chakra com alguns humanos, mesmo ele sendo uma pessoa próspera, muita gente sentia raiva pelos seus feitos, um servo que trabalhava para ele era um dos humanos no qual ele havia dividido seu chakra, mas isso não foi o bastante e esse servo ficou louco por mais poder, ele se aliou com um amigo que era o responsável pela família Hana na época. O servo que trabalhava para o sábio tinha informações importantes e contou tudo para o senhor da família Hana sobre o chakra. O servo treinou muito com o sábio e ficou ainda melhor em jutsus e o sábio o confiou seus livros com segredos, o servo leu boa parte dos seus livros e tinha ainda mais informações. Até que um dia armaram um plano e o servo roubou uma planta de poder do sábio. Os anciões da família Hana precisavam esconder essa planta das pessoas de fora, o senhor responsável pela família Hana iria ser pai, sua esposa estava quase dando a luz e no dia do nascimento de sua filha, eles utilizaram o chakra do servo e criaram um jutsu usando aquela planta na mulher grávida, ela consumiu aquela planta. Eles não sabiam os riscos nem tinham muito conhecimento. Quando a criança nasceu ela tinha os cabelos de uma estranha cor rosa e possuía chakra, a possibilitando conseguir curar, sua mãe que a tivera no parto estava quase morta pelos efeitos da planta, a criança mesmo quando tivera acabado de nascer possuía um tipo de jutsu curativo e mesmo sem precisar fazer selos, sua presença curava, estar perto dela transbordava em poder. Seu pai o responsável do clã ficou muito surpreso, mas feliz por agora possuir o que tanto queria, ele tinha que arrumar um jeito de continuar com este poder e sem que soubessem. e novamente ele resolveu de sacrificar sua filha, o servo e ele trabalharam em um jutso e conseguiram fazer com que a pequena menina virasse uma árvore de cerejeira com a intenção de eternizar, ela tinha os poderes curativos e manter a árvore fazia com que a família fosse forte, apenas os seus pais e os anciões da família ficaram sabendo. O tempo passou e a mãe da menina teve outra filha e esta filha também nasceu com os cabelos rosa e chakra porém não tinha a habilidade de curar, eles acreditavam que era o efeito da planta que a mulher tinha consumido ainda estava nela, tornando seu colo com chakra, esta menina deu continuação a família Hana que depois o sangue prevaleceu e os traços genéticos também e se tornaram um clã com estas características, o cabelo rosa é único do clã.- Ela diz.

-O senhor Hana sacrificou a própria filha por poder... ele é um monstro! que história horrível, então...essa cerejeira é a filha dele?- Eu digo assustada e com dor no coração novamente.

-Sim é a filha dele, como ele não nomeou ela as pessoas do clã deram o nome de Aishiteru, o mesmo nome do bosque, dizendo que a árvore era o próprio verbo amor, e mesmo boa parte do clã não sabendo da história sobre ela até hoje, por décadas ela é muito querida, e ainda assim depois de tantos anos continua viva. Mas não sabemos por quanto tempo mais, ela está no seu limite, mas era assim que tinha que ser, pois a profecia está se cumprindo. -Ela diz se levantando e limpando as folhas da grama do seu kimono.- Vamos Sakura nossa caminhada já acabou.- Ela me espera levantar também e a segui-la.

Enquanto eu e a senhora que até então não se importou em dizer seu nome andávamos seja lá para onde ela desejava me levar, eu estava pensando na estória, eu nunca tinha ouvido nada parecido, me encontro com muitas dúvidas e minha cabeça está começando a doer, deve ser consequência do choro que eu tive, eu só pensava em voltar pra casa, ficar no meu cantinho estudando enquanto tomo um café bem quente, não dei muito valor no quão bom era a sensação em estar no lar. Estou tão preocupada com os meu trabalhos, será que a Ino está dando conta do hospital? Ficar aqui nessa vila que eu não tenho ideia onde fica me preocupa muito, até porque eu nem sei o propósito deles em terem me sequestrado, quando será que irei volta pra casa? Isso de não ter certeza de nada está me deixando doida e a essa hora o baka do Naruto já deve estar arrancando os cabelos atrás de mim e eu fico feliz em saber que tenho uma pessoa tão maravilhosa que se preocupa comigo.

Estávamos entrando no templo e indo em direção a um salão diferente do anterior, parecia ser de treinamento e havia um homem e uma mulher onde os dois eram muito parecidos, eu diria que eram irmãos pela cor de cabelo dos dois ser um rosa escuro e terem semelhança, os dois estavam com roupas diferentes de kimonos sendo eles menos formais, pareciam estar me esperando.

-Sakura estou te deixando na companhia de Kai e Sejin eles serão os seus instrutores.- A senhora diz saindo do salão e me deixando com os dois.

-Olá Sakura, eu e Kai vamos te ajudar hoje, bem acho que a senhora Kuren não explicou sobre tudo e espera que te contemos.- Disse a Sejin. Finalmente descobri o nome da velha, era Kuren.

-Por anos nosso clã manteve a tradição de comemorar a vida a cada primavera, mas não é um festival comum colhemos algumas folhas da árvore aishiteru e utilizamos no nosso estoque de remédios e entre outras coisas, aproveitamos o primeiro dia da primavera que é o dia que ela está mais forte por isso criamos o festival da primavera.- Disse Kai.

-Até agora não entendi o meu envolvimento com a história.- Digo já exausta de toda aquela história.

-Ano passado na primavera, nossas folhas estavam fracas e quebradiças Aishiteru não tinha mais todo aquele poder e estamos preocupados se na primavera desse ano tenha sobrado algo. E o que podemos te explicar agora é que você irá ser treinada por nós para nos ajudar a restaurar a nossa árvore para que ela esteja boa este ano.- Diz a Sejin.

-E por que eu quem tenho que ajudar e não outra pessoa?- Pergunto desconfiada, essa história e estas pessoas por algum motivo não me passam confiança.

-Não temos essa informação, e mesmo se tivéssemos não estaríamos autorizados a te contar. Bem, te contamos tudo que sabemos e o que você precisa saber, eu sei que você é uma pessoa boa e que vai ajudar nosso clã, então por favor aceite nosso treinamento.- A menina Sejin diz curvando o corpo em sinal de por favor. Sim eu sou uma pessoa de bom coração outro adjetivo para disfarçar o trouxa, mesmo assim digo a eles dois.

-Eu aceito ser treinada por vocês.

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Perdoem por ter atrasado tanto! Eu e minha amiga estamos com muitas coisas da escola pra fazer.. bem, espero que tenham gostado :D