Capítulo 1

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JOSH VEDDER

Estava saindo do centro cirúrgico, caminhando pelos corredores do hospital e cumprimentando alguns colegas, a cirurgia de hoje foi exaustiva e extremamente complicada, mas foi um sucesso. Entro na minha sala, tirando minha toca e soltando meu cabelo que já chegou a hora de dar uma aparada e dou uma olhada para o meu celular e abro um sorriso a ver meu filho cachorro Chucky como papel de parede, que saudade desse cão atrapalhado e isso me faz arregalar os olhos lembrando que ele ficaria sozinho no meu apartamento e do meu irmão, ele e a Yellow, dois destruidores. Tomo um banho correndo, me visto e pego meu celular e minha carteira em caminho de casa pra desfrutar de uma suada folga.

Já no meu jipe, meu xodó passando por um café e comprando alguns donuts pra draga que é meu irmão mais velho. Nós moramos juntos pra nossa segurança, ser filho de famoso é desculpa pra gente sem noção brincar ou até mesmo fazer um sequestro e nosso pai diz que não suportaria uma coisa dessas. Estaciono em frente ao nosso prédio e dou um alô pro seu Leon, um porteiro muito fofoqueiro e que me é muito útil quando meu irmão ta tacando o puteiro lá em casa.

- Bom dia seu Leon, tem alguém lá em cima? – lhe dou um sorriso de canto pra soar simpático com a minha cara de derrota.

- Pode ir tranqüilo seu Vedder! Hoje to limpo! – Ele pisca de pra mim em cumplicidade e eu solto uma risada.

Sigo pro meu apartamento e respiro aliviado que estou muito próximo da minha cama, saio do elevador e vou ate a porta, abrindo e conhecendo uma voz grossa e tímida muito familiar e dou de cara com...

- PAI! – um sorriso gigante se abria no meu rosto, já que tinha 2 meses sem vê-lo pessoalmente, ele estava em turnê com a banda. – Porque você não avisou pai? A gente teria ido pra casa.

- Eu falei a mesma coisa e ele quase pega um carinha muito gostoso que me fez companhia essa noite. – só ouço um tapa na cabeça do meu irmão. – AI PAI! FICOU CADUCO VELHO? – Ele senta emburrado e eu caio na gargalhada mas logo calo a boca quando percebo que sobraria pra mim.

- Vocês dois nunca crescem, como vou envelhecer sossegado com dois adolescentes? – Ele coloca a caneca de café em cima do balcão que separava a sala da cozinha e me dá um abraço que trás um sentimento de casa e conforto, sorrio porque sentia falta disso. – Não querem saber como foi na Jamaica? Que turnê! Mas eu estou exausto.

- Fumou o bagulho de lá pai? É melhor que esse lixo que estão vendendo por aqui? – diz meu irmão com uma cara de curioso e meu pai cai na gargalhada.

Meu pai não era nenhum idiota, sabia que eu e ele apertávamos um baseado às vezes e que éramos adeptos a uma vida sem rótulos, nossos únicos rótulos era nossa orientação sexual e eu sou assumidamente gay. Foi frustrante pra mim não poder viver o drama de sair do armário com um pai tão moderno e meu irmão não diferente quando assumiu que jogava também no lado colorido da força.

Continuamos ali ouvindo Jhonny Cash e curtindo nosso pai, ele nos disse que agora só seria uma turnê por ano que duraria 3 meses, ele queria descansar e cuidar dos seus netos cachorro. Todos nossos encontros eram regados de muita musica e café e muitas vezes fazíamos um som.

- Sr Vedder, sabe que o Josh está apaixonado? – diz meu irmão sugestivo e me olhando com a cara mais sínica. Vou matar esse porto-riquenho!

- Como Josh? Como se apaixona e não conta pro seu velho pai? Cadê o meu genro? – meu pai me olha cheio de esperança já que ele acreditava que só eu lhe daria netos.

- Pai ele nem sabe quem eu sou, eu só fico observando ele no parque, mas na próxima vou chamá-lo pra um café. – um sorriso bobo se sai dos meus lábios e eu sabia que se encontrasse com aquele garoto de novo eu cairia de cara no chão do tanto que aquele sorriso me deixava maluco. 

Seguimos submersos em nosso momento de família, esqueci ate o cansaço de um plantão com duas cirurgias pesadas e meu irmão deixou seu escritório pra lá. Quando nosso pai chegava parecíamos criança de novo e ficávamos hipnotizados com as historias engraçadas e os apuros que eles passavam em cada turnê e sem contar os presentes que eram um barato, coisas típicas de diversas culturas e dessa vez ganhamos um pandeiro que ele havia ganhado de um sambista brasileiro grande amigo dele.  


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*SEGUE O PRIMEIRO CAPITULO! A CADA VISUALIZAÇÃO EU VIBRO DE ALEGRIA, JÁ GANHEI VOTO E TUDO! BABADO FORTE! 

* COMENTEM E VOTEM, ESTOU ADORANDO ME AVENTURAR NESSA HISTÓRIA QUE TIVE IDEIA COZINHANDO. 

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