Capítulo 55 - Por outro lado.

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Gilbert Narrando

Estava pegando meu vôo pra Toronto. Quando chegasse lá, iria começar a arrumar minhas coisas e assinar a papelada pra participar do programa de alunos bolsistas. O Léo estava no meu pé, dizendo que sabia que por dentro eu estava confuso, mas que era o melhor, ele também ia pra lá.
Ele não estava errado, as coisas com Anne haviam fugido de controle, e talvez eu tenha feito de novo, aquilo de dar minutos pra ela decidir muita coisa. Mas eu realmente teria desistido da bolsa por ela, teria ido pra Charlottetown. Esse romance á distância nunca ia dar certo, as coisas são corridas demais pra estudantes como nós. Quando contei pra Bash, pela manhã, antes do vôo, ele disse que nós dois estávamos agindo como crianças bobas.
Segundo ele: Anne não devia ter aceitado o pedido, mesmo que isso mexesse um pouco comigo, e disse que eu deveria escuta-la, e saber conversar. Disse que eu conhecia Anne, e ele também, o que significava que nós sabíamos que desde sempre ela gostou de ser uma mulher livre,  aventureira e que realmente o casamento, até mesmo noivado, era algo que ia prende-la muito.
Por outro lado, ele falou que deixar com que Roy entrasse na vida dela por esse mesmo momento, tinha deixado isso tudo muito mais complicado, então eu tinha apenas esse ponto positivo. Eu estava errado por não ouvi-la e por tentar fazer ela tomar decisões com tanta rapidez. Além do fato de desconfiar dela, o que por um lado era de se entender.
Eu queria muito que não me machucasse, mas eu amava muito a minha ruiva, tive momentos inesquecíveis com ela, e quis acreditar que se fosse pra ser, um dia apenas seria.
Eu ia estar aqui pra ela caso precisasse, mas por agora, eu queria um momento pra mim, depois eu a chamava para conversar, nem que fosse pra sermos amigos.
Outra coisa que não me saia da cabeça, era Winnie, pedi a Deus que eu não á encontrasse lá, se ela ainda estivesse com as ideias malucas dela na cabeça. Eu gostava da companhia e da amizade dela, mas o último pedido que ela me fez, não foi muito sensato. Paris era grande, seria azar.
Agora eu teria muita coisa pra pensar, uma faculdade nova, melhor, que tomaria mais do meu tempo, mas que me ajudaria muito mais.


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