Argentina estava deitada na cama de seu quarto, como esteve desde o sequestro da sua filha, Malvinas, ou como o britânico exigia que a chamasse, "Falklands"
Mesmo que esta tragédia tenha acontecido há anos, não tirava a pequena da cabeça, e a cada dia, parece que a tristeza só aumentava
- Mãe...
Ouviu uma voz abrindo a porta, mas nem sequer levantou a cabeça para ver quem era, até porquê reconhecia muito bem aquela voz
Buenos Aires - Santa Cruz já fez o almoço, a senhora não quer descer pra almoçar?
Perguntou sem resposta. Suspirou levemente, e foi até a cama da mãe, ficando ao seu lado
Buenos Aires - Olha mãe... Eu sei que a senhora sente a falta dela, mas não acha que já está na hora de seguir em frente? Eu tenho certeza que, se a Malvinas ainda estivesse morando com a gente, ela não gostaria de ver como a senhora está
Apesar das palavras, a argentina não pareceu ter se convencido, e continuou olhando para o vazio, piscando algumas vezes e derramando pequenas lágrimas
O menor se sentou em sua cama, e ergueu os braços para a mãe, que olhou para suas mãos e para o filho, que apenas inclinou levemente a cabeça
A loira então, se sentou na cama, e abraçou fortemente o filho, fechando os olhos com força. O menor retribuiu o abraço, deixando a mãe chorar o quanto quisesse, até a mesma se acalmar e separar o abraço enxugando as lágrimas
Buenos Aires - Eu vou trazer seu almoço, não faça nenhuma besteira até eu voltar
Se levantou indo até a porta
Argentina - Certo...
Sussurrou, não dando para o filho ouvir
Santa Fé - E então?
O loiro olhou para a irmã, que apenas olhou para um canto aleatório
Santa Fé - Santa Cruz, onde está Tucumán e TAIS?
Gritou indo até a cozinha para se certificar de que a irmã havia pegado as mais novas
Desde o sequestro de Malvinas, Argentina apresentava sérios problemas, estava com depressão, e por causa disso, os três filhos mais velhos eram responsáveis pela casa, não chegavam nem a dormir com medo da mãe se matar
Enquanto ia preparar o prato da argentina, Buenos Aires escutou alguém batendo à porta, e ao abrir, viu quem menos queria sorrindo para si
Brasil - Oi, sua mãe-
Antes que terminasse, o argentino bateu a porta com toda força. Depois do susto, o brasileiro começou a bater insistentemente na porta, se tivesse puxado a mãe, não demoraria muito para Buenos Aires abrir por ter a paciência esgotada, e estava certo
Buenos Aires - O que você quer?
Brasil - Eu quero ver como sua mãe está.
Buenos Aires - Estava ótima até você aparecer.
Iria fechar a porta, mas o moreno segurou para que não fechasse
Brasil - Para com isso, ela nem sabe que eu tô aqui!
Buenos Aires - Aleluia, ela não pode se estressar!
Brasil - Calma aí, garoto, eu só quero ajudá-la!
Buenos Aires - Ajudar? Ajudar?! Devia ter tido essa ideia anos atrás, na época que a minha irmã ainda era da minha mãe!
Brasil - Eu ainda era império, e-
Buenos Aires - Foda-se! Se você realmente amasse a minha mãe, teria ajudado em alguma coisa, mas não! Não ajudou em porra nenhuma! Quem ajudou foi o tio Peru!
Brasil - E mesmo assim a Malvinas foi levada.
O argentino esbravejou querendo gritar, mas não queria chamar mais atenção do que estava chamando
Buenos Aires - Não importa o quanto minta e iluda a minha mãe dizendo que a ama! Você não é meu pai, nunca foi! E nunca, nunca, nunca mesmo, vai ser o meu pai!
Bateu a porta com toda força, a trancando, e indo para a cozinha preparar o prato da mãe
•
O que acham?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Statehumans: Novos irmãos
FanfictionBrasil e Argentina acabaram se reconciliando, casando, e agora, seus filhos terão que aprender a conviver juntos, mesmo que a maioria deles não consiga...