O Garoto Bipolar

LOOK AT ME

Quando eu consegui me recuperar, de todos os soluços e lágrimas que estavam caindo, eu olhei para aquela pessoa, ela estava sorrindo.

- por que você está sorrindo?

- porque eu ainda estou aqui, não vê?

- eu vejo, mas?...

- eu disse, disse que estaria aqui...

Eu não disse nada, apenas me levantei e ele me ajudou, em seguida ele me deu seu casaco, estava escurecendo e estava ficando frio.

- você não está com frio? - perguntei.

- não, você deve estar, por que não vamos embora? Eu te levo até sua casa.

- você sabe onde eu moro?

- somos vizinhos, me mudei faz pouco tempo, sempre vejo você sair da sua casa apressado para ir a escola, chega a ser engraçado e bonito... - ele corou e sorriu.

- bonito? - eu ri

- você riu

- não ri..

- riu, riu sim, isso é engraçado?

- não sei como me acha bonito...

- você simplesmente é, aliás acho que já tá na hora de irmos, está ficando mais frio...

Caminhamos juntos enquanto conversava -mos por coisas totalmente aleatória, ele era legal, e me fazia sentir acolhido...

- é chegamos - ele disse - eu moro alí, naquela casa branca.

Ele apontou e eu me virei para ver, era perto da minha, mas nunca reparei que alguém novo  havia se mudado para lá.

- é acho que vamos nos ver com frequência - ele disse - ou eu vou ver você com frequência.

Ele sorriu, isso foi um pouco assustador, mas ele, estava rindo, então apenas não levei a sério...

- sim acho que vamos nos ver muito. Qual é o seu nome aliás?

- Sang Kristin.

- o meu é Kim Taehyung, aliás Obrigado por hoje, suas palavras foram acolhedoras

- não tem o porquê, eu fiz, o que era preciso fazer.

- bom, acho que tenho que ir agora.

Tirei o casaco e o entreguei. Abri o portãozinho da frente e caminhei até a porta de casa, me virei e ele ainda estava lá, talvez esperando que entrasse para que assim ele pudesse saber que eu estava segura, e nada ia acontecer comigo.

Mas assim que eu entrei, eu vi uma foto minha e de meu pai, a dor, aquela sensação, o seu rosto tudo vieram atona.

Vocês entendem que, nada é como a gente quer?

Eu queria ter uma vida normal, onde meu pai estaria presente nela, onde ele me veria namorar, noivar, casar, ter ou adotar meus filhos.
Onde eu veria ele envelhecer, e eu estaria aqui para cuidar dele, como ele fez comigo em todos esses anos, mas isso não será possível.
Por que ele se foi, e nunca mais o verei.

1 semana Depois - Diário

Eu tenho me sentido muito triste últimamente, então escrevo isso para poder aliviar um pouco, e tentar tirar esse pensamento de me suicidar.
Eu ainda tento me acostumar ao fato de que toda vez que eu acordar, não irei mais ver o meu pai.

Agora eu moro sozinho, eu tenho 17 anos, mas faço 18 em breve, minha tia me liga e pergunta como eu estou, eu digo que estou bem, mas é mentira, eu estou morrendo por dentro, eu parei de fazer as minhas sessões a psicóloga, já que agora preciso de um emprego para sustentar a casa.