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Sabina Pov

Acordei as 07:00 da manhã, o quarto estava escuro, mas a luz do sol surgia pela fenda da cortina. Sentei e olhei ao redor, tudo era tão grande.

Levantei e abri as cortinas cortinas, pela primeira vez vi que a janela era gradeada. Lembrei do que Joalin avia dito na noite passada:

Ela é uma prisioneira.

Meu rosto encostou as grades geladas, com isso consegui ver o que ocorria do lado de fora. Tinham vários homens e carros sendo preparados, algo ia acontecer.

— Você esqueceu de me entregar algo? — Noah disse em meu ouvido bem atrás de mim.

— Era para você está lá as 07:00 não era? — Eu disse nervosa, acho que eu ia morrer.

Uma de suas mãos apertou levemente a parte de trás do meu pescoço, eu virei e fiquei de frente para ele, seus olhos verdes intensos olhavam para para mim mas se abaixaram para meu pescoço, seus dedos rossavam gentilmente meus hematomas no pescoço.

— Eu devia jogar você para meus cachorros — Ele começou a dizer, olhei incrédula para ele — Acho que é isso que eu vou fazer. Se arruma e me encontra na sala em 15 minutos.

— O que acontece se eu me atrasar? — Noah já estava perto da porta quando eu perguntei, de repente ele parou.

— Não sei — Ele disse meio frustrado — Mas acho que não será algo bom — Ele fechou a porta e eu sorri.

Uma leve tristeza tomou conta de mim enquanto eu tomava um banho. Eu geralmente acordava com minha tia gritando comigo ou com meu pai reclamando das coisas erradas que os cachorros faziam. Mas agora eu acordo com um cara gato bandido me fazendo ameaças falsas.

Vesti uma calça jeans azul e uma blusa branca com mangas largas. Desci chegando cinco minutos arrasada, Noah estava me olhando sério, eu quase ri, mas eu ainda não tinha intimidade com o chefe do grupo com corruptos.

— Você fez isso de propósito não foi? — Ele disse com um ar de divertido.

— Só estou com medo dos seus cachorros — Digo ficando de frente para ele.

— Eles são bonzinhos.

Noah colocou a mão nas minha costa e seguimos lado a lado até o lugar onde os cachorros ficaram. Ao me aproximar, vi os cães. Eram os cães.

5 hotwallers raivosos. Parei no meio do caminho ao olhar aquilo. Meu coração gelou, as palmas das minhas mãos estavam suadas. Isso era uma punição por não avisar, era o aviso de que eu tinha que ser mais atenta da próxima vez.

— Vem, o que está fazendo ai parada? — Ele perguntou, olhando para trás onde eu estava parada — Eles não vão comer você, só se você pedir, é claro.

Ele voltou e pegou meu braço, praticamente me puxando, meus pés quase não se moviam do chão. Os cachorros ficavam mais raivosos cada passo que nós dávamos, e a grossa cerca que os separava da gente, podia ser rompida a qualquer hora.

— Não, não, não — Gritei e tentei soltar das mãos de Noah, mas ele apertou mais meu braço e continuou me puxando — Para Noah!

Quanto mais alto os latidos, mais eu enxergava tudo embaçado, e quando Noah abriu os trincos e os cachorros saíram, eu morri literalmente no meio daquele lugar.

(...)

A dor ficou maior quando eu consegui abrir os olhos. Me perguntei se eu estava no céu, mas no céu não tem dor de cabeça. Me perguntei se era o inferno, mas lembrei que eu já vivia um.

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⏰ Última atualização: May 23, 2020 ⏰

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