Capítulo III

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NOTAS INICIAIS

AVISO DE GATILHO: esse capítulo contém cenas de relacionamento tóxico e abuso psicológico que podem ser desconfortáveis para alguns leitores.

Oi, gente!! Vocês estão bem e se cuidando? Senti saudade de vocês ):

Como sempre, queria começar o capítulo agradecendo por todo o carinho, pelos comentários e votos do capítulo anterior, eu fico feliz demais com esse feedback, vocês estão sendo uns amores comigo! Eu espero que vocês possam continuar gostando da fic <3

Ah, também queria avisar que parece que tem um site por aí clonando as fanfics do wattpad. Então, se vocês virem essa fanfic em qualquer outra plataforma, ou é plágio ou vocês correm o risco de sofrer um ataque virtual. Por isso, acessem-na somente pelo wattpad, eu tô postando ela só nessa plataforma! Avisem os seus amigos tb sobre esse site que tá clonando as fics ):

Enfim, boa leitura e não esquece de dar um votinho no capítulo pra eu ficar feliz!! <3 (Qualquer erro, me avisem!)

Capítulo III

 As I was looking for a way to disappear

So the morning came

And swept the night away

As I was looking for

A way to disappear

Ela não ia pular. Só gostava de olhar para baixo e estava bêbada, mas ela não ia pular.

Aquela festa estava um saco e isso desde o início. Como era amiga da Yamanaka, havia chegado mais cedo para ajudá-la com os preparativos, mas não queria estar ali e o mais irônico de tudo é que ela não sabia porque raios, então, ela estava. A música era muito alta em seu ouvido, tanto que ela se trancou no banheiro do corredor de cima por alguns momentos só para tentar abafar o som. Ela não gostava de festas adolescentes como aquela, Hinata preferia os shows musicais. Queria viver experiências verdadeiras, queria se sentir viva. Queria balançar a cabeça ao som de uma música que gostava, queria dançar na chuva, queria correr por aí, queria viajar e conhecer lugares novos, pessoas novas. Konoha simplesmente a deixava injuriada.

Desde que Neji morrera, o pensamento de vazio era constante em sua vida: É só isso mesmo?, Ela pensava. Venho nessas festas, me encho de álcool e droga, porque é isso que um jovem deveria fazer. Depois, vou me formar no ensino médio, vou ir para uma faculdade, vou trabalhar e me casar. Depois ter filhos. Como a típica classe média que sou. Aquele pensamento a deixava aterrorizada, porque Hinata morria de medo do que era comum. Ela queria viver experiências extraordinárias antes de tudo. Tinham pessoas que se contentavam com aquela vida e estava tudo bem, mas a Hyuuga sentia uma necessidade estranha e diferente daquela, porque sempre fora tão presa, seu pai sempre tão rígido, que tudo aquilo, todos aqueles jovens, aquela festa e aquela cidade a sufocavam.

Encarou o próprio reflexo no espelho e não se reconheceu. Sua face estava tão cansada e tão abatida, que era surpreendente que ninguém tivesse reparado em sua mudança. Saiu do banheiro, andou pelo corredor e desceu as escadas, apoiada pelo corrimão. Passou pela sala, onde alguns jovens dançavam, e foi até a cozinha. Colocou uma grande quantidade de bebida alcoólica em um copo de plástico e virou tudo de uma vez na garganta. Tudo o que ela menos queria era estar sóbria ou, caso contrário, não suportaria Toneri e nem nenhum de seus amigos. Saiu da cozinha e foi para os fundos da casa, onde tinha um jardim e uma piscina. Logo que entrou, Toneri virou o rosto em sua direção e a chamou. Ele estava em uma rodinha de amigos perto da piscina e, inclusive, Matsuri estava no meio deles. Quis revirar os olhos, mas foi até lá mesmo assim.

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