Prólogo.

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— Russell? — Um sátiro chamou a garota que fazia algumas vinhas crescerem e comia as uvas.
— Pois não?
— O Sr. D... Seu pai, está lhe chamando. — a garota ergueu seus olhos cor de mel até o ser que a chamava, suas sobrancelhas denunciavam a expressão confusa. — Ele só disse isso.
— Oh, certo. — Ela se levantou limpando a terra dos joelhos. — Ele está na casa grande? — Assim que o sátiro assentiu, ela se pôs a correr. O colar com sete contas saltava em seu peito e seu cabelo parecia ter saído de um comercial de shampoo. Ela notava que aos poucos o acampamento se reconstruía.
Fazia pouco tempo desde a guerra contra Cronos, Rachel era o oráculo e estava presente nesse mês.
— Com licença, senhor. — Ela disse sorrindo ao entrar na construção, e encontrou seu pai conversando com a onça que estava na parede. Deu de ombros colocando as mãos no bolso traseiro do shorts jeans. — Pediu para me chamarem?
— Ah, Cassandra. — Ela desviou o olhar. Sabia que seu pai fazia isso de trocar o nome com todos semideuses, mas com ela, por conta de ser legado de Afrodite, ela lia a emoção de desprezo dele. — Você não está triste, está?
— Levando em conta com o que aconteceu... — Dionísio abaixou o olhar, foi difícil para ambos a morte de Castor. — Mas não precisa se importar comigo, imagino que Pólux deva estar pior que eu. — Ela deu seu típico sorriso de que estava bem. Ela forçava um sorriso aberto e o deus percebeu que ela fingia, não precisava ser Apolo para perceber a mentira.
— Sabe, quando sua mãe veio atrás de mim e me falou de você, eu quis matar você, não nego. — Cassiopeia ergueu os olhos que tremeluziam um leve tom arroxeado. — E passei quase sua existência inteira te odiando, mas veja bem. Depois da morte de seu irmão, eu percebi que não valia a pena te odiar por algo que sua mãe fez. — A garota levou uma mecha de seu cabelo até atrás da orelha e percebeu a semelhança. O cabelos de ambos era cacheado, e o tom era tão escuro que parecia roxo, a diferença, era no comprimento. O de Cassiopeia chegava até sua cintura. — Você não é sua mãe e espero que guarde bem o que eu disse, não irei repetir.
— Uou. — A garota encarava o mais velho chocado.
— Espero que você me desculpe, Cassiopeia. — A garota agora segurava as lágrimas. Quem conhecia o Sr. D. sabia o quão difícil era que ele falasse seu nome certo.
— Eu vou... — Ele revirou os olhos quando sentiu a garota abraçar ele. Pensou em xingar ela, mas decidiu fazer isso depois, então apenas retribuiu, a soltando após alguns minutos, e logo, uma cabeleireira ruiva apareceu sussurrando as seguintes palavras para Cassiopeia Russell.
— Quando o amor chegar, sua perdição ou salvação encontrará. — Cassiopeia sabia que não era uma profecia, era apenas um aviso, e partir desse dia, ela decidiu que não correria o risco.

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