Capítulo um.

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A garota encarava o rapaz a sua frente, ele havia mudado desde que chegou.
- Lester, em todos esses anos, seja como Apolo ou como mortal, você NUNCA ficou bêbado? - Ela sussurrou como se o que dissesse fosse um crime.
- Não. - Ele disse como se fosse óbvio, e se arrependeu ao ver o sorriso da garota.
- Agora você irá ficar. - Ela empurrou ele para seu chalé e seu irmão a olhou como se fosse doida. - Eu tenho uma missão. - Pausa dramática e uma revirada de olhos por parte de Lester. - Deixar ele bêbado.
- Não conte comigo. - Pólux disse saindo.
- Só não dedure, por favor. - Ela gritou quando ouviu a porta fechar.
- Ok, você nunca vai me deixar bêbado. Embora eu esteja na forma mortal, eu já fui um deus, meu organismo está acostumado com álcool humano.
- Certo, certo. - Ela disse divertida e preparou algum drink para ele, o primeiro de muitos.
***
- TÁ TUDO GIRANDO! - A garota ria bebendo o drink e observando o ex-deus totalmente fora da casinha. - CASSI. - Ele chamou a garota que arqueou uma sobrancelha. - Eu deveria ter feito isso antees!
- Só não se quebre. - Ela disse quando viu ele dar um mortal. - E não quebre algum móvel.
- Eu não vooou. - Ele começou a rir. - Por que tem duas de você? Você consegue criar clones? - Ele se sentou no chão, rindo para o nada.
- Certo, certo.
- Ei, você tem que beber também! - A garota riu de sua fala enrolada. - Eu sou Apolo, um deus e você. - Ele soluçou. - Deve me obedecer.
A garota já sabendo que faria isso, preparou um drink e virou.
- Uuuuh, isso foi um desafio? - Lester disse arqueando a sobrancelha e ela assentiu. Desejando que pudesse ficar bêbada essa noite. - Mas eu não tô bêbado.
- ah, não, você não está. - A garota riu virando mais um drink. Eles viraram bebidas após bebidas e quando Pólux chegou, viu a seguinte cena.
- Cass... - Lester se levantou. - Irmão da Cass que eu não lembro o nome. - Ele apontou para o rapaz que sentou na cama. - Eu - Ele riu. - Vou provar que não estou bêbado! Como é nome do teste mesmo?
- Teste do quatro?
- Esse mesmo, mocinho! - Ele fez um quatro com a perna. - Viu, eu não tô beba... - Cassiopeia começou a rir quando Lester se desequilibrou e caiu. - Ai.
- Quando eu cheguei aqui, tudo isso era mato. - Cassiopeia soltou rindo. - Lembra, a festa que todo mundo ficou bêbado? - A voz estava enrolada e Pólux agora bebia algum líquido alcoólico.
- Sim, nosso pai nos puniu por ter feito uma festa quando ele não poderia beber. - Lester agora dava risada encarando a parede. - Ele tá doido.
- Essa é minha cama? - Cassiopeia sentou no chão e se apoiou na cama que Lester estava se deitando.
- Eu vou chutar sua cara. - O ex-deus disse e Cassiopeia riu.
- Chuta então. - A garota disse e ele empurrou o rosto dela para o lado com o pé.
- Te chutei! - Eles riram.
- Acho que vocês estão bem... alterados? - Pólux arriscou a falar.
- Eu não estou bêbado e pode ter certeza que você... - A garota riu ao ver o rapaz dormir na sua cama.
- Bem, ele está bêbado, eu não... - A garota dormiu sentada no chão o e seu irmão a colocou em alguma cama do chalé.
- Que sorte que o chalé tem mais que três camas. - Ele se jogou em uma cama aleatória e dormiu.
No outro dia, quando acordou, Cassiopeia viu que o sol estava nascendo e Lester e Pólux ainda dormiam. A garota saiu do chalé com o que precisava para tomar banho, e se amaldiçoou por ter bebido quando bateu a cara na porta do banheiro. acabou demorando mais que o usual, já que estava lavando o cabelo e ainda enxergava as coisas um pouco girando.
Passando no chalé de Hermes e de Apolo, conseguiu aspirinas para Lester, que estaria de ressaca, provavelmente.
- Bom dia, rapazes. - Ela disse abrindo a porta.
- Fala mais baixo. - Lester disse abrindo os olhos e os fechando fortemente. - Por que?..
- Ressaca. - Ela jogou as aspirinas para o ex-deus. - Pólux, hoje é seu dia de fazer as inspeções dos chalés. - O garoto ergueu um dedo fazendo um joinha e saiu do chalé. - Lester, você deveria ir tomar um banho, gelado, de preferência. - O rapaz saiu sonolento do chalé de Dionísio e a garota terminava de arrumar as camas e o que foi sujado ontem a noite.
Assim que terminou, se dirigiu até o pavilhão e comeu panquecas com mel; seu irmão estava a encarando muito e ela notou, indicando que ele deveria falar.
- Cass...
- Pólux...
- Como está indo a relação com sua mãe? - Ela desviou o olhar.
- Mesma coisa. - Seu irmão revirou os olhos. A mãe da garota sempre exigiu muito dela, e depois que Dionísio não quis ceder para o que Lauren pediu, - Abandonar Ariadne e viver com ela e Cassiopeia. - começou a exigir bem mais da filha. O que criou uma certa pressão na garota, e tudo o que a garota fazia, nunca estava bom. - Ela me cobra por cartas, me estranha ela não vir me monitorar aqui no acampamento.
- Nosso pai e Quiron a expulsaram. - Pólux disse simples. - Depois do show dela quando veio te trazer para apresentar.
- Eu não sabia. - Ela deu a última garfada. - Eu estava respondendo o interrogatório de Annabeth. - Eles riram. - Vamos, inspetor. - Eles foram até seu chalé e Pólux revirou os olhos ao ver que sua irmã tinha arrumado o chalé - De maneira perfeita, assim como sempre fez.
- Qual é? O que custa deixar um sapato desalinhado?
- Não! - Ela quase gritou e logo voltou ao normal. - Eu tenho que fazer tudo certo, é assim que funciona.
- Ok... - Ele saiu do chalé, e Cassiopeia não se importou para onde ele foi, apenas saiu andando até a praia, e se sentou na areia abraçando suas pernas.
- O que você fez comigo, mãe? - Ela encarou o céu, pensando em tudo que já ouviu sua mãe dizer - E grande parte dos comentários eram negativos.
Mesmo a garota se destacando em todas as atividades que sua a mãe inscrevia ela, para sua mãe nunca estava bom. Seja na ginástica, artes marciais, ou idiomas, como os provenientes do Latim, o próprio Latim e grego.
Pode-se dizer que ao decorrer dos anos, Cassiopeia virou uma daquelas garotas que, quando erram um detalhe mínimo, foca naquilo e esquece todo o resto de acertos que fez.
- Eiei! - Cassiopeia reconheceu a voz de uma de suas melhores amigas, Aria, que era uma das Epigéias do acampamento - Ninfas da terra, mas Cassiopeia nunca soube exatamente o que Aria fazia. - John e eu queremos falar com você, estamos nas plantações. - Aria sumiu pela terra.
- Grande ajuda. - A garota se levantou e saiu, cumprimentando um ou outro que acenava. Foi até as plantações de morango e seu melhor amigo John McCall, acenou. O rapaz tinha cabelos acastanhados e olhos de mesmo tom, as roupas simples disfarçavam a beleza que ele tinha, as mãos eram calejadas de tanto mexer na terra. Ao seu lado, Aria, conversava com ele. Aria tinha os cabelos castanhos escuro e sua pele era negra. - O que desejam?
- É verdade o que Lester estava reclamando com Meg?
- Eu sou filha de Dionísio, não de Hécate, então fala logo. - John, um filho de Deméter revirou os olhos sorrindo e Aria o cortou.
- Você deixou ele bêbado?
- Talvez? Mas ei, ele aceitou. - Ela ergueu as mãos em forma de rendição.
- Ai ai essa Cassiopeia. - Os dois fizeram um gesto como se estivessem passando pano.
- Por que ele estava reclamando?
- Dor de cabeça, e não ter um manual de instruções sobre como passar por sua primeira ressaca.
- Aria. - Meg chamou a ninfa de cabelos castanhos que virou com.um sorriso nada inocente. Cassiopeia amava a amiga, mas essa não sabia disfarçar algo.
- Eu ainda estou com dor de cabeça. - Lester resmungou quando viu a filha de Dionísio, e ela tentou manter uma expressão séria.
- Relaxa, na primeira vez sempre dói mais. - John começou a rir sem controle quando ouviu Cassiopeia dizer tais palavras, e logo a garota arregalou os olhos, sentindo suas bochechas esquentarem. - Na minha cabeça a frase estava melhor.
- Ai ai, essa Cass. - John jogou um morango em direção a garota.
- Desculpa. - A Russell sorriu. - Acho melhor eu ir. - Os passos rápidos da garota chamaram a atenção dos que estavam presentes e esta foi em direção ao chalé, onde passou o resto dia remoendo o erro ao dizer aquela frase.

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