CONTINUAÇÃO (CAPITULO 12)

205 17 14
                                    

- Porque que a minha mãe teve que ficar assim? Porque que ela não me disse, não me falou que estava tão doente? Eu não entendo - Respondeu Marcela que se afastou de Castanhari e ainda chorava muito

- Amor, você não tinha como prever, aconteceu, ninguém sabia do estado de saúde dela! (Cas)

- Eu sei, mas... Tantas vezes que eu a visitei, ela estava tão bem, tão feliz - continuou Marcela o diálogo com os olhos lacrimejados

- Marcela, Marcela! Escuta! Nenhum de nós sabia de nada, eu prometo a você uma coisa: Vamos fazer todo o possível, juntos, ok? Vai ficar tudo bem! - disse Castanhari que sussurrou no ouvido de Marcela que chorava em seu ombro

- Desculpa, pelo meu comportamento mais cedo, acho que as vezes eu não te mereço Obrigado por tudo, amor, te amo tanto - disse Marcela sensível ao olhar para seu namorado dando um abraço bem apertado

No corredor mais distante, Paulo ao chegar na sala, do lado de fora ele colocou a máscara e no espelho viu o reflexo de sua esposa inconsciente com a máscara de O2 ao lado esquerdo havia os respiradores que a ajudavam a tentar melhorar na sua respiração, quando ele enxergou aquela cena, aquilo o deixou mal por dentro

- Você só tem 5 segundos com ela, pelo regulamento não podemos deixá-lo por muito tempo - explicou a enfermeira

- Não se preocupe, só preciso de um tempo - disse Paulo com os olhos lacrimejados

Ele adentrou abrindo a porta com os equipamentos junto com a máscara, ao se aproximar de sua esposa, começou a chorar, vê-la naquela estado deplorável não aguentou pois o baque era grande e o sentimento de culpa também.

- Oi amor! Sou eu, seu dindo... - Ele tentava respirar fundo, mas de repente eis que se atrapalhou nas palavras

- Eu... Estou aqui ... Consegui com a ajuda de Deus sobreviver, juro que você vai melhorar e sei que vai sair dessa cama... E vai voltar a ser a mesma Deisy de antes, entendeu? Seja forte! Seja guerreira! Quando... Olho pra você, assim desse jeito, ainda continua tão linda... (Paulo chorando)

Ele então se aproximou ao lado da cama e pegou na mão dela

- Me perdoa! Me perdoa, por favor!- disse Paulo que chorava com a cabeça encostada na mão de Deisy

- Amor, volta pra mim! Eu fui tão inconsequente, tão idiota, por minha culpa eu não consegui controlar o carro, se não fosse por aquela briga tosca no carro, você estaria bem! Nós estaríamos na nossa casa agora! - Pausava Paulo e respirava fundo

- Eu juro... Que daria tudo pra está no seu lugar! Porque a culpa é minha! Eu sei que... Desde do início, nunca dei valor ao nosso amor... E confesso que fui um péssimo marido... Se você me deixar... Não vou conseguir suportar... Me escuta, lute por nós, lute por mim... Eu te amo tanto! - disse Paulo que continuava encostado na testa de Deisy chorando compulsivamente

- Sua família precisa de você, eu preciso de você, eu juro que daqui em frente, chega de mentiras, chega de brigas, serei um marido mais presente e dedicado, nunca mais colocarei o trabalho como primeiro da lista, agora você é minha prioridade... Não me deixe por favor! - implora Paulo que chorava impulsivamente

Quando permanecia segurando na mão de Deisy, de repente sentiu a mão dela se mexer e rapidamente ele toma um susto, por um instante, ele limpou as lágrimas e começou a sentir uma pontinha de esperança

- Amor? Amor? Você está me ouvindo? Consegue me escutar? Você está aí? - perguntou Paulo desesperado

Eis que o respirador começa ficar totalmente desregulado, os batimentos cardíacos começaram a acelerar numa frequência frenética, a enfermeira do lado de fora, viu que havia algo errado e entrou assim que ouviu os gritos de Paulo, o mesmo se afasta por ordem da mesma

Netonhari- O Começo (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora