Capítulo XII

740 53 30
                                    

AAAAAAAA chegamos a 1K de visualizações!!!! Como agradecimento, trouxe um capítulo maior do que o normal, espero que vocês gostem. 🥰




Em apenas uma semana minha vida virou de cabeça pra baixo, desde que eu e os pogues fomos descobrir se havia algo valioso do outro lado da ilha. Nossas esperanças acabaram quando abrimos a bolsa e havia apenas uma bussola, para os meus amigos aquilo era nada, mas no momento que coloquei os olhos naquela bussola, tive esperanças do meu pai estar vivo porque pertencia a ele. Convenci meus amigos a investigar mais sobre, e descobrimos que realmente existe ouro do outro lado da ilha, e o meu pai estava procurando por ele. Ele gravou uma mensagem para caso algo desse errado, e provavelmente deu. Quero acreditar até o último minuto que ele esteja vivo, mas alguém descobriu que ele estava atrás do ouro e conseguiu pega-ló primeiro.

Convenci os meus amigos a irmos novamente procurar o ouro, e pela terceira vez não encontramos nada. Eu tento ficar esperançoso com a ideia de que podemos mudar de vida, mas se até eu estou ficando cansado, imagina os outros três que continuam nessa busca porque insisto. Desço do barco sozinho, e caminho na direção de casa, assim que entro sou surpreendido pela Cheryl sentada no sofá. Ela trabalha para o Conselho Tutelar e já veio aqui algumas vezes depois que meu pai desapareceu. Mas desta vez foi diferente, ela veio acompanhada de um policial, tentei fugir, mas não consegui e agora estou no carro com eles. Encaro a foto do meu pai que trouxe comigo, e uma ideia surge, os dois estão no banco da frente concentrados na direção. Deixo acidentalmente a foto voar pela janela.

— Não, para. Por favor! Minha foto! É a última foto do meu pai. Por favor. – Grito desesperado.

— Não vai rolar, garoto.

— Qual é, Cheryl, para o carro. – Insisto. — Por favor. É tudo o que me resta.

Cheryl sussurra algo com o Policial, que não consigo escutar, apenas observo suas expressões. Ele me encara antes de sair do carro

.— Posso ajudá-lo a procurar, por favor? – Recebo automaticamente uma recusa, droga. Olho pra ter certeza que o policial está um pouco mais distante.— Nem está procurando no lugar certo. Vai ser destruída, Cheryl, por favor. É minha última lembrança do meu pai. Vai mesmo deixar isso acontecer? Por favor. Estou implorando.

Cheryl pode tentar fazer a durona, mas desde a primeira vez que esteve na minha casa, pude perceber que ela é sensível e acaba se deixando levar pelas emoções. Vejo a dúvida no seu olhar, que oscila entre mim e o policial que está atrás procurando a foto.

— Seja rápido. – ela decide. Quase solto um suspiro de alívio, mas controlo e apenas concordo.

— Até mais, Cheryl. – Digo antes de sair do carro e começar a correr.

Não consigo pensar em nada, apenas conseguir uma boa distância daqueles dois. Não sei para onde ir, nem o que eu vou fazer, mas minha vida estará acabada se eu for para um orfanato, perderei meus amigos, a única coisa que ainda me resta. Vejo uma bicicleta caída, e uns garotos por perto, detesto ter que fazer isso mas eles possuem um carro, e por mais que eu esteja correndo, uma hora vou perder o fôlego. Pego a bicicleta, e grito que vou devolver, acho difícil que isso aconteça, mas pelo menos faz com que eu me sinta melhor. Rapidamente consigo velocidade, e dou algumas olhadas para trás, não estão no meu campo de visão, mas não posso parar. Uma pista de skate surge no caminho, não tenho muito o que fazer, a não ser passar por ela, ouço os gritos dos garotos impressionados e dou um leve sorriso, que não dura muito pois sou arremessado para longe da bicicleta. Não sei direito o que aconteceu, foi tudo muito rápido, só sinto a dor da queda.

— Cara. – Escuto uma voz conhecida. A última pessoa que eu esperava encontrar no meio de toda essa fuga, seria Sarah Cameron e agora ela está bem na minha frente. — Você bateu na corrente? Puta merda, sua camisa.

Um amor de verão | Outer BanksOnde histórias criam vida. Descubra agora