Capítulo II

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  — Vai ser uma festa incrível! Mal posso esperar. - Cherry comemora me abraçando na porta do colégio.  — Nós merecemos isso depois desse semestre exaustivo.

  —   Sem falar que o próximo é o nosso último, finalmente. - Beatrice levanta aos mãos para o céu agradecendo.

  — E tem as entrevistas para as faculdades, ou vocês esqueceram desse detalhe? - Decido lembrá-las. Porque eu mesma não consigo esquecer disso, minha vida vai seguir um rumo totalmente previsível.

— Estraga prazeres. – Cherry faz uma careta. — Então vamos falar de coisa boa. A festa de hoje na sua casa.

— Pra ser sincera eu nem queria dar essa festa, mas o Topper insistiu tanto. – Não consigo terminar de falar, sinto os braços do meu namorado ao redor do meu pescoço.

— Falando de mim, linda? – Sorrio ao escutar sua voz e viro para ele, que rapidamente encaixa nossos lábios iniciando um longo beijo.

— Arrumem um quarto. – Escuto o grito de Luke, um dos melhores amigos de Topper e quebro o jeito rindo.

— Ele tem razão. – Vejo nos olhos de Topper a necessidade dele. Estamos namorando a dois meses apesar de nos conhecermos desde crianças, e eu sei que não está sendo fácil para ele me esperar. Eu sinto que estou preparada, mas na hora H acabo desistindo e sei que isso irrita ele cada vez mais.

— Já comprou as bebidas? – Mudo de assunto e sei que ele percebeu o meu incômodo com esse assunto.

— Está tudo feito, linda. Só aquela outra parte que seu irmão ficou de levar.

— Eu não acredito que você pediu pra ele levar isso. – Olho para ele indignada. Não sou nenhuma santa que nunca fumou, pelo contrário nas festas até curto, mas o meu irmão Rafe, não sabe a hora de parar e isso nunca acaba bem.

— Não pedi nada para ele. – Topper se defende. — Rafe que mandou mensagem perguntando se eu iria levar, o estoque dos meus contatos acabaram e ele disse que conhecia alguém.

— Provavelmente alguém do tráfico. – Comento sussurrando. Olho para o lado e vejo minhas amigas conversando com outras pessoas, mas sei que estão atentas a conversa.

— Relaxa, linda. – Topper acaricia o meu rosto. — Será na casa de vocês, e como seu pai permitiu a festa, ele não vai querer desaponta-lo.

— Meu pai permitiu bebidas agora sem exagero, ele não permitiu drogas.

— Eu ficarei de olho nele, tá certo? Não deixarei que ele exagere, e nem faça besteira. Prometo, linda. – Ele olha para mim com carinho.

— Eu confio em você. – Assinto e o puxo para um abraço apertado.

                                   •••

— Demorou hein mocinha. – Escuto a voz do meu pai quando entro em casa. Olho para ele sem graça.

— Fiquei namorando um pouco com o Topper e resolvendo as coisas pra festa. – Vou até o meu pai e dou um beijo na bochecha dele.

— Eu estava esperando só você chegar para sair, lembre-se das regras para a festa de hoje.

— Não exagerar na bebida, não ter consumo de drogas na festa, sem confusão e não quebrar nada. – Repito tudo que ele disse quando permitiu a festa.

— E não deixar o Topper dormir aqui. – Ele olha desconfiado para mim. Essa parte não posso garantir, mas minto para ele.

— Relaxa, não vou quebrar suas regras. – Vou andando com ele até o carro. — O Rafe irá me vigiar a noite toda.

Um amor de verão | Outer BanksOnde histórias criam vida. Descubra agora