Capítulo XIII

1K 70 39
                                    


— Ei, Sarah.  – Escuto uma voz longe. Alguém está me catucando.  – Acorda.

— John B?  – Abro os olhos estranhando a sua presença. Minha memória começa a voltar e eu lembro que estou indo para outra cidade com ele, por conta própria. — Nós chegamos?

— Bem, o barco parou de andar então...  – Ele levanta pegando sua bolsa e ergue a mão pra me ajudar.

— Finalmente!  – Aceito a sua ajuda e ele me ajuda a levantar.

— Nós temos que ser rápidos.  – Ele segura a minha mão e nós saímos da sala abafada.

A ventilação quando chegamos do lado fora, eu tinha até esquecido como é não sentir calor, pensei que íamos morrer naquela sala. Um cara que trabalha no barco reconhece que não trabalhamos lá, então começamos a correr em meio a risadas. Está chovendo bastante, e estamos completamente encharcados.

— Nós estamos nojentos.  – Dou uma olhada para John B que está igual ou pior a mim.

— O quê?  – Ele parece não entender o que estou falando.

— Nós nunca vamos conseguir entrar na biblioteca desse jeito.

—   Por que não? – Pergunta confuso.

—  Não nos deixarão entrar como se tivéssemos saído de um pântano. 

— Você tem razão.

Enquanto nós estamos andando, observo a cidade a procura de alguma loja de roupas. Deixamos as capas de lado, e saímos em busca da loja. Visitei a cidade apenas algumas vezes, então não tenho muita referência por aqui

—  E esta loja? Vamos comprar aqui. – Comemoro quando finalmente acho uma loja que tenha boas roupas.

—  De jeito nenhum.  – John B tenta se esquivar, mas eu o empurro para dentro loja.  — Acho que você ainda não entendeu. Isto aqui  – Ele aponta para as roupas que estão ao seu lado.  — é tipo um órgão com o tipo sanguíneo errado. Não combina.

— Você é a pessoa mais dramática que já conheci.  – Faço uma careta. Observo a sessão de roupas.  — Que tal caxemira?

— Meu Deus. Viu o preço desta caminha?  – Sinto vontade de rir quando vejo o seu espanto com o preço.

— Relaxa, hoje vou ser a sua sugar mommy.  – Brinco.  — Que tal uns óculos? Parecendo o Clark Kent.

— Acho que você não entendeu. Não quero nada daqui.

— Posso ajudar? – O atendente se aproxima de nós. Ainda bem, porque eu já estava começando a me irritar com a relutância do John B simplesmente aceitar a minha vida.

— Meu amigo Jonathan precisa de muita ajuda.  – Aponto para John B, que parece sem graça com o olhar de cima para baixo que o atendente faz.

Nós fomos levados para uma um provador privado, o atendente perguntou meu nome e quando respondi, ele automaticamente relacionou o sobrenome com o Sr. Ward e eu confirmei que sou filha dele. Escolhi algumas roupas para o John B provar, depois de várias tentativas, finalmente achamos algo que os dois concordassem que estava bom.

— Se alguém me visse usando isto... – Ele encara novamente o espelho.

— Iam te zuar bastante. – Reviro os olhos. — Mas o bom é que estamos numa missão secreta, então temos que assumir outra identidade. Na real, nem devíamos usar nossos nomes verdadeiros.

— É, precisamos de pseudônimos. Pensou no quê? – Ele se interessa pela ideia.

— Vlad de... – Observo o seu rosto pensando em algo. — Viena! E o meu?

Um amor de verão | Outer BanksOnde histórias criam vida. Descubra agora