- CAPÍTULO UM -

43K 1.8K 3.4K
                                    


• Voto perpétuo •

A sala escura tinha cheiro de Whisky e livros! O silêncio presente era apenas cortado por um vento que batia na janela da imensa mansão Prince fazendo suas longas cortinas brancas balançarem em sintonia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A sala escura tinha cheiro de Whisky e livros! O silêncio presente era apenas cortado por um vento que batia na janela da imensa mansão Prince fazendo suas longas cortinas brancas balançarem em sintonia.

O vento frio e mórbido criava um contraste quase que poético com um homem de vestimentas pretas e sem vida, que fitava o "nada" pela mesma janela que o vento cortante entrava com uma expressão inquieta. Os seus olhos escuros como céu da meia noite, eram vazios e inexpressivos, como se parte de sua alma tivesse sido arrancada de forma extremamente dolorosa e apenas um buraco oco como de uma árvore podre substituía a carne que ele deveria ter por dentro.

E no meio de toda aquela escuridão que emergia a sala, uma coruja branca como neve adentrou o local carregando em seu bico o que parecia ser uma carta. Severus ainda intrigado, logo se levanta de sua confortável poltrona, caminha com sua varinha em mãos até a coruja e pega com curiosidade a intrigante carta do bico do animal, que logo voa para longe.

Ele sabia exatamente a quem aquela coruja pertencia, e por isso pegou a carta em suas mãos com muito cuidado e receio, como se fosse um tesouro amaldiçoado. E com aquele mesmo cuidado, ele abriu a carta que estava selada com vela vermelha e se surpreendeu ao ver a letra de alguém que ele não queria lembrar, pois sua consciência não permitia.

" Sev, eu sei que sou última pessoa do mundo que poderia lhe pedir algo, mais se um dia você me amou me encontre ao anoitece embaixo da árvore de nossa infância.

Excepcionalmente Lilian Potter."

Severus aperta a carta em suas mãos sentindo puramente ódio. Como depois de tudo ela tinha coragem de lhe pedir aquilo? Porém de repente como um torpor consumisse suas memorias o bruxo abre a mão e deixa a carta cair sobre a escrivaninha juntamente com sua cruel consciência que pesou a amarga culpa em seus ombros.

— Maldição! — o bruxo pragueja com seus punhos cerrados sobre a mesa. O seu encontro poderia botar ela em perigo, de qualquer forma, ele era comensal da morte, aliado daquele que pretendia matá-la. Provavelmente Lilian já sabia disso e esse convite poderia ser uma terrível armadilha. Seus pensamentos estavam a mil, e ele não gostava disso. Gostava de ter total controle sobre o mesmo.

Ele não tinha nenhumas certezas. Logo sua mente que era tão árdua em si planejar, era tomada por uma estranha neblina de confusão. Ele traiu os Potter's! Condenou os filhos de seus inimigos com uma vingança que ele não se arrependia. Mas porque agora ele se sentia tão atordoado?

Lillian não trairia ele! Não no lugar de seus primeiros encontros.

Não ela não faria isso!

Ou faria?

Quem ele queria enganar? Sabia que ela faria. E acreditando que isso lhe daria motivos para finalmente arrancar de seu amargo corpo as memorias da bruxa, pega sua varinha, e como corvo se lança pela escuridão a fora. Disposto a terminar oque havia começado.

OBSCUROS - Outra Potter ( FINALIZADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora