Lara
As vezes quando nós tornamos refém de algo que nos tememos a vida inteira nos sentimos fracos, e era assim que eu me sentia todos os dias, fraca. Depois de me expor de tal maneira a Dante, minha mente ficou a mil trabalhando em uma forma para voltar construir meu muro o qual levei inúmeras torturas e testes que meu pai me submeteu para construí-lo, e em menos de 1 mês o investigador chegou quebrando tudo. Dante despertou algo em mim que nunca senti por homem nenhum, o desejo carnal absurdo que pensei que jamais sentiria, nos outros que chegaram perto apenas o sentimento de repulsa e nojo principalmente os caras que meu pai me apresentava do nosso meio.
Nunca neguei para o meu pai o desejo de sair da família e ter uma vida normal, afinal quando se nasce na máfia você nunca sabe quando vai deitar para dormir no travesseiro e no outro dia não acordar mais. A mulher digamos que "normal" dentro de mim surge ao ver Dante, um homem comum e sem preocupação que vai ser preso ou ter que viver se escondendo, a vontade de ser normal, ter amigos, namorado, filhos ou até um casamento que não seja arranjado permanece e se acende a cada dia próximo ao Dante mas apenas acredito que seja paranoia da minha cabeça por ele ser o único homem que não esteja envolvido com máfia que eu tive contato em todos esses anos.
Encosto a testa no parede do banheiro, a água quente caindo por minha costa me aquece. Minhas mãos descem pelo meus braços e chego na tatuagem, a águia pegando fogo estará sempre marcado em minha pele significando da onde eu vim, da onde sempre estarei e meu dever como uma legítima Barkov.
Faz exatos 2 meses que estou aqui e 1 mês que não troco mais do que uma dúzia de palavras com Dante, a raiva e o mágoa que se formou dentro de mim se tornaram pedra, me tornando ainda mais fria. Não tento mais nenhum gracinha e mesmo assim percebo que meu silêncio o irrita ainda mais, faz uma semana que Dante voltou a trabalhar fora e agradeço por isso, era torturante ter que ficar ouvindo sua voz 24 horas por dia praticamente. Olho no relógio do celular e vejo que marca as 20:30 da noite, enquanto sento na cama para esperar Dante chegar distraída a televisão mostra uma foto de meu pai e uma de Dante, me desespero e aumento o volume.
" O mafioso russo Demitri Barkov armou uma emboscada para o investigador do FBI Dante Malfoy ao sair da departamento está tarde. 3 homens chegaram em uma SUV e atiraram contra o investigador que por sorte estava de colete e teve apenas escoriações leves, e um tiro de raspão . A ação foi rápida em cerca de 5 minutos, ao entraram no veículo e jogaram um bilhete que dizia : "Foi apenas um aviso. Eu quero a minha filha em uma semana. Eu vou botar os Estados Unidos no fundo se não devolveram ela".
No final do bilhete estava o brasão da família Barkov, a águia pegando fogo. "Olho estática para a televisao pois eu sei que começou, meu pai irá vim me buscar e eu sei que não vai demorar a me encontrar, sorrio mas rapidamente penso em Dante e como está, a aflição toma conta de mim mas o gostinho de vitória e vingança surge. Ao saber que meu pai já está em minha procura meu sangue mafioso ferve dentro de mim, me renovando e me dando forças para enfrentar o que vier pela frente.
Algum tempo depois sou acordada com uns ruídos vindo do outro lado da porta do meu quarto, acredito que seja Dante que chegou. Olho para o relógio e vejo que já se passa das 23 horas da noite, eu sabia que ele demoraria a vim então comi algo aqui dentro mesmo e adormeci. Me aproximo da porta encostando meu ouvido para vê se consigo escutar algo a mais, apoio minha mão na maçaneta e então percebo que a porta está aberta dou dois para trás um pouco assustada, saio do quarto e caminho lentamente sem querer quebrar o silêncio que estabelece no apartamento, o barulho dos carros nas ruas são quase inaudíveis daqui de cima, chegando próximo a varanda que tem uma vista de tirar o fôlego deixo a brisa fria da noite passear pela minha pele me perdendo nessa pequena liberdade.
Depois de alguns minutos observando a noite ouço um gemido abafado vindo da parte de cima do apartamento, quarto de Dante. Ao ouvir lembro o que me fez sair: os ruídos. Vou subindo lentamente pela escada até chegar a porta do quarto que está entreaberta, abro devagar e encontro a cama vazia, ouço o barulho do chuveiro e alguns gemidos de dor.
Observo tudo calmamente e lembro da última vez que tive aqui, meu sangue ferve de raiva. Vejo um canivete em cima mesa de cabeceira e rapidamente pego e me encosto na parede esperando sorrateiramente Dante sair. Alguns minutos depois ouço o água ser desligada e a porta sendo aberta, ele sai com a toalha amarrada na cintura e em questão de segundo enfio a vaca no braço de Dante, ele vira rapidamente para o lado e ao me ver pega um susto mas sem da tempo para nada dou um soco em sua rosto, minha mão dói ao entrar em contato com sua face rígida mas não paro. Dante da alguns passos para trás com a mão na faca tirando-a, vou para cima dele mas ele é mais rápido e pega meu punho antes que eu o acerte, cruza meus braços atrás do meu corpo me imobilizando.
— Não me obrigue a usar força bruta com você. Eu não bato em mulher, Lara. — ele diz firme.
— Não sou fraca investigador, eu aguento. — ao dizer isso rapidamente piso em seu pé o fazendo me soltar, acerto um chute no meio do seu peito o que faz ele cair na cama.
Subo em cima dele distribuindo socos, suas mãos apenas tentam me segurar e nunca encostando os dedos para me bater e isso me enfurece, quero que me trate como a mafiosa que sou e não como uma mulher fraca. Depois de vários socos percebo que Dante não revida e sangue escorre pelo seu nariz e testa, seu ferimento da faca continua sangrando e vejo mais sangue na sua costela, me recolho saindo de cima. Ele respira fundo virando o rosto para mim.
— Faça o que quiser Lara. Não é só você que aguenta, já me torturaram também, várias e várias vezes. — ele diz em um tom de exaustão e eu continua sentada ofegante olhando em seus olhos, mesmo tão machucado continua perfeito.
— Porque não revidou ? — pergunto.
— Não bato em mulher, foi um dia cansativo. Estou sem forças — sua expressão cansada é gritante — Vá embora Lara, eu só quero me lavar e descansar. — ele fala parecendo que sou uma amiga. Ele se levanta e volta para o banheiro, poucos minutos depois o chuveiro.
A sensatez some quando abro a porta e entro, me deparo com Dante de costas, a água que escorre do seu corpo se mistura com sangue que sai de seus ferimentos. Seu corpo ha vários hematomas espelhados é mesmo assim é tão viril é bonito.
Abaixo a alça da minha camisola fazendo-a descer pelo meu corpo, Dante percebe minha presença se virando um pouco para me olhar mas não diz nada e nem esboça expressão. Entro no box com ele pegando o sabonete e começando passar pela suas costas, não resisto e deu um pequeno beijo, a paz que me toma neste momento é algo que não sei explicar, o abraço por trás encostando meu rosto em seu corpo.— Seu pai está procurando você. Até que demorou. — ele comenta.
— Eu sei — apenas digo isso. Ele se vira para mim e não posso deixar de passar os olhos por todo seu corpo, me incomoda está cheio de ferimentos e alguns caudados por mim, abaixo o olhar e vejo seu penis grande, grosso e rosado bem duro apontado para mim, minha boca saliva mas me contenho.
Levando a cabeça e encaro o par de olhos azuis vibrantes me olhando frio.
— Porque não me matou de vez ? — ele pergunta sério. Penso por alguns minutos e no final resolvo apenas responder sincera.
— Eu não iria conseguir — ele me olha, leva sua mão para o meu rosto me acariciando, fecho os olhos e desfruto do afeto que não sinto a anos.
— Você é tão linda. — ele diz calmo, eu abro os olhos olhando para os seus — Seus olhos são como dois lagos de águas cristalinas que eu luto para não me banhar toda vez que te vejo, sua boca são como dois morangos maduros que me chamam para provar o doce que eles tem, seu corpo é o caminho da minha perdição, é a tentação pura. Você é tudo o que um dia eu quis para mim Lara, mas não posso, nós não podemos. — ele diz encostando sua testa na minha e eu continua paralisada pelas suas palavras, meus olhos cheiros de lágrimas emocionadas — Hoje seu pai matou a única pessoa que eu amava, e eu vou matar ele. Nem que seja a última coisa que eu faça em minha vida. — ele diz me dando um beijo na testa e saindo do banheiro, me deixando sozinha com o peso que é ser filha de um mafiosa, a preocupação de não saber até quando terei meu pai e nunca poder ter um relacionamento normal.
OIIII, demorei mais cheguei. Desculpe pela demora amores eu estava sem criatividade nenhum. Gostam do capítulo de hoje? Não esqueçam de votar e comentem muito. Bj bj bj ♥️♥️♥️
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A filha da Máfia
Roman d'amourSinopse Dante Malfoy é um renomado investigador do FBI que ao longo da sua carreira coleciona casos solucionados e prisões de grandes mafiosos pelo mundo. A sua próxima missão era clara, prender o poderoso mafioso russo Demitri Barkov responsável po...