Nascimento

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POV.LUD

-Ludmilla, eu realmente não acredito disso! -Elevei as sobrancelhas encarando a minha mãe e tombei a cabeça para o lado, semicerrando os olhos em seguida.

-O que eu fiz?

-Me escondeu que está namorando.

-Mãe não estou namorando..
Só estou saindo com uma garota, que a propósito é uma garota muito legal.

-Quem é essa garota?

-O nome dela é Ashley, mas ninguém a chama por esse nome. -Dei de ombros.

-Como a chamam?

-Chamam de Halsey.

-Halsey?

-É... ela canta no nosso bar acadêmico e tudo mais...

-Bar acadêmico?

-Mama, nunca frequentou um?

-Não querida, mama faz parte da idade da pedra.

-Ah, pois...Notei.

-Mas enfim...É formada em algo?

-Sim.

-Em que?

-Pelo o que ela me disse, acho que é formada em belas artes.

-Belas artes?

-É uma boa profissão. - Dei de ombros novamente.

-Terminei a primeira etapa, por isso estou indo ver minhas amigas.

-Mande lembranças a Mia....

-Pode deixar, mando sim!

Dei um sorriso, corri para o meu quarto , organizando a minha mochila com poucas coisas, já que não ficaria por muito tempo. Desci as escadas e deixei um breve beijo na testa da minha mãe, saindo em seguida de casa.

Poucas horas depois, toquei os pés no chão do aeroporto, respirando a brisa suave da minha cidade natal. Eu estava feliz por estar ali novamente, estava muito feliz mesmo!

Dei um largo sorriso ao ver Larissa correndo, mas depois fiquei séria e pensei: OMG serei atropelada por um elefan...

Antes que eu pudesse completar meu raciocínio, senti o baque de nossos corpos e logo o barulho de nós duas indo ao chão. Não sabia se ria, ou reclamava das dores, morria de vergonha sei lá, eu não tinha reações.

Abracei minha amiga rindo e resmungando ao mesmo tempo pela dor que eu sentia nas costas pelo impacto. Estávamos parecendo duas batatas amassadas feito purê no chão.

-Larissa você está me esmagando. - Minha voz saiu extremamente estranha por conta de como eu estava sendo apertada.

-Oh meu Deus, você está tão linda...Tão maravilhosa... Tão cheirosa...AHHHH

-Calma meu amor....Calma!

Assim que levantamos, percebemos o tanto de pessoas que nos encarávamos, o que nos fez soltar um riso baixo e sair, indo para o carro da loira.

Adentramos ao carro e Larissa deu partida, começando a dirigir para sua casa, mas assim que passamos em frente s casa dos Gonçalves, olhei de relance é vi Mia carregando al com o apoio, uma Brunna com uma barriga do tamanho da lua e andando torta.

-Para! -Acertei um tapinha franco contra o tronco da loira a mesma freou o carro, parando na mesma hora. Desci do carro e abri rapidamente a parte do carona, correndo em seguida até a latina e sua mãe.

-Ludmilla?

-É eu cheguei agora, tipo, agora...Não estamos em tempo para conversa agora, dona Mia.-Peguei a latina no colo, escutando alguns resmungos da mesma e caminhei com ela até o carro a colocando deitada deitada no banco e entrei, deixando a cabeça da mesma apoiada em meu colo, enquanto dava uma das minhas mãos para a garota apertar.

-Respira fundo, filha.

-EU TO RESPIRANDO... AHHH -Senti o aperto da latina em minha mão e morri meu lábio inferior em nervoso.

-Vamos logo com esse carro, Larissa! Eu não quero perder meus dedos! -Com a mão livre, comecei a abanar a latina e fazer algum tipo de respiração com ela, tentando a deixar mais calma.

Conforme íamos seguindo para o caminho, mas eu sentia aquela maldita pressão em minha mão, o que já estava me deixando agoniada e com a sensação de que era eu que estava prestes a ter um filho.

-Aí cadete, Gonçalves! Esses dedos são meus!

-NÃO É VOCÊ QUE TEM UMA COISA TENTANDO SAIR DE DENTRO DE VOCÊ, CARALHOOOWWW -Novamente senti aquele aperto nos meus dedos e quase chorei desta vez.

-CARALHO CARALHO CARALHO, LARISSA ANDA LOGO COM ISSO SE NÃO REALMENTE VOU FICAR SEM DEDOS! - Eu estava tão desesperada quanto a latina.

Quando por fim a loira estacionou em fregnte ao hospital, abri a porta do carro com os pés e tirei a latina colocando em uma cadeira ao ser servida pelos enfermeiros. Acompanhei a garota até a sala de parto e adentrei com a mesma, ficando ao lado da mesma durante todo o procedimento.

De repente, em uma força mais extrema, pude escutar o choro da criança se fazer presente e o aperto da mão ir se explicando pouco a pouco.

Observei o médico segurar o garoto e cortar o cordao umbilical. Uma das enfermeiras, o envolveu em uma espécie de manto tirando o excesso da placenta e o sangue que estava na criança.

Fiquei surpreso quando o médico me estendeu a criança, mas eu não consegui não segura-lo. Sorri ao ver seus olhinho tão pequenos e fechados assim como suas mãozinhas...Ele era lindo...

-Hey garoto...-Sussurrei e senti meus olhos arderam, o que me fez ter noção de que eu estava chorando.

O garoto abriu os olhos e para minha surpresa... Suas íris eram verdes, extremamente verdes. Brunna não tinha olhos verdes, muito menos Volnei.

Meu relógio mental começou a girar e calcular exatamente tudo e todas as conversas, o que me fez cair na real e despertador.

-Meu filho...-Sussurrei pra mim mesma e não evitei sorrir.

(...)

Adentrei a sala silenciosamente e observei a latina amamentando o pequeno que tivera acabado de vir ao mundo. Encostei a porta devagar e me aproximei com um sorriso esboçado nos lábios.

-Qual nome resolveu?

-Oi...-A Latina disse baixo e me encarou, passando uma de suas mãos na cabeça do menino. -Lorenzo....-Completou e deu um sorriso.

-Então Larissa te passeou os nomes?

-Sim, ela passou...

-Quando pretendia me contar a verdade?

-Que verdade, Ludmilla?

-Sobre ele ser meu filho, Brunna...- A latina abriu e fechou a boca diversas vezes tentando contestar algo, mas de nada asiantou, até que por fim ela prevaleceu.

-Eu vou matar a Larissa.

-Ela não disse nada...

-Ah? E como descobriu?

-Simples... Assim que ele abriu os olhos eu vi sua íris e elas são verdes... Então eu calculei a data e tudo mais... O nome que resolveu colocar só me deu certeza que ele é meu filho.

-Nosso filho, Ludmilla.

-Ok nosso filho... Vai memso se chamar Lorenzo?

-Sim...

-Foi uma boa escolha...

-Hey?

-Diga, Brunna...

-Vai registar ele em seu nome?

-Óbvio que sim. Ele é meu filho, e eu darei a ele toda a assistência que precisar. -Passei a mão na cabeça do garoto e sorri com os olhos brilhando.

-Vá registra-lo... Depois ter a todo o tempo do mundo para babar nele...

-Idiota. -Revirei os olhos e soltei um riso. Me retirei da sala e fui para a recepção, registrando a criança.

Lorenzo Gonçalves Oliveira.

[...]

Um aviso: Não se iludam haha

Tenham uma boa noite pessoal kkk❤😝😚

Pra sempre ou nunca?Onde histórias criam vida. Descubra agora