Boy

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POV.BRUNNA*

Desci as escadas carregando aquele peso enorme na minha barriga e resmunguei pela dor nas costas quando cheguei ao piso da sala.

—Mãe como aguentou um torço desses desses pensando em você duas vezes?

—Olhe para você e depois olhe pra sua irmã...Valeu apena carregar todo peso que carreguei na gestação. -Dei um sorriso meigo.

—Onde vamos?

—Iremos fazer uma ultra pra vermos o sexo do bebê...

—Mas pra que isso? Nem vou ficar com ele.

—Por que é importante,Brunna.-Resmunguei e sentei no sofá, levantando a blusa.

—Estou obesa graças a essa coisinha aqui.

—Olhe querida...Essa "coisinha" poderia ser uma das pessoas que seria em sua vida uma das mais importantes.

—Claro que não, é só uma criança.

—É a SUA criança. -Encarei minha mãe e fiz um bico fofo.

—Quando vamos?

—Assim que seu pai chegar...

—Ok

—Filha?

—Sim?

—Por que não me conta quem é o pai? Poderia facilitar muitas coisas...

—Se eu te contasse quem me engravidou mãe...Não iria facilitar, só iria complicar a situação.

—Por que complicaria?

—Está muito longe agora...

—Brunna, não me diga que foi o Yuri.

—Não, claro que não! Eu não seria tão irresponsável assim.

—Então não é o "Pai".

—Como assim?

—É a mãe.

—Do que está falando mãe?

—Estou falando que é a Ludmilla, Brunna. Eu eu sobre as condições dela, troquei muitas fraldas dessa garota e... Também tem o dia que foi visitar ela e só voltou no dia seguinte.

—Não é a Ludmilla, mãe... Ela era minha melhor amiga e nunca rolaria nada do tipo com ela...

—Não minta pra mim, Brunna já vi vocês se beijando várias vezes! Estava sim rolando um clima!

—Mãe eu sou H E T E R O.

—Het error, só se for! - Revirei meus olhos e me levantei ao ver meu papai entrar.

—Vamos dona Mia , não quero mais perder tempo com esse peso!

Saímos para o hospital e durante o caminho, esquecemos aquele assunto e começamos conversamos sobre coisas aleatórias.

O celular tocou e minha mãe atendia pelo bluetooth do carro, fazendo meu coração parar por um tmepo ao escutar a voz.

"—Dona Mia?"

"—Ludmilla! Meu anjo! Como está?"

"—Estou bem, obrigada! Liguei pra saber da senhora que é minha segunda mãe."

"—Estou bem,meu amor...Apesar da correria com Brunna para baixo e para cima pro hospital..."

"—Ah sim, fiquei sabendo....Parabéns para ela pela gravidez...Hmm..."

—Letícia, eu vou matar a Leticia. -Coloquei a mao na boca ao perceber que falei alto demais e encarei minha mãe, voltando a ficar quieta.

"—Então meu anjo....Como está vivendo?"

"—Muito bem, estou fazendo faculdade a noite e trabalhando de dia em um consultório de dentista. Final do ano no fim do trimestre estou até pensnaod em pegar uma grana e dar um pulo por ai. Ver meus amigos e a senhora."

"—Claro meu amor, será muito bem vinda!"

"—Hmm, Brunna? Já sabe o sexo da criança?"

—Ah e você se importa agora? Não eu não sei e se soubesse não te falaria!- Bufei e cruzei os braços.

—Brunna Gonçalves.

"—Tudo bem dona Mia, gravidez é estressante e ela deve estar a flor da pele."

"—Com certeza, Ludmilla... Brunna está impossível...Nós estamos indo descobrir o sexo agora."

—Mas não faz diferença porque não vou ficar com esse torço pesado.

"—Brunna esse "troço" pesado é seu filho! Sangue do teu sangue!"

—E daí? Atrapalharia minha vida toda!

"—E você realmente não tem coração e eu trouxa demorei a perceber. Aí né amais que não tenho contato contigo."

Iria responder, mas o barulho de fim de chamada se fez presente e eu bufeu novamente cruzando os braços.

—Mas que saco!

—Uma menina tão boa e você se afasta desse jeito, Brunna?

—Aaah mãe ela parou de falar comigo desde que me viu na cama com o irmão dela e a propósito estou pouco me dizendo agora! Se passaram 5 meses!

—Se foi esse o motivo era porque ela se import5ava e gostava de você.

—Se isso fosse verdade ela teria me escutado...

—Não, Brunna...Quando temos o coração ferido tudo em nossa volta parece não ouvir mais nada...Então entra a razão, a emoção e o coração... Agimos pela emoção, partimos e quando escutamos o coração e a razão vem e te diz "Não precisa mais viver assim"

—Então deixa ela viver a vida dela com a razão dela e eu com a minha! Tem coisas que não voltam e foi melhor assim.

—Como queira...

(...)

Lá estava eu na sala do médico do médico, com aquele gel gelado na barriga, olhando para a tela enquanto o médico falava várias coisas.

—É uma criança bem animada...

—Ah eu sei doutor... Sinto muitas dores e por vezes até pancada.

—Isso é normal... É a criança querendo chamar sua atenção...

—Está quase lá...Hmm...Ah...Resolveu se revelar! É um menino! -Dei um sorriso ao escutar aquilo e olhei para minha mãe.

—É um menino, filha!

—Sim, mãe... Um garotão... -Acabei me emocionando e tendo lágrimas nos olhos enquanto olhava para a telinha.

(...)

Estava deitada na minha cama acariciando minha barriga enquanto conversava com meu filho.

—Hey filho, como será que você vai ser, hum? Será que vai ter os olhos de sua mãe? Hmm...Ou os meus castanhos? Bom eu iria preferir você com lindos olhos verdes... Sua mãe é linda, mas... Acho que você não vai conhecer... E também não vai me conhecer, mas... Eu quero que tenha um futuro legal e eu espero que quem fique com você consiga te dar exatamente tudo o que precise....

Respirei fundo e entortei os lábios, levantando um pouco a camisa enquanto fazia carinho.

—Você vai ser um rapazinho lindo, disso eu tenho certeza... Ainda mais se puxar a Ludmilla... Meu Deus a Ludmilla é maravilhosa, filho... Ludmilla tem um lindo sorriso, um lindo corpo e um lindo p.... Bom, deixa pra lá eu não devo falar isso para uma criança...

Soltei um sorriso e me deitei.

[...]


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