Ela suportou milênios de angústia devido à perda brutal de sua filha, mantendo seu sofrimento oculto e mantendo suas dores e tormentos nas sombras. Houve momentos em que ansiava pela morte, ciente de que nunca mais seguraria seu bebê nos braços, até...
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Nova Orleans
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A vida não tinha sido boa com Rebekah, tudo que havia acontecido durante todos aqueles séculos muitas delas ficaram marcadas em sua alma, de forma boa ou ruim, mas apesar de tudo ela seguiu em frente. Ela tinha que seguir, mesmo sem querer, mesmo sofrendo calada e mesmo sabendo que nunca alcançaria a felicidade.
Ela ainda lembrava de sua filha, se existia um Deus, ele sabia que ela nunca tinha esquecido dela. Sua pequena bebê. Evitava pensar nela, evitava pensar o que poderia ter acontecido se ela a tivesse criado. Deus, ela ainda amava sua filha e como amava. Daria tudo para poder segurá-la apenas uma vez, só uma única vez. Ela se livraria de sua imortalidade apenas para poder ver sua filhinha, que fora tirada dela de forma tão cruel pela mulher que deveria a ajudar a proteger.
Levantou as mãos aos olhos limpando as lágrimas que haviam saído sem sua permissão, aquele era dezenove de Janeiro. Era o aniversário de sua bebê. Eram nesses dias em que Rebekah se travanca em seu mundo ela não conseguia pensar em mais nada. Céus, ela odiava tanto sua mãe, se pudesse a mataria outra vez, ela ainda lembrava da noite em que voltou para casa, ela não falou nada. Ela não sorria, não conversava. Ela tinha tinha morrido quando a tiraram a filha. Seus irmão nem ao menos perceberam, ninguém notou. Nem mesmo Klaus.
— Rebekah? — Ela secou rapidamente as lágrimas se virando para Klaus, o Híbrido sorria para irmã, mas assim que percebeu suas lágrimas logo escondeu seu sorriso.
— O que foi agora Nik? — Ela perguntou tomando de volta sua personalidade forjada de garota mimada e de humor negro. — Já se cansou de seus brinquedinhos?
Ela se referia às bruxas bobas que caiam na lábia dele.
Ela se virou outra vez para a janela, olhando as pessoas andarem pelo quarteirão francês. Todas felizes e nem se deram conta do perigo que corriam. Lobos, bruxas e vampiros.
Humanos inocentes que muitas vezes morriam por se envolver com alguém sobrenatural. Alguém como ela.
Klaus observou sua irmã e sorriu, tentando não transparecer sua preocupação. Sabia que dia era aquele. Na verdade nunca soube o acontecia com sua irmã para ficar assim sempre naquela data, apesar de ser uma mulher bem resolvida e amável com algumas pessoas Rebekah Mikaelson, assim como os irmãos tinham demônios escondidos em suas entranhas, o problema era que ele nunca soube qual era os demônios dela.
