Amizade íntima

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Mitsuki havia conseguido, ele penetrou a defesa de Gaara com o auxílio de um explosivo, estava indo de encontro com o seu adversário.

— Acabou. — Ele estica seu braço para alcançar o ruivo mais rapidamente, enforcando seu pescoço e fazendo Gaara perder o controle em sua nuvem de areia, o que deixa com que os dois ninjas sejam derrubados no chão.

Fim da luta. — Mei se surpreende com o movimento do garoto, saindo da árvore e aterrissando sobre o solo, próxima aos dois meninos.

— Foi uma boa luta, Gaarinha. — Mitsuki se levanta, esticando o braço direito para ajudar seu amigo a se levantar.

— Parabéns pela vitória, Mit. — O ruivo se levanta, estava decepcionado por ter perdido, mas ao mesmo tempo, feliz por Mitsuki, ele não sabia que o amigo poderia ser tão hábil.

— Da próxima vez, não conte vitória antes da hora. — Diz a ruiva, olhando para seu aluno.

— Está bem. — Ele balança a cabeça, entrando em concordância com as palavras da sensei.

— Que tal um sorvete? Vocês foram bem. — Ela dá um sorriso gentil, uma ação que continuava a ser estranha para o jovem Gaara.

— Eu topo. — O ruivo dá um sorriso, olhando para Mitsuki. — E você, Mit?

— Melhor não. — Fala enquanto limpa sua roupa, batendo nela para que a poeira saísse.

— Por que? Vai ficar acariciando suas cobras, é? — Gaara dá um sorriso malicioso, zombando do amigo.

— O quê você disse!? — O pálido olha para Gaara com um olhar sério.

— Calma, garotos… — Mei coloca uma das mãos na nuca, coçando-a. — Vamos, Mitsuki, vai ser legal.

— Tá bom, pode ser. — Ele concorda.

Assim, os três vão para a sorveteria, Gaara pega um sorvete de morango e Mitsuki de baunilha, enquanto Mei pega de flocos. Eles se sentam nos banquinhos da sorveteria e ficam ali, chupando seus sorvetes e conversando.

— Mit. — Diz Gaara.

— O que? — Pergunta o amigo.

— Você já beijou alguém? — Questiona curiosamente.

— Já beijei meu pai. — Aquilo leva espanto para Gaara, que arregalou os olhos ao ouvir as palavras do garoto.

— Beijou…? Mas na boca? — Pergunta o ruivo.

— Não, beijei no rosto. — Ele dá mais uma lambida em seu sorvete. — Por que beijaria alguém na boca?

— Eu já vi a sensei Mei beijar alguém assim.

— E-eu!? Para de falar essas coisas, Gaara! — A Terumī reprime o ruivo com um olhar sanguinário.

— Sim, não lembra? Aquele dia que o Shi… — Naquele mesmo instante, Mei fez apenas um sinal de mão, fazendo com que Gaara deixasse de falar.

O ch-chico-cote de ág-gua… — Ele fica paralisado ao ver aquele sinal.

— Gaara? Aquele dia que o que? — Pergunta Mitsuki, curioso com o que ele iria falar.

— Nada, é que o Gaara fala mais do que deve às vezes. — A ruiva dá um leve sorriso para o garoto.

— É… Isso mesmo, não é nada, Mit. — Gaara dá um sorriso nervoso.

— Então, tudo bem. — Mitsuki volta a lamber seu picolé de baunilha.

— Mas você não tem nenhuma vontade de beijar alguém, Mit? — Pergunta Gaara, voltando a se deliciar com seu picolé de morango.

— Eu não, você tem? — Pergunta o pálido.

— Ah, se eu encontrar alguém que eu goste… Talvez possa acontecer. — Gaara dá um sorriso, olhando para Mitsuki e por alguns instantes, parando de chupar seu sorvete.

— Legal. — Ele se mantinha concentrado no picolé.

— Bom, acho que vou no banheiro. — Mei já tinha acabado seu picolé, se levantando e indo para o banheiro.

— Tá bem. — Os dois respondem em uníssono.

Os dois continuam conversando, mas o tempo passa e… Nada da Mei voltar. A cada minuto que passa e a sua sensei não volta, é mais um minuto de medo, pois o ruivo não tinha nem uma mísera moeda consigo, muito menos seu amigo, Mitsuki.

— Cadê aquela ruiva demoníaca? — Questiona Gaara.

— Ela tá demorando muito… — Diz Mitsuki.

— E aí? Vocês já estão aí faz mais uma hora e nada de pagarem pelos sorvetes. — Um funcionário da sorveteria vai até os garotos.

— Desculpe, senhor. Nós não temos dinheiro, nossa sensei foi no banheiro e ainda não voltou. — Explica Gaara.

— Aquela mulher ruiva? Ela já saiu daqui faz tempo! Andem, dêem o dinheiro dos sorvetes! — Diz irritadamente, aumentando significativamente seu tom de voz.

— Mit… Corre! — O ruivo segura o braço do melhor amigo, levando ele consigo, saindo correndo da sorveteria.

— Venham aqui, seus pirralhos! — O homem tenta alcançar os meninos, mas ele já era um senhor de idade, parando no meio do caminho para recuperar o fôlego. Assim, ele perde os garotos de vista.

— Acho que despistamos ele. — Diz Gaara, indo para um beco de Konoha junto de Mitsuki.

— Por que tivemos que correr dele? Ele não apresentava perigo pra gente. — Comenta o pálido, confuso por conta da fuga.

— E o que queria que fizéssemos? Matar o velho? Claro que não! — O ruivo levanta uma das sobrancelhas.

— Ah, entendi… E o que vamos fazer agora? — Pergunta o genin.

— Por mim, eu matava a Mei, mas não faço idéia de onde ela esteja. — Fecha os olhos, suspirando profundamente.

— Gaara. — Chama o melhor amigo.

— O que? — O ruivo volta seu olhar para ele.

— Por que você tava insistindo tanto naquele assunto do beijo aquela hora? — Pergunta curiosamente.

— Por q-que…? Por nada, só curiosidade… — Gaara fica com as bochechas em um tom avermelhado, olhando nervosamente para o garoto à sua frente. — M-as, por que a pergunta?

— Por nada, só curiosidade… — Ele dá as costas para o ruivo. — Bom, já vou indo, Gaara. Até mais! — Ele começa a caminhar entre as pessoas na rua, fazendo Gaara o perder de vista.

Mit… Será que…?

Um Trio IncomumOnde histórias criam vida. Descubra agora