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Desculpa os erros ortográficos :)

Assim que as lágrimas deixam de cair de meus olhos, solto um pesado suspiro; e a minha tristeza transforma-se em esperança e desconfiança. Coloco alguns fios de cabelo atrás de minhas orelhas enquanto me afasto da mureta. Passo as mãos em meu rosto antes de adentrar o quarto e ver Noah e Tony sussurrando encima da cama do último. Balanço a cabeça, pego minha necesseaire em cima da mesa e os meus outros utensílios e coloco-os todos dentro de minha mala.

"Que porra de atitude é essa, Valentina?"- Noah questiona-me quando eu fecho a bagagem. O mesmo vem de encontro a mim e coloca uma de suas mãos em cima de minha mala; reviro os olhos ao mesmo tempo em que o vejo se agachando. - "O que deu em você?"

"Hm... Acho melhor eu continuar esta investigação sozinha"- comento tirando a mão de Noah de cima de minha mala e pondo-me em pé. Feito isso, pego meu celular, que está sobre minha cama, e entro no aplicativo do Uber.

"Valentina, você vai para onde?"- questiona Tony levantando-se. Olho rapidamente a ele vendo a ponta de seu nariz rosada e suas bochechas sutilmente coradas. Sinto-me mal por tê-lo feito chorar, mas se fez necessário, além do mais, eu não disse nenhuma mentira, apenas expus os fatos.

"Eu darei prosseguimento na operação sozinha! Não posso confiar mais nas pessoas... Não posso confiar mais em vocês! Vou ligar ao Capitão Ryan e informá-lo sobre minha decisão!" - digo e caminho, junto com minhas bagagens, à porta.

"Nós não vamos ir embora de Atlanta enquanto não acharmos estes filhos da puta!"- Noah cometa e fuzila-me com um olhar severo. Um sorriso sarcástico surge em meus lábios ao mesmo tempo em que reviro os olhos e abro a porta do quarto.

"Se você acha que nós retornaremos a Nova York antes deste caso ser solucionado, você está muito enganada!"- Tony comenta ríspido cruzando os braços; solto uma risada forçada de meus lábios ao ouvir a prepotência de meus amigos. Creio que eles não estejam acreditando que eu conseguirei dar prosseguimento nesta investigação sem a ajuda deles! Olho novamente à tela de meu celular e, ao ver que meu Uber está quase chegando, direciono meu último olhar aos rapazes, dizendo:

"Eu não preciso de vocês... E a resposta é não, Noah! Eu protegeria vocês desde que suas proteções não colocassem a investigação em perigo. Não que suas vidas não valham nada, mas a minha reputação e a resolução deste caso criminal é muito importante para mim!"- antes de fechar a porta e descer as escadas, coloco alguns fios de cabelo atrás de minha orelha roubando um suspeito olhar de Noah. Mordo o lábio inferior, em seguida fecho rapidamente a porta e apoio minhas costas na mesma. Sinto uma ou duas lágrimas caírem, mas logo as seco.

Talvez não seja fácil tirar do coração
E pôr na sola do sapato
E ver que todo mundo acha que você tá errado
E ter que acreditar numa certeza que é só sua

Assim que o Uber chega, eu entro no automóvel deparando-me com uma mulher de meia idade vestindo uma blusa caqui sobre um suéter mostarda. Ela trazia um gentil sorriso em seus lábios pintados quando me perguntou se eu gostaria de colocar a bagagem no porta-malas.

Não troco muitas palavras com a motorista apesar da mesma me encher de perguntas e comentários tolos. Ao chegar ao meu destino, pago-a, apanho minha mala e, antes de tocar a campainha, sento na escada da entrada da residência e pego meu celular ligando ao Capitão Ryan.

"Olá, capitão Ryan! Sou eu, Policial Valentina"- digo.

"Olá, como tem passado?"- diz meu superior do outro lado da linha.

"Bem! Aconteceu uma coisa muito turbulenta hoje de manhã... Recebi uma mensagem..."

"Que mensagem?"- Capitão Ryan pergunta e eu conto, entretanto, ele não comenta nada sobre, apenas se cala.

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