Segunda-feira, esse dia nem devia existir, eu não estou com o menor saco para ir à escola, ficar ouvindo aqueles professores chatos, se eu tivesse escolha não iria, mas nada no mundo é perfeito.
Me levantei na maior tranquilidade do mundo, eu não tô nem ligando para o horário, deve estar bem cedo já que a minha noite foi longa e eu mal dormi, eu não sabia se estava dormindo, ou se estava acordada, fiquei ouvindo vozes soando ao longe, apesar de baixas todas diziam a mesma frase: "Tome cuidado Sam!"
E eu aqui achando que as fadas já tinham parado de me encher a paciência, agora elas resolveram cantar na minha cabeça, só tá melhorando...
Vou para o banheiro tomar banho, ou melhor, dormir um pouco. Depois do banho quente e perfumado, coloquei o uniforme da escola e prendi o cabelo e segui caminhando para escola como em todos os dias.
A manhã estava linda, o verão chegou, não é minha estação preferida como eu já comentei mas é muito linda mesmo assim.
Estou caminhando devagar, admirando tudo ao meu redor quando sinto uma mão extremamente fria em meus ombros, me assustei e instintivamente olhei para trás vejo um homem que em primeiro momento acreditei nunca tê-lo visto em parte alguma, mas ao me virar e olhar em seus olhos fiquei estupefata, seus cabelos eram tão brancos que brilhavam ao serem tocados pelo sol, ele não aparentava ter mais de quarenta anos, mas tinha a expressão de um senhor, não sei explicar, seus olhos eram como duas safiras enormes, um azul vivo que também parecia brilhar, porém não transmitiam sentimento algum, isso me paralisou, aquela expressão fria, eu queria correr, mas as minhas pernas não obedeciam aos meus comandos, ele me analisava assim como eu a ele.
- Samantha? – Sua voz grossa e autoritária me assustou – Então é você, ela te escondeu bem
- Senhor, me desculpe, mas minha mãe não me deixa falar com estranhos – Me virei e tentei continuar andando, mas algo me impediu, melhor dizendo alguém puxando meu braço me impediu
- Você vem comigo mocinha
- Não, nada disso, eu vou pra escola seu louco, ter que enfrentar gente mais doida que eu logo cedo é um saco – Me livrei do seu aperto e saí correndo o mais rápido que pude, mas como eu não sou lá muito da área física, não fui rápida o suficiente e o homem estranhamente mais loiro que eu, me alcançou muito rápido
- Nanani na não! Você vem comigo, essa palhaçada já durou tempo demais – Então ele me jogou nos ombros como um saco de batatas, com uma facilidade impressionante
Fiquei me debatendo tentando fazer com que aquele estranho problemático me largasse de uma vez, eu nunca desejei tanto estar na escola como nesse momento, eu tentava gritar mas minhas voz não saia, ao menos não audível o suficiente, ele andou por um tempo até que parou em um beco, onde tinha um carro estacionado, ele abriu o porta-malas e me jogou dentro, e fechou imediatamente me deixando no escuro, de todas as formas.
Logo ouço a porta bater, ele havia entrado no carro, eu nunca senti tanto medo, nesse momento por algum motivo lembrei me de Daniel, "Ele tá vindo pra cá..." dissera ele.
- Calme minha cara! – Ele começou – Não vai doer, eu te prometo! – Aquilo me arrepiou, era assustador, o que ele pretendia?
- Ei, o que você quer comigo?
- Eu vou te matar, resumindo tudo, é isso – Disse tão calmo que me assustou ainda mais – Não gosto de firulas, sou bem direto, desculpe se te assustei.
- Ok, você vai me matar, entendi, a questão é, eu nunca te vi na vida, por que me matar?
- Porque me convém, simplesmente porque eu não quero você viva!
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Além das estrelas
AventuraSamantha é uma jovem alegre que sempre se sentiu bastante atraída pelos céus, sentindo uma vontade imensa de explorar o universo. Vivendo uma vida normal com seus amigos e sua família, começa ocorrer lhe eventos um tanto quanto estranhos, e então el...