Capítulo sete

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 Então o dia amanheceu... A noite foi longa não consegui dormir muito bem, fiquei me revirando na cama de um lado para o outro, fiquei até de cabeça para baixo e nada, a questão não era cansaço, pois me sentia cansada mas algo estava me incomodando, a questão era o quê.

Nem me dei conta o sol já estava nascendo, o dia já não havia começado bom espero que melhore mais no decorrer das horas.

Resolvi tomar um banho para relaxar, e agradeço a todas a entidades por não me mandarem mensagens do além, talvez eles, finalmente se cansaram de me atormentar com isso, fiquei no banho por bastante tempo, tanto que só me retirei de lá quando minha mãe veio me chamar para tomarmos café da manhã, me preparei e desci, o dia estava tão encantador apesar da noite mal dormida, eu estava em um vestido estampado com imagem de girassóis, rodado num estilo mais retrô, meus cabelos estavam soltos sobre os ombros, minha casa parecia mais iluminada, acho que por conta do verão que chegou, não havia ninguém na cozinha então deduzi que estivessem no jardim, então segui até lá, o inverno era lindo e eu amava, mas no verão tudo ficava mais brilhante, acho que até eu estava brilhante hoje.

Cheguei até a pequena mesa que havia no jardim e já estavam todos lá, papai, mamãe, Roger, Yumi e....Daniel, sério? Ele não tem mais casa não? Respira Sam, respira...

- Bom dia gente – Digo disfarçando a raiva que eu estou daquele ruivo, vontade de esganar ele, sério.

Todos me responderam e eu me sentei, e então tomamos o desjejum em silêncio, ninguém fala muito quando tem comida envolvida, minha mãe é uma ótima cozinheira e sempre que tem tempo ela capricha. Havia um bolo de cenoura com chocolate que estava muito bom, tinha alguns pães e queijo, suco de goiaba e o meu querido e amado café, comi um pouquinho de tudo, amo esses momentos em família.

- Sam, podemos conversar? – Daniel se pronuncia de repente surpreendendo a todos, o que ele quer de mim afinal?

- Pode falar Dan – Digo direcionando meu olhar a ele

- T.... tem que ser a sós... – Ele gaguejou, e....espera ele corou? Tem caroço nesse angu.

- Tudo bem – Disse me levantando – Já voltamos pessoal – Após isso pude ouvir meu pai soltar um "hmm", não sei porquê mas enfim...

Nos afastamos um pouco, ficamos perto da roseira branca de mamãe,  o lugar me traz algumas lembranças engraçadas,nós paramos e ficamos um tempo apenas olhando um para o outro, que clima estranho...

- Iae? O que vai dizer? – Quebrei o silêncio impaciente

- Ainda não acredita em mim não é Sam?

- Óbvio que não né, ainda com isso na cabeça? Sério, tu devias escrever um livro ficaria muito, muito famoso mesmo Daniel – Disse irônica, essa história tá me tirando do sério mesmo

- Ele tá vindo pra cá, e já está na cidade, não poderei fazer nada se não acreditar em mim – Disse ele se virando e retornando a mesa, nem deu tempo de perguntar quem, que, segundo ele estava aqui, mas não importa, é tudo história da carochinha mesmo.

Fiz o mesmo e voltei a mesa com minha família, esse ruivo tem mais problemas mentais que eu, sinceramente, ele não parava de sorrir pra mim eu hein.

A manhã passou rápido, depois do almoço meus pais nos levaram ao lago, já que o dia estava quente poderíamos aproveitar sem problemas.

O lugar estava um pouco diferente da última vez que estivemos ali, as árvores pareciam mais iluminadas e os passarinhos cantavam mais alegremente, o dia estava lindo.

- Gente, eu vou dar uma volta, ver as flores da trilha – Anuncio

- Está bem, apenas tome cuidado para não se perder Sam – Alertou minha mãe

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