No Tempo Certo- 1°Temporada

Cap- 3

Rafaela on

Sempre morei em Porto Alegre, uma cidade não muito grande aqui no Rio Grande do Sul.
Eu queria me tornar algo maior, sabe? Crescer em uma profissão que me deixasse contente. Desde pequena eu tive o sonho de me mudar daqui e ir fazer minha faculdade em outro estado.
Estudei muito no ensino médio.
Noites e noites viradas estudando. Fiz provas, cursos e tudo mais. Sempre fui muito festeira e tudo mais. Só que quando eu quero algo eu corro atrás. E foi isso que fiz.

Quando me formei, comecei a me preparar para o vestibular de Odontologia, para tentar a bolsa em Belo Horizonte. Lutei muito pra tentar entrar na UFMG, e hoje estou aqui fechando minhas malas, conferindo tudo, para ir em busca dos meus sonhos.
Eu estava a procura de um apartamento há vários meses. Até que eu conheci uma menina no insta. A Majú. Ela se tornou minha melhor amiga. Conversávamos todos os dias. Acabamos descobrindo que iríamos cursar odontologia juntas em Minas. E decidimos procurar um lugarzinho pra gente dividir. E nós achamos.
Meus pais e os pais dela iriam ficar o final de semana lá conosco pra fechar toda a papelada.
Mesmo que nós já tenhamos 18 anos. Ainda não estamos acostumadas a resolver tudo sozinhas. Sem contar que eles iriam arcar com as despesas. Só que nós duas vamos procurar um trabalho, para não pesar tanto pros nossos pais. E para começarmos a nos virar sozinhas.

Nós iríamos de carro. Meu pai preferiu assim, já que iríamos levar algumas coisas além de malas e roupas.
Aqui em casa somos em 4 meus pais, eu e meu irmão, Lucas de 4 anos.
Pegamos a estrada na sexta de tardezinha. Chegaríamos lá por volta das 11 horas da manhã. Coloquei meus fones e fui Pensando em como minha vida estava mudando por completo.
Eu iria aproveitar o máximo.
Curtir muitoo e levar a Majú junto, obviamente.
Mais eu iria me esforçar muito, nas minhas obrigações.
Acabei dormindo a maior parte do caminho. Nós paramos pela manhã em uma lanchonete. Comemos algumas coisas, escovamos os dentes e pegamos a estrada novamente.

Cheguei em Belo Horizonte.
Aaaaaa, meu sonho ganhou vidaa!!

Eu estava tão empolgada. Nós fomos direto pro apartamento. Quando nós estávamos indo em direção ao elevador. Dois rapazes saiam dele.
Nossa senhora. Que PERFEIÇÃO. Dois gatos. Quero pra mim, rs.

Eles nos cumprimentaram com um sorriso um deles ficou me encarando enquanto conversavam com o porteiro.
Acabei saindo do transe com minha mãe me cutucando.

-Ai, mãe.- fiz carinha de dor.- o que foi?- a olhei.

-Que gatinhos, hein- ela disse rindo.

-Ai ai, viu dona Adriana.- acabei dando uma risada é depois fiquei sem graça quando percebi que ele sorria pra mim.
Ai que vergonha.

-iiih, tá vermelhinha.-mimha mãe riu.- gostou dele né?-ela o olhou.

-É, ele é bem bonitinho.- dei de ombros, colocando algumas malas no elevador.

-Bonitinho, nada Rafaela.-ele é um gato-disse me olhando como se eu tivesse falado uma barbaridade- Para de Show que você não é assim.

-Ta bom, mãe. Já chega- revirei os olhos apertando o botão do 10 andar.- Agora, eu quero ver a minha amiga.- sorri.

Meu pai e o luquinhas estavam lá embaixo, pedindo ajuda pro porteiro, pra subir com algumas coisas.
O elevador parou e eu corri, pra bater na porta. Quando a Majú abriu, eu pulei em cima dela.

-Amigaaa. - eu gritei e ela gritou rindo.

-Sai sua gorda.- disse gargalhando e eu a olhei indignada.- Brincadeira minha loiraaaaa- Ela gritou me abraçando.

Ficamos conversando por alguns minutos. Minha mãe estava na cozinha com a tia Mariana, colocando algumas coisas que trouxemos de casa, no armário. E o tio Júlio desceu pra ajudar meu pai.

-Menina, tu viu dois, Boys, gaterremos que moram aqui.- eu disse e ela riu.

-Bom, até o momento só vi um.-ela disse- e ele mora no apartamento da frente junto com o amigo.- ela sorriu.

-Ai, meu Deus- dei um gritinho.- Será que são eles?- a olhei sorrindo

-Não sei.-Ela disse dando de ombros.- Talvez, sim.

-Já amei, BH.-Sorri e ela gargalhou.

-Abaixa esse teu fogo, Rafaela.-Ela me olhou.- Vamos focar nos estudos.

-Claro, né amiga.- eu revirei os olhos.-Mas... vamos focar nos deuses gregos que BH, está nos proporcionando.- Eu sorri sapeca.

-Ai, rafa- ela me olhou gargalhando.

Continuamos a conversar e fomos ajudar nossas mães.
Meu pai e o tio Júlio ainda não tinham subido. Talvez estivesse bem difícil subir com as coisas.
Minutos depois ouvimos batidas na porta.