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Katie Point of View

Então é isso. Um dos meus maiores sonhos de infância finalmente tornando-se realidade. Morar com minhas amigas na cidade de Los Angeles, onde começa a mágica para qualquer artista amador, como eu e minhas garotas. Pareceu até mentira quando nossos pais nos deixaram sair do Rio de Janeiro para morar com minha tia no bairro de Bel Air, na Califórnia  com apenas 17 anos para concluirmos o ensino médio. Me sinto em um sonho.

Estamos agora em frente ao portão de embarque, nos despedindo dos nossos pais pela quinquagésima vez, lágrimas e mais lágrimas rolando. Eu e as meninas nos entreolhávamos a cada segundo, nem acreditando no que estaríamos prestes a viver. 

- Ouviu, Katie Marie Barrett? - Minha mãe pergunta, me despertando dos meus pensamentos ansiosos.

- Claro mãe, te ligarei sempre que puder, obrigada por me deixar realizar esse sonho. - Digo, com lágrimas nos olhos

- Está só começando, meu amor. - Ela replica e me envolve num abraço apertado

- Cuidem dessa desmiolada por mim. - A mãe de Claire grita e rimos

A Claire é a mais porra louca do grupo, aliás todas somos. Mas Claire se supera no quesito passar dos limites. A Catherine é a trouxa e a (e a mais zoada) do grupo sempre que tá de rolo com alguém, mas se ela estiver solteira, é confusão e gritaria na certa. Já a Sydney tem essa cara de gatinha sorridente, mas não se engane, é a mais ranzinza e mal humorada do grupo, e curiosamente dona das piores piadas.  E eu sou a mais perfeita de todas. Brincadeira. 

- Última chamada para o vôo A281, com destino ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. - Ouvimos uma voz ecoar no alto-falante e demos um último abraço em grupo antes do embarque

Fomos caminhando até o portão e demos nossos bilhetes e passaporte para uma das aeromoças, que nos liberou prontamente. Compramos passagens para a classe executiva, já que o vôo duraria mais de 12 horas. 

- Eu nem tô acreditando, alguém me belisca. - Cathe disse e o resto de nós nos entreolhamos, beliscando-a. - AI! Era maneira de falar, sua bruxas. - Ela reclamou, alisando o braço e rimos

- Você quem pediu! - Sydney disse, enquanto ria como um disco arranhado e todos olhavam para ela por conta da sua risada "excêntrica".

Sentimos o baque do avião começando a decolar e brotaram lágrimas nos meus olhos.

- Tá chorando por que, satanás? - Claire me perturbou.

- É de felicidade, sua desalmada. Mal posso esperar para nossas novas vidas! - Eu disse. - Vocês lembram quando éramos umas pirralhas que queriam morar juntas quando adolescentes e virar artistas, e a gente planejava como seriam nossas casas, nossos cursos de dança, canto e artes plásticas, como seriam...

- Nossos namorados! - Claire interrompe e rimos. Ela só pensa nisso

- Isso mesmo, piranha. - Eu completei. 

Conversamos sobre alguns assuntos aleatórios e as luzes do avião foram apagadas. Logo caímos no sono. 


party girls don't get hurtOnde histórias criam vida. Descubra agora