Já tinha até esquecido o quão vasto é a noite
Vocês são porcos e essa é a minha viagem de Chihiro
Criei esta obra sem usar martelos e da morte roubei a foice
No inferno sou chamado de o horripilante ser proibido
Não mexa com o fantasma Sem-Face o cara ta contido
Espíritos sem corações ele não é meu amigo
A ganância o tomou agora tão fudido
Estes seres pecadores o transformaram no maligno
Radicalmente querem arrancar meu crucifixo
O Drácula com odor de alho quer acabar com a minha vida no prefixo
Porém foi predestinada minha vitória desde o início
E nessa nota foi escrita que sou o sangue-suga no sufixo
Só vejo corpos mortos no chão
Me sinto olhando no espelho
Corpos sem alma apodrecendo
Corvos se alimentando do casco de desespero
Sinto que vou sucumbir a loucura
Vejo a solidão me abraçando enlouquecida pelo cheiro do medo da minha alma em amargura
Sapos imundos do vasto submundo me ameaçaram
Kaonashi com amor e ódio os devoraram
Já bati de frente com o diabo
Eles não me amedrontaram
Maldito traidor sedento por trocar de lado
"Se acalme viajante eles não querem lhe ver exaltado
Sua jornada já és tão longa e sem graça
Porque não retornaste pra casa?"
Minha bagagem está enorme por carregar tantas mágoas
Caminhei por todo este vale de sombras e morte buscando minha glória
Não entendo o motivo de um monte congelante e colossal habitar minhas memórias
Mas isso já é parte de uma outra história.
