Nicole
Era meu primeiro dia, já estava usando um vestidinho branco que seria meu uniforme, como Ivone havia me informado. Ainda não havia visto aquele homem magnífico de novo, mas mesmo assim já estava a postos para o meu trabalho.
Amanda tinha ficado extremamente feliz por eu ter conseguido um emprego, e não podia negar que eu também estava morrendo de alegria. Afinal, era um emprego digno, que me ajudaria a pagar minhas contas, e isso era o que mais importava no momento.
Olhei para Eduarda que chupada um de seus dedinhos tranquilamente e Ivone estava ao meu lado, ela disse que me ensinaria a trocar a fralda da pequena garotinha. A ansiedade tomava meu corpo, já que nunca tinha feito aquilo, porém pelo que pude perceber era a coisa mais fácil do mundo. Até desenhar era mais difícil do que o ato de trocar a bebê.
Quando finalizei, peguei Eduarda em meus braços e comecei a brincar com ela. Ivone saiu do quarto alegando que tinha outras coisas para fazer, e se precisasse de algo eu poderia chamá-la. Já se passava das nove e meia da manhã, por isso imaginei que meu chefe não apareceria, já que me informaram que ele saía cedo para o trabalho.
— Então Eduarda, me conta como é morar nessa casa enorme?
A menina olhava para mim como se eu estivesse falando grego, mas ao mesmo tempo sorria. Era muito engraçado como bebês não entendia nada do que falávamos, mas sorriam de qualquer maneira. Ela voltou a puxar meu cabelo, e eu tinha chegado à conclusão de que teria que prendê-lo para cuidar dela.
E meus fios nem eram tão grandes, mas mesmo assim pareciam ser uma interação a mais para Eduarda. Imaginava que como não podia fazer nada que um bebê da sua idade costumava fazer, tudo deveria parecer interessante para ela.
Caminhei pelo seu quarto, ficando encantada com a decoração. Parecia ter sido feito para uma princesa. O adesivo de parede tinha mais unicórnios, mas também ursinhos e corações completavam a fofura do quarto. A cortina era cor de rosa, o berço branco com detalhes em rosa, ficava no centro do lugar. Ao seu lado tinha uma poltrona que eu já havia experimentado e sabia que era extremamente confortável. No canto oposto tinha uma caminha cheia de bonecas, que provavelmente era para quando Eduarda tivesse idade suficiente para ficar nela.
Uma estante com livros infantis e alguns ursos terminava a decoração do ambiente, ela ficava perto da porta da suíte do quarto da garota, que também era cheio de enfeites e fofuras para chamar a atenção da pequena. Literalmente um quarto de princesa, que gostava de muito rosa.
Coloquei Eduarda no bebê conforto, depois peguei um ursinho de pelúcia do Stitch – que pelo que fiquei sabendo ela o adorava –, e entreguei em suas mãozinhas. Saí do quarto, com a garotinha risonha me olhando, enquanto eu comentava com ela para onde iríamos, o jardim, claro.
O sol estava ameno, então eu poderia passear com ela um pouco pelo jardim, para que a menina não ficasse sem a sua vitamina D. Chegamos ao local e eu andei com ela um pouquinho pelo lugar.
Alguns seguranças que andavam por ali me olharam, mas eles já tinham sido informados sobre a minha presença na casa. E sabiam muito bem que eu era a nova babá da neném.
— Duda, o que fazemos em um lugar enorme como esse, sendo que você não pode fazer quase nada? — Sentei-me em um dos bancos do lugar, e olhei para ela que sorriu.
Ivone tinha me falado que era estranho Eduarda ainda não falar nenhuma palavra sequer, e soltava raramente os resmunguinhos fofos de bebês. Ela tinha consulta rotineiramente com uma fonoaudióloga, mas parece que a especialista informara que algumas crianças desenvolviam a fala tardiamente. E parecia ser o caso de Duda que tinham feito alguns exames e esses não constataram nada.
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Uma Babá em Apuros - DEGUSTAÇÃO - LIVRO COMPLETO NA AMAZON
RomanceUm CEO que precisava cuidar de sua filha. Uma babá que nunca havia cuidado de uma criança. Roberto Martini era frio, calculista, só pensava em trabalho e um completo idiota como todos falavam. Porém que culpa ele tinha de ter sido escolhido pela vid...