Nessa noite como de costume tinham helicópteros sobrevoando, militares nas vielas e tiro para todos os lados. Aqui se você esta com um guarda-chuva ou até mesmo um livro na mão é suspeito, isso era normal onde eu morava, gente sendo assassinada nas ruas e brutalmente em suas próprias casas, a gente aguentava calado até aquela noite.
Naquele dia Jorge o futuro da nossa comunidade tinha passado em medicina na federal, voltava para sua casa para contar a novidade pra família e a comunidade, sua família obviamente contente fez um humilde jantar para seu filho. A noite foi chegando, se ouvia gritos e choros dos moradores desesperados de medo, e não era diferente para a família de Jorge. Todos se levantaram da mesa e foram direto para o quartinho no fundo da casa, mas a porta da casa que dava direto a rua estava aberta e Jorge foi pegar a madeira para fecha-la, foi nessa hora que o reflexo pela sua janela fez de Jorge um suspeito e alvo de mais uma arma, ali se foi a vida de Jorge com um só tiro na cabeça. Morto covardemente sendo que só ia fechar a porta de sua casa.
No dia seguinte a comunidade acordou revoltada, mas Nakamura sua irmã mais nova ficou calada, muitas pessoas davam voz a ela em protestos pelas vidas das pessoas de comunidade, mas Nakamura se permaneceu calada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Histórias que Matam
AléatoireA história irá peregrinar sobre momentos marcantes da vida de Nakamura, uma cidadã carioca. Espero que curtam a história e sinta de fato o que ela quer passar em cada um de seus capítulos. Deixe sua opinião na barra de comentários. [ ] Se quiser ent...
