Final

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Superação de Nakamura

Durante anos eu senti um vazio que eu acredito que não o criei sozinha tive ajuda de um outro eu e do mundo, afinal a gente escolhe o que vamos nos permitir.
   O passado deve ficar no seu lugar, devo guardar não somente coisas boas que foram poucas mas as tive, coisas ruins não devem ser  guardadas, mas as vezes é justo e viável se recordar.
Mantive um grito preso na garganta, estive anestesiada e senti mais do que aguentava, por um momento não quis sentir nada. Eu me recordo bem do espaço que o vazio deixa.
Amigos, grande parte foram embora e tudo bem também, eu preciso parar de me sentir dependente das pessoas porque somos seres individuais que precisam viver em grupos, ou talvez não. A gente só precisa pegar mais leve conosco.
A vida ela tem seus roteiros seja lá quem que você deixou escreve-la, mas você ainda pode escolhe-lo, ou não. Tudo o que começa precisa de um final e a dor do final vem para purificar, para recomeçar, então eu deixo o que for que seja ir embora.

O tempo é lindo e corre de um modo rigoroso, hoje mesmo sendo nova não tenho a pele de antes, não sou a mesma Nakamura. Quando eu saí para fora do tempo em que minh’alma dóia tanto que o tempo não passava eu não sentia isso, hoje eu sinto o tempo passar e passa rápido cabe a mim escolher o que fazer com ele. A gente nunca sabe quem somos até viver cada dia.
  

A vida é um conjunto de altos e baixos, algumas só experimentaram o baixo, outras, somente os altos. Parando para analisar a vida e seus motivos, todos nós temos motivos para fazermos algo, cada decisão foi tomada por algum motivo, quando paramos para tentarmos entender a vida ficamos um pouco louco porque a vida é louca. O importante é você deixar ir quem quer ir, se libertar do que precisa ser liberto e buscar sua verdade.

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