PARTE 2

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  Os dias foram se passando e voltei a fazer minhas refeições no quarto, aquela proposta mexeu comigo, será que eu seria capaz de fugir com uma gangue? Não queria me envolver com eles, não queria criar laços com os meus sequestradores, Okane não vinha mais me ver e desde quando me importo de ele vem ou não? A porta foi aberta e Purple entrou.

Purple: Podemos conversar? - ela fechou a porta e sentou na cama ao meu lado -Aconteceu alguma coisa entre você e o chefe?

--Não - respondi seco.

Purple: Não me convenceu, o chefe sempre pergunta de você e desde a invasão ele parece ter perdido o interesse por você.

--Ele me pediu para ficar aqui.

Purple: Acredito que tenha um bom motivo, não precisa me contar nada, o chefe nos tirou da miséria e do sofrimento e nos convenceu de fazer esse roubo, todo mundo aqui precisa desse dinheiro.

--Estão esperando o que para vender?

Purple: Antes de você ser sequestrado um dos nossos nos traiu e levou com ele uma arma, o chefe ordenou seu sequestro e faríamos uma troca: a sua vida pela arma... mas não é bem isso que eles querem, o real motivo pela invasão foi para nos roubar de novo, já notou a espada nas costas do Kenshi? É ela que eles querem.

--Eles não ligam mesmo se eu ficar aqui né? - Purple me olhou triste -Quer saber de uma coisa Purple? Foda-se eles, vou aceitar a proposta do Okane.

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  A tarde fui procurar por Okane, disse a ele que ficaria com eles e não queria privilégios só porque ele sentia uma atração por mim, eu tinha acesso a todos os andares, o esconderijo era no subterrâneo e dividido em 6 andares, o B6 era a Sala de Jantar, o B5 ficava nossos quartos, B4 enfermaria, o B3 era o escritório do Okane, B2 Sala de Reunião e o B1 não tinha permissão para ir. Não precisava mais andar por aí algemado e até fiz amizade com os outros e ajudei a esconder uma festinha surpresa de aniversário da Purple hoje a noite.

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  Tinham tudo quanto é tipo de bebida naquela festa, fizemos inúmeras rodadas de Tequila e aquilo começou a me deixar bêbado e decidi parar, Okane me puxou para fora da festa dizendo que precisava conversar comigo no escritório dele.

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  Chegamos no escritório e ele trancou a porta, nos sentamos num sofá que estava ali ficando um de frente para o outro.

Okane: Como você está?

--Bebi uma garrafa inteira de tequila, como você acha que estou?

Okane: Não me refiro a isso.

--Ah... estou bem, todo mundo me aceitou aqui numa boa.

Okane: Lembre-se de tratá-los como uma família ok?

--Uhum - Okane analisava cada detalhe do meu rosto e decidi falar alguma coisa aquilo estava começando a ficar estranho -Sabe porque eu aceitei ficar aqui?

Okane: Me fala aí.

--Não é só porque eles não ligam mais para mim é que... - "coragem Hidan coragem" pensei.

Okane: Você o que? Vamos fale, não tenha vergonha.

--Eu... gosto de você, de alguma forma bem louca você me faz bem, tá sempre cuidando tão bem de mim.

Okane: Você tem síndrome de Estocolmo - o olhei confuso -É quando o refém se apaixona pelo sequestrador, cria laços de amor, amizade... e porque você sente isso por mim?

Síndrome de Estocolmo {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora