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Oi? Como assim minha gente?

Jac: Pera, explica essa história direito.

Dylan: Assim, eu tava assistindo pornô - eu o olhei meio estranho - sim pornô, porque eu ia transar contigo naquele dia, lógico que só se você quisesse, mais enfim, ai quando tava no fim do filme, era quase a hora de tu chegar, ai a campanhia tocou e eu fui atender de samba-canção porque eu achei que era você, e ela tava lá com uma micro-saia e um top que não tampava porra nenhuma e ela já chegou pegando no meu pau, o que eu ia fazer?

Jac: Primeiramente, TIRAR A PORRA DA MÃO DAQUELA PUTA DO SEU PAU NÉ MEU FILHO!?

Dylan: Ta, mais ai juntou o pornô, a menina quase sem roupa e o tesão que eu tava e... deu no que deu. - Parecia no mínimo arrependido no meu ponto de vista.

Jac: E não tinha como expulsar ela da sua casa?

Dylan: Jac tenta me enten...

Jac: Não Dylan, não tem como entender o real motivo de você ter feito isso meu. Porra, beleza que você tava com tesão e os caralho a quatro, mais pensasse em mim também né pow, caralho mano eu tava quase chegando, sabe o quanto foi atormentador ver aquela cena pra mim?

Dylan: Sim, Jac eu ente...

Jac: Dylan, não tem como você entender o que eu vi, você nunca precisou passar por isso, porque você... você é o senhor perfeitinho, o garoto que todas as meninas ficam de quatro, o garoto que pega quem quer e na hora que quer e foda-se o resto do mundo. - Ele não falou nada e eu nem fiz questão também, continuamos o trabalho de matemática e os ânimos foram se acalmando, durante todo o tempo um ficava encarando o outro e depois disfarçava, estava um clima pesado, mas era... ai não sei explicar mas eu tentei perdoar ele, pelo menos minha consciência estaria de boa, eu não sou uma pessoa que gosta de guardar rancor sabe? Mas quando eu pego ranço, não adianta, pode até estabelecer a paz mundial que eu vou dizer que não foi a pessoa e que ela pegou da internet, sei lá gente, mais quando eu não gosto, EU NÃO GOSTO E FALO NA CARA MESMO, só que com o Dylan eu não consigo fazer isso e eu juro que não sei o porque. Ele foi um puta de um canalha comigo, mas algo dentro de mim pensa que ele está falando a verdade, que ela é e sempre vai ser a culpada de toda essa história.

Depois que a gente terminou de fazer o trabalho e verificamos pra ver se estava tudo certo, nos despedimos e ele roubou um beijo de mim, MANO, MANOOO QUE RAIVA DESSE GAROTO. Dei um tapa no ombro dele e na hora que ele virou de costas eu soltei um sorriso de lado. Ah gente qual foi? Ainda tenho sentimentos por esse idiota, não me julguem.

Ele foi embora e quando voltei pro quarto, lá estava seu casaco do time de lacrosse em cima da minha cama, com seu cheiro, e com o cheiro das putas também mais não importa agora. Fui tomar um banho se lavar meu maravilhoso cabelo, porque está de noite já, passei meu óleo corporal de baunilha, coloquei meu baby doll e fui dormir, ai lembrei do casaco dele e bateu uma vontade de pegar e dormir agarradinha com ele, levantei e peguei, voltei pra cama, abracei o casaco e depois me cobri com o cobertor, meus olhos foram pesando e eu dormi.

Dylan Scott

Puta merda, eu esqueci o casaco do time na casa da Jac, não posso aparecer sem esse casaco amanhã, tem treino e estar com o casaco é tipo uma "regra", olhei a hora e decidi que ia voltar para a casa dela, ainda é 22h.
Cheguei e as luzes estavam todas apagadas, fui na janela do quarto da Jac e chamei, chamei, chamei e nada dela aparecer, peguei uma pedra pequena e joguei na direção da janela, a primeira vez eu errei, a segunda foi com pouca força, a terceira eu acertei  mais acho que ela não ouviu, a quarta também, mais na quinta ela apareceu, não me viu e saiu, ai o único jeito foi me pendurar na janela dela, até ela abrir e foi o que eu fiz. Pulei a grade, é comecei a escalar umas pedras quadradas que pareciam tijolos até a janela dela, me pendurei e comecei a bater na mesma, tava quase caindo quando ela se levantou e abriu o vidro.

Dy: Jac me ajuda aqui por favor.

Jac: Opa, ajudo sim.

Ela me puxou com tanta força, que eu nem sei de onde isso tudo veio. Resultado: caí de cara no chão, é cortei minha bochecha com alguma coisa afiada que estava lá.

Dy: Ei, ei, ta maluca garota? Olha o que tu fez com meu rosto. - Me olhei no espelho e o corte tava cheio de sangue.

Jac: Para de drama, vai ali no banheiro e lava com água e sabão.

Fui até o banheiro, peguei o sabão e comecei a lavar, mais tava ardendo.

Dy: Ta ardendo essa porra Jaqueline, é agora o que eu vou fazer?

Jac: Fala baixo o idiota, quer que minha mãe saiba que você tá aqui?

Dy: Não.

Jac: Então senta na merda dessa cama que eu vou pegar o kit de primeiros socorros no outro banheiro. Ah e não mexe nas minhas coisas.

Ela saiu e eu comecei a observar o quarto dela, a maioria das coisas eram pretas, as decorações, o guarda-roupa, quase tudo era preto, bem diferente do quarto da garotinha de anos atrás. É, eu acho que a gente cresceu, não somos mais aquelas crianças de antes que estavam sempre juntas, que brincavam juntas, sem brigas, sem discussões, era todo mundo muito unido. Saudades desse tempo. Ouvi um barulho e olhei pra porta, a Jac entrou no quarto e eu olhei pra escrivaninha que tava do lado dela, tinha uma foto nossa, de quando a gente tinha mais ou menos 8 anos, estava todo mundo, eu, ela, o Kevin, o Jackson, a Keyla, a Luara e tem até uma menina, mais nova do que a gente, mais eu não reconheço.

Dy: Foi legal aquele dia né? - Apontei pra foto.

Jac: Sim, foi legal mesmo, pena que tudo que é bom dura pouco. Agora se ajeita pra eu poder fazer o curativo.

Sentei direito e ela tava fazendo o curativo, mais ai teve que pegar outro algodão, a Jac foi no banheiro e nisso bateu um sono, eu deitei e dormi.




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