Capítulo 03 - Está nervosa?

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Narrador

- É o seguinte, amanhã é o dia dos namorados e hoje é o último dia para se inscrever no In Love. - Yuri disse ajeitando seu óculos, para as suas amigas que estavam ao seu lado.

- Eu sabia que você não estava falando sério quando disse para a Cath que era melhor deixar tudo como está. - Naty disse animada.

- E o que tem em mente? - Tali perguntou se escorando na mesa do refeitório.

- E que tal, a gente inscrever a Cath no In Love para que ela talvez seja sorteada? Não custa tentar né?

- É mas... E se ela não gostar do par que cair com ela?

- Isso provavelmente vai acontecer, mas vai que ela goste do garoto? Temos 50% de chance!

- Mas... e se ela ficar brava com a gente? - Naty perguntou um pouco apreensiva, mordendo uma de suas unhas.

- Ela não precisa saber que foi a gente... Podemos colocar o papel no final da aula, afinal, nós estamos sempre com ela, vamos usar isso como desculpa. - Disse Yuri como se o plano já estivesse todo em sua mente.

- Espero que dê certo.

- Vai dar sim. - O garoto disse guardando o papelzinho com o nome de Catherinn.

[...]

- Eu quero só ver a cara do Ray quando o nome dele for sorteado! - Nick, um dos amigos de Rayden, disse colocando o papelzinho com o nome do amigo dentro da caixa do In Love.

- Tomara mesmo que ele seja sorteado. Ele vai é ficar feliz de ficar com outra garota da escola, se é que ele já não ficou com todas. - Jake disse debochado.

- Quero que o par dele seja uma garota estranha ou algo assim. Vai ser divertido.

- Vamos filmar na hora do sorteio, isso vai ser lendário! - Jake disse indo em direção a porta da escola.

Logo em seguida, os amigos de Cath apareceram animados, a escola estava quase fechando e tanto Cath como seus amigos pensavam que ambos estavam indo para casa. Yuri se distanciou das meninas e sorrateiramente largou o papelzinho na caixinha cheia de nomes e foi embora.

Catherinn

Faltava exatamente dez minutos para a detenção acabar, e Rayden estava sentado no chão brincando com um lápis, enquanto eu estava ansiosa olhando pela janela batendo meu pé no chão.

- Esse barulho é irritante. - A voz grossa dele ecoou pela sala.

- Menos do que você. - Respondi sem olhá-lo.

- Logo você se livrará de mim, pimentinha. - O ouvi se levantar enquanto falava.

- Você me chamou de quê?

- Você tá sempre com raiva de mim! - Ele disse vindo na minha direção. - Pimentas me fazem lembrar de você, tá sempre esquentadinha e sem paciência. E eu não gosto de pimenta. Combina com você. Aliás, gostou?

- Não. - Falei me virando para vê-lo.

- Perfeito, vou te chamar de pimentinha. - Ele disse sorrindo de lado me provocando.

- Você é tão idiota... - Disse me virando para a janela novamente.

- Já me acostumei com você me chamando assim.

- Sua mãe deveria trocar seu nome para idiota.

- E a sua para pimentinha.

- Para de me chamar assim, isso é ridículo! - Quase gritei virando para ele novamente.

- Que bom que acha isso. - Ele falou mantendo seu sorriso, colocando as mãos no bolso enquanto dava um passo para mais perto de mim.

Ah como ele é um garoto insuportável...

Eu estava virada para a janela de novo, vendo a escola vazia, pensando na comida que já devia estar fria em casa... ah como eu queria comer...
Enquanto pensava nisso, ouvi a voz dele sussurrando perto do meu ouvido:

- Você tem um cheiro bom...

- Por quê você tá tão perto? - Perguntei virando um pouco a cabeça, irritada.

- Queria ver o que você está vendo aí, então senti seu perfume, que aliás parece de criança. Não me surpreende, você não pode usar perfume de uma mulher, você não chegou nesse nível ainda.

- Você não consegue mesmo ser gentil, não é? - Disse me virando para ele notando que o mesmo estava muito perto de mim.

Nossos corpos estavam quase colados, mas isso não era incomodo para ele aparentemente. Seus olhos estavam firmes nos meus, e seu mini sorriso de canto surgiu me fazendo ficar mais irritada ainda com aquele cretino. Parecia que ele se divertia me vendo desconfortável com aquele momento, tanto que não conseguia ficar olhando muito para ele.

- O que foi? Se sentiu intimidada? Eu sabia que você não aguentaria me ver tão perto de você. - Ele dizia se aproximando cada vez mais do meu ouvido. - Estou vendo sua pele arrepiada... você está tensa... aposto que está se segurando para não me beijar...

No mesmo instante o empurrei com toda a minha força enquanto seu sorriso estava estampado em seu rosto.

- Fala sério, você acredita mesmo que pode me seduzir? Estava tensa porque se eu socasse você, você iria se machucar feio!

- Sei. - Ele disse rindo enquanto se afastava - Acredito em você, mesmo lembrando de mais cedo você tentando me bater e não conseguindo.

- Eu não usei toda a minha força porque se eu usasse você iria desmaiar!

- Tá bom tá bom, pimentinha, eu acredito em você. - Ele debochou pegando sua mochila e colocando em um ombro. - E... voltando ao assunto, eu quase consegui te seduzir, você não é tão forte assim, pimentinha. - Ele terminou sorrindo malicioso.

Ah como eu o odeio...
No mesmo instante, o sinal tocou, indicando que a primeira hora passou, e eu finalmente podia ir embora.

- Vamos nessa. - Ele disse me seguindo.

- Você tem duas horas! Vai ter que ficar aqui ainda, seu otário. - Falei me sentindo adorável.

- Ah droga... Tinha esquecido. Isso vai ser chato sem você. - Ele disse largando sua mochila novamente, se sentando na cadeira.

- Lide com isso. Aliás, mexa no seu celular, agora você pode fazer isso. - Disse sorrindo vitoriosa enquanto esperava a diretora abrir a porta.

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