O corpinho miúdo do Park se espreguiçou embaixo das cobertas, os olhinhos cor de mel se abriram lentamente e logo foram suavemente coçados pelas mãozinhas pequenas do rosado. A voz de Hyosun era facilmente ouvida, uma vez em que a pequena gritava desesperadamente pela casa. O cheiro do café da manhã preparado pela Park mais velha alcançava as narinas de Jimin, lhe causando uma sensação de paz e satisfação. Entretanto, algo alcançou a sua memória e os seus olhinhos se arregalaram pela lembrança de que hoje o dia seria cheio. Saltou para fora da cama, encaixando as pantufas confortáveis nos pés rechonchudos e correndo para que pudesse concluir as suas higienes matinais.
A sua expressão manchou-se em pura insatisfação ao ver a porta trancada, indicando que o banheiro já estava em uso. Um resmungo emburrado escapou pelos lábios róseos do baixinho, que bateu enfurecidamente na porta de madeira e ouviu a outra ômega gritar lá de dentro. — Derruba a porta! não está vendo que eu estou usando, não?
E então as orbes castanhas foram sutilmente reviradas. Em sua mente passavam flashbacks da infância, aonde brigava com a sua irmã mais velha: Park Mirae. Lembrou-se das vezes em que ambos os irmãos discutiam furiosamente, até mesmo trocavam inocentes tapas para decidir quem usaria o banheiro primeiro. E tais lembranças fizeram Jimin agora sorrir, pois era tão feliz com mínimos detalhes de sua rotina e mal podia perceber. Quando somos mais novos, desejamos e ansiamos pela vida adulta. A doce ilusão que depois dos dezoito, tudo se tornaria um mar de rosas. Mas muitas vezes quando nós alcançamos a idade tão esperada é quando nós percebemos que a infância é aonde deveríamos sempre estar.
Perdido em tais pensamentos, o ômega mal percebeu quando a sua irmã mais velha finalmente deixou o banheiro e de quebra um tapa em sua nuca. — Para deixar de ser trouxa.
E riu, negando sutilmente com a cabeça antes de adentrar o cômodo. Despiu-se e banhou-se, abusando dos cosméticos e esperando que junto a água que descia pelo ralo se fosse todas as suas memórias ruins.
Com a ajuda de hyosun, no dia passado o Park havia escolhido as vestes que usaria para o seu encontro com o Lee. O jeans claro e justo que delineava bem as coxas fartas, a blusa folgada cor de vinho com botões e de mangas longas que caiam sobre suas clavículas marcadas. Um par de tênis, os fios rosados bem alinhados e a pele cheirosa marcada pelo perfume. Os seus dedinhos miúdos acariciaram a marca deixada pelo alfa no pescoço bonito, os olhos castanhos encararam a sua imagem refletida pelo espelho e um suspiro escapou pela boca bonita do menino.
— Jimin oppa, o Taemin oppa chegou! — Hyosun anunciou animada, apenas o rostinho para dentro do quarto e o corpo ainda escondido pela porta. E então correu, animada e ansiosa para conhecer mais o alfa grandioso que estava em sua sala.
Que assim seja....
O murmuro saiu baixo pelos lábios de Jimin, que buscou pelo celular sobre a cômoda e então deixou o seu quarto.
— Bom dia, Jimin-ah! — A voz rouca pronunciou baixo, um sorriso ladino e satisfeito brotou em seus lábios ao ter a imagem miúda e bem feita do Park alcançando os seus olhos.
— H-hm...Bom dia, Hyung! — Proferiu timidamente, secretamente inebriado com o cheiro forte e másculo que exalava do alfa. Jimin não poderia negar que o Lee era sim um homem lindo e muito atraente, e isso de certa forma lhe deixava tonto.
— Eu achei que você não teria mais como me surpreender. No entanto, estou completamente encantado com a forma com que tu me deixas mais interessado a cada instante que passa. Você está lindo, Park Jimin.
E então aproximou-se em passos lentos, as mãos grandes do alfa envolveram as pequenas do ômega e as levaram até os lábios vermelhos, selando-as docemente.
— O-obrigado! você também está muito bonito, taeminnie...
Quando ergueu sutilmente o rostinho para que pudesse olhar o alfa, o rosado surpreendeu-se com a forma em que os olhos profundos do Lee lhe encaravam com total desejo. Lentamente, o rosto do alfa inclinou-se até que se encaixasse no pescoço bem feito do Park, cheirando-lhe a pele e beijando-lhe na marca feita por Jungkook.
Os pelos do baixinho se eriçaram por completo; a sua pele esquentou quase que Institivamente e os seus olhinhos se arregalaram em total surpresa. As mãozinhas de Jimin apertaram-lhe os braços fortes, a boca rosada foi facilmente prendida entre seus dentes tortinhos e tremelicou ao ouvir o sussurro certeiro em seu ouvido:
— Que esse beijo o dê a certeza de que eu não desistirei até que a única marca que desenhe a sua pele seja a minha.
Os seus olhos piscaram furiosamente, Jimin não era tocado e desejado assim a muito tempo. Uma vez que o seu alfa lhe rejeitava, lhe deixava explícito que o seu corpo e o seu cheiro não eram o suficiente para satisfazê-lo. E agora, nos braços de outro homem, Jimin era nitidamente desejado e o seu corpo esquentava ao ter os toques íntimos que ansiou a tempos.
Contudo, o seu lobo e o seu coração pareciam reprovar aquilo. Ainda presos a um amor sincero que o Park cultivou sozinho por tanto tempo, o ômega pensava se um dia conseguiria se ver completamente desprovido de sentimentos por Jungkook.
Os seus olhos castanhos mais uma vez buscaram os de taemin, e um sorriso manso foi cultivado pelos lábios róseos do Park. Tal ato que foi totalmente absolto pelo Lee, que sorriu em resposta e segurou o rostinho rechonchudo de jimin para presentear-lhe com um beijo na testa.
— Não fique nervoso, eu ultrapassei os limites. No entanto, não me arrependo de ter o feito. — O alfa confessou sem ressentimentos, acariciando os fios rosados de Jimin e então alcançando a sua mãozinha para a segurar com total cuidado.
— N-não estou n-nervoso... — A tentativa falha de mentir foi facilmente captada pelo Lee, que apenas riu e assentiu em um movimento leve com a cabeça.
— Pois bem, começaremos com o café da manhã. O levarei a minha cafeteria preferida. — E então disse, abrindo a porta e guiando o baixinho até o Jeep preto. E naquele instante, ambos tinham em mente das incertezas que aquele dia os prometia.
E do outro lado da cidade, o alfa moreno encontrava-se furioso enquanto a marca queimava-lhe a pele. E aquilo mal o importava, pois a raiva que escorria por suas veias e o desejo de cravar as garras no alfa que tocava o seu menino lhe dominavam em total desespero.
Notas;;
oii, mais uma att procês kkkkkk e o tão esperado momento do Jungkook sentindo a marca queimar. O carma sempre vem, não é mesmo? vocês gostaram????
eh isto, saudades! 👉🏻👈🏻♥️
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I took you away from me. //jikook
FanficOnde Jeon Jungkook era um alfa festeiro, sem responsabilidades e que se achava pertencente ao mundo. Enquanto seu ômega marcado vivia sozinho, com saudades e implorando pelo carinho de seu alfa. mas e se tudo mudasse? e se o pequeno ômega encontrass...