Capítulo 1: Parquinho

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Hey! Literalmente era pra eu postar essa fic ano passado! Mas veio a insegurança e adiei tanto que me surpreendi!

Espero que gostem dessa nenê! Boa leitura ❤️

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Atsushi odiava ser pai solteiro.

Bom não odiava o tempo todo. 

Apenas odiava as manhãs, onde saia de casa com seus filhos para o passeio matinal. Seus filhos, eram espertos e curiosos, além do fato de serem Espers. Alguns vizinhos diziam que os cabelos de Atsushi ficaram brancos por pura preocupação. 

A família Nakajima tinha cinco integrantes: Chuuya, Osamu, Kyouka, Doppo e claro, Atsushi. O pai sempre levava a pequena Kyouka no carrinho, pois o menor desconforto faria o demônio da neve sair e atacar. Chuuya precisava ir no colo, pois vivia brigando com os irmãos e, na última vez, acabou perdendo o controle e destruiu a porta do mercado. 

Kyouka era a flor da sua vida e a mais nova dos irmãos, sendo protegida pôr todos. O único problema era se defender da habilidade dela. E era sempre a mesma coisa, se ela ficar desconfortável ou pior, não estiver com seu ursinho, teriam uma visita do demônio da neve.

Osamu era um caso complicado, era inteligente e travesso. Ele ajudava no último segundo, cancelando as habilidades, mas por ser novo, mal sabia controlar o poder e os acidentes acabava ficando piores.

O mergulho que Kyouka deu na fonte do parque foi um exemplo e o pior, Osamu estava provocando Chuuya e acabou sendo perseguido pela habilidade da pequena. 

Doppo era o mais velho e, para o alívio de Atsushi, tentava manter todos na linha. Mas era uma criança e, como tal, passava dos limites. Como no dia que fez uma arma de choque e, junto de Osamu e Chuuya, correram pela praça atirando nas pessoas. Atsushi teve sorte que Doppo não entendia sobre a força que a arma deveria ter.

Bom, Nakajima poderia listar todos os motivos que o fizeram detestar sair com os filhos, ou melhor, enfrentar as confusões que eles causavam. Mas naquela manhã - ao contrário de todos os outros dias - acordou animado. Sentia que nada de ruim iria acontecer. 

Após o café da manhã - e a batalha para acordar os filhos - colocou a pequena Kyouka no carrinho, lhe deu um beijo na testa e entregou seu ursinho de pelúcia. Respirou fundo e olhou Chuuya correndo pelo teto. Sim, seu filho de cinco anos amava correr pelo teto. 

Com um pulo, conseguiu segurar o ruivo pelo gola da camisa e o puxou. Chuuya caiu rindo, adorava isso, amava seu pai e o fazer sorrir era sua prioridade sempre. Como já estava pronto, apenas sentou no sofá e esperou seu pai organizar os mais velhos. 

Doppo ficou ao lado direito do carrinho, com seu caderno de ideiais nas mãos, enquanto Osamu brincava com uma mecha de seu cabelo ao lado direito.

Já estavam na porta da casa, quando Atsushi percebeu ter esquecido sua carteira com os documentos das crianças. 

"Calma. Está tudo bem"  

Colocou Chuuya no chão e foi buscar a carteira. Repetia o mantra esperando que isso impedisse seus filhos de aprontarem. 

-Papai tá estranho - Osamu comentou, vendo seus irmãos o olharem

-Papa tá normal - Chuuya respondeu fazendo bico

-Será que Papa tá bravo? - Kyouka questionou, tinha medo de deixarem papai triste.

Papai os levou do abrigo. Deu amor e carinho e, mesmo quando aprontam, não recebem o castigo que deviam. Papai era o herói dos irmãos Nakajima.

E por isso, odiavam ver Atsushi triste. Doppo notou a aura branca saindo do corpo de Kyouka. Isso era ruim, não podiam causar um incidente na porta de casa. Acabou por fazer o que seu coração mandou: acariciou os fios negros da pequena e sorriu.

-Papa não tá triste. - O loiro respondeu - Podíamos fazer uma surpresa pra ele, o que acha Kyou? 

-Flor deixa Papa feliz! - Kyouka sorriu - Tudo colorido!

-Certo - Dazai riu com a animação da irmãzinha - Vamos pegar todas as flores coloridas que virmos!

-Vamos? - Atsushi sorriu ao ver seus pequenos anjos.

Estranhou o fato de Chuuya não querer ficar no colo, mas não brigou, podia ser um bom sinal. Certo?

Errado.

Assim que chegaram a praça, Kyouka quis colo. Foi um segundo, uma pequena fração de tempo e seus três filhos haviam sumido. Mesmo sob os protestos da pequena, a colocou no carrinho e começou a procurar. Seus filhos não eram tão complicados de encontrar, mas naquela manhã, eles haviam desaparecido sem deixar rastros. 

E isso o irritou. Todos os conheciam, mas num passe de mágica, ninguém havia visto seus filhos. Conforme as horas passavam, seu desespero aumentava. Tentou não chorar na frente de Kyouka, mas as duas da tarde, já tendo rodado o bairro inteiro e nenhum sinal deles, Atsushi não teve forças para impedir o turbilhão que crescia cada vez mais dentro de si. Pegou Kyouka no colo, a abraçou e chorou enquanto sentia a pequena fazer carinho no seu cabelo.

-Papa! Papa! - Kyouka chamou, cutucando suas bochechas

Quando Atsushi levantou o rosto, mesmo com a visão turva pelo choro, reconheceu Chuuya, Osamu e Doppo. Estavam envoltos pela habilidade de um Esper e sorriram quando viram seu Papai.

-MENINOS - Atsushi gritou, manteve Kyouka firme em seus braços e correu até seus filhos - Querem me matar do coração?

-Papa estava triste - Chuuya falou abaixando a cabeça - Só queriamos fazer uma surpresa

Atsushi olhou o ruivo sem entender, ia pedir uma explicação quando Osamu falou.

-Pensamos em pegar várias flores pra deixar o papai feliz, não era pro papai chorar

-Vocês sumiram, eu fiquei com medo - Atsushi explicou, secando as lágrimas.

-O tio Ryuu é um esper e mora atrás do parque e tem um jardim lindo - Doppo falou, explicando onde estavam - O  Chuu fez amizade com o bicho dele e decidiu trazer o Ryuu.

-É Papa! Adota ele como Papa? Eu queria ele como Papa também! - Chuuya sorriu enquanto fazia carinho em Rashoumon.

-Adotar? Bicho? - Atsushi não entendeu, até sentir alguém o cutucar e ver Ryuunosuke Akutagawa ali. Seu primeiro namorado. - Ryuu

Não acreditou no que viu, já fazia algum tempo que tinha voltado - agora com seus filhos - e não tinha sinais de Akutagawa. Mas ali estava ele, usando roupas pretas igual se lembrava e sorrindo para si. Era emoção demais para um dia só.

-Não sabia que tinha filhos, Atsu - Akutagawa sorriu, vendo Kyouka tentar brincar com Rashoumon - Então, quer me adotar?

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Eu não pretendo fazer uma fic longa - nunca pretendo - acho que no máximo, uns 20 cap.

Gostaram? Pq eu amo fazer principalmente as cenas da Kyouka! ❤️

Até a próxima ❤️

A Família NakajimaOnde histórias criam vida. Descubra agora