Valentina e sua família partiram da Cidade do Lago e foram para a companhia dos elfos da floresta. Naquele exato momento eles estavam sendo guiados por uma elfa ruiva, cujo o nome era Tauriel. Malena ficou encantada por seus longos cabelos e por sua beleza.
Quanto mais seus passos se aproximavam da sala de reuniões do rei, mais seus pensamentos fervilhavam e a deixavam inquieta. O que será que ele diria?
Malena estava insegura em relação a esse poder e em como ele poderia afetar ela. Será que seria para o bem ou para o mal?
Eram tantas coisas em sua cabeça. Se lembrou da sua função na Cidade do Lago e em como gostava de fazê-la. Ser curandeira não era nada fácil; ela tinha que prestar muita atenção no que fazia, saber exatamente qual erva usar e ainda ser delicada e educada com os pacientes. Apesar de já ter passado por alguns transtornos com pacientes, ela amava o que fazia e amava mais ainda quando seus pacientes lhe agradeciam com um grande sorriso.
Malena sabia que para sua mãe era difícil criar os filhos sozinha e ser julgada por todos. Porém, Malena admirava a coragem que a mãe teve para enfrentar tudo e sempre teve em seu coração gratidão pela mãe. Talvez seja por isso que ela tenha decidido ser uma boa filha. Para calar a boca daqueles que diziam que sua mãe não daria conta de criar ela e os irmãos.
Ela respirou fundo e viu as portas da sala de reuniões do rei se abrirem e um belo elfo se erguer de uma majestosa cadeira. Seus cabelos eram longos e tão loiros que chegavam a ser brancos; seus olhos eram azuis como um cristal, sua pele branca parecia ser de porcelana de tão perfeita e ele mantinha uma expressão serena e indecifrável.
Malena ficou encantada com tamanha beleza e sentiu suas bochechas corarem. Sua boca secou e finalmente sua ficha caiu. Ela estava ali, em frente ao Grande Rei Élfico ( que um dia foi amante de sua mãe), por um motivo tão importante. Ela estava totalmente despreparada para aquele momento e mesmo assim estava ali.
Viu sua mãe fazer uma reverência e dizer:
— Bom dia, majestade. Como o combinado, trouxe os meus filhos até o senhor. — disse Valentina, com a voz calma e baixa. Parecia que os dois não se conheciam.
O rei olhou para todos ali presentes como se estivesse os avaliando.
— Bom, já que cumpriu sua parte agora cumprirei a minha. — disse ele serenamente, sem olhar para Valentina. — Tauriel! Peça para Estella hospedar Valentina e seus filhos e diga para ela avisar Aredhel que a partir de hoje ela será como uma dama de companhia para a mocinha ali. — disse ele olhando para Malena. — deixe bem claro que são ordens diretamente minhas e que não quero ser desapontado.
Tauriel o reverenciou e chamou a família para acompanhá-la. Todos reverenciaram o rei e saíram de sua presença.
Malena achou aquilo tão estranho. Sua mãe e o rei haviam sido amantes, conheciam cada parte do corpo um do outro e ali, em sua frente, pareciam completos estranhos. Eram apenas uma serva e seu rei. E mais nada do que isso.
O lado melancólico de Malena gritou ao ver aquilo. Como poderiam se tratar assim depois de dormirem juntos? Fazer amor era algo muito significante, porém para o rei e Valentina parecia que não. Como podem ser tão frios assim? Era isso que se perguntava Malena.
A moça viu sua mãe avançar os passos para ficar lado a lado com a elfa Tauriel e ouviu ela perguntar:
— Onde está Legolas?
— Ele saiu para caçar, Valu. Quando soube que viriam morar aqui ele ficou muito feliz, mas não se esqueceu que você abandonou ele e o pai. Meu senhor Legolas ainda guarda mágoas. — disse Tauriel, olhando de relance para trás.
Malena logo se deu conta de que elas falavam do príncipe e tentou prestar mais atenção na conversa.
— Acha... Acha que Legolas pode esquecer tudo isso, Tauriel? Eu o adoro e não gostaria de perder sua amizade.
— Legolas irá te perdoar, Valu. Tenha certeza disso. Apenas... Apenas entenda o lado dele e, por mais que seja difícil, faça com que ele entenda o seu também.
— Obrigada Tauriel. Não sabe como senti a falta de vocês durante esses anos.
— Também sentimos sua falta, Valentina. Mas, o importante é que está de volta e por um bom motivo. — disse Tauriel, olhando novamente de relance para trás.
Eles passaram por mais dois corredores até encontrarem a tal Estella. Tauriel lhe avisou sobre o comando do rei e saiu, deixando eles sob os cuidados de Estella.
A elfa se mostrou bem simpática. Hospedou eles corretamente e disse a Malena que ao pôr do sol ela conheceria Aredhel, sua dama de companhia.
Depois disso Malena tomou um banho relaxante, deitou e dormiu. Estava realmente precisando de descanso.
* QUEBRA DE TEMPO*
A noite já pairava sobre a floresta e Valentina decidiu ir até Legolas. Precisava conversar com ele sobre ter partido e esclarecer os pensamentos dele.
Ela bateu em sua porta e ouviu um "entre". Ela entrou e o observou. Ele estava virado para a janela, observando o céu estrelado, como de costume. Seus cabelos loiros estava totalmente soltos e molhados, ele vestias roupas leves e brancas.
Valentina fechou a porta novamente e perguntou:
— Como vai, Legolas?
— Estou bem, só não melhor que você.
— Está bravo comigo, não está?
— Não estou bravo com você, Valu, só estou triste.
— Por que, Legolas? Por que?
— Você ainda me pergunta? — disse ele se virando para ela. Seus olhos estavam doloridos e manhosos. — Eu não te via só como uma amiga e você sabe. Eu te via como a mãe que eu nunca tive, eu te contava sobre tudo e você melhorou a minha relação com meu pai. Quando você foi embora muita coisa mudou. Meu pai voltou a ser frio e arrogante e eu não tinha para quem me lamentar. Eu senti muito sua falta, muito mesmo.
— Desculpe, Legolas. Eu amava seu pai e eu te adoro, mas eu precisava ir embora. Eu sei que fiz tudo errado, eu deveria ter me despedido, dado uma explicação para vocês, mas eu era tão imatura, Legolas. Eu tive medo, fui imatura e impulsiva. Me perdoe Legolas, por favor. — disse Valentina.
Seus olhos lacrimejaram e ela deixou suas lágrimas escorrerem. Ela havia abandonado o amigo e sabia que isso doeu nele e que havia causado alguns problemas com sua partida. Porém, nunca imaginou que isso os afetaria tanto.
— Eu perdoô você, Valu. Afinal, eu sempre gostei muito de você e eu quero minha amiga de volta.
— Muito obrigada, Legolas, eu te amo.
Os dois se abraçaram e ali naquele momento, Legolas se sentiu aliviado.
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Malena (Fanfic Legolas) - CORRIGINDO
FanfictionEm uma era muito distante, Malena vivia aparentemente feliz. Mas secretamente se sentia triste, sentia que tinha um vazio que não era preenchido em seu peito. Era como se estivesse em busca de algo, mas nunca encontrava. Trabalhar como curandeira n...