Capitulo 10

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- Bip…Bip…Bip…Bip…

Estava a dormir, quando ouvi este barulho e me levantei para ver o que era, estava cheio de sono, por isso pensei que fosse alguma coisa que tivesse deixado ligada ontem, pois ontem tinha sido uma longa noite, tinha sido o aniversário da Tenata (18 anos) e eu tinha-lhe oferecido uma pulseira que uso á muitos anos e que representava muito para mim, achei que era altura de lhe dar aquilo, depois de tudo o que ela fez (mesmo antes de este desastre com os animes terem começado ela já me tinha ajudado muito, mesmo apesar de ter passado por fases más na vida eu sabia que ela era a melhor amiga que eu poderia ter), afinal aquilo simbolizava muito para mim, tal como ela representa muito para mim.

Estava a pensar quando fui ao portal desligar o barulho e vi que a F.I.N.D. estava com uma luz diferente acesa, diferente da luz verde que costuma ter quando encontra um anime, desta vez estava com uma luz vermelha. Fui de novo ao quarto e fui acordar a Tenata.

- Acorda rapariga, a F.I.N.D. está a apitar.

- Hum? Não podias tratar tu disso? Eu estou cheia de sono. – Disse ela ainda bocejando.

- Mas a luz vermelha está a apitar e não sei o que é…

- O que? – Ela levanta-se de repente e começa logo a vestir-se

- Mas tu sabes o que aquilo é?

- Sim sei, espera aí fora enquanto eu mudo de roupa.

- Ok

Em apenas 2 minutos ela sai do quarto ainda a acabar de vestir a t-shirt em direcção á F.I.N.D. que continuava a fazer aqueles bips.

- Oh não. – Diz ela um pouco apavorada. – O Portal abriu uma fenda temporal e espacial teletransportando a ilha e nós os 2 para o passado.

- Para o passado? Como assim? Como foi que isso aconteceu?

- Não sei bem, eu nunca percebi muito de tecnologia, mas parece que uma avaria no Portal enviou-nos algures para o passado e para um lugar aleatório no Oceano.

- E agora o que vamos fazer?

- Segundo a máquina a única forma de voltarmos para o presente é colocando um pedaço de pele de um Lagarto de Komodo na máquina, de maneira a realinha-la, mandando-nos para o presente.

- Pelo que eu sei esse animal só se encontra na Indonésia.

- Como sabes L.C.?

Ela agora já me chamava isso, pois Lovecat não era uma alcunha que eu gostasse, mas era a única que tinha.

- Costumo ver o Discovery.

- Ainda bem, poupaste-nos um grande trabalho, pois o ano em que estamos a Internet ainda não existe.

- Então devia ser uma grande seca.

A Tenata ri-se e depois fomos para o Anti-G pois pelos vistos o tempo não alterou as máquinas que estavam na ilha.

Chegamos á Indonésia umas horas depois e fomos á procura do lagarto, que acabou por ser bastante fácil de encontrar, mas o bicho era venenoso e tentou morder-me se não fosse a Tenata a disparar uma seta para atordoar o lagarto eu provavelmente teria sido mordido e talvez morrido devido ao veneno, abracei a Tenata por me ter salvado a vida e beij-a várias vezes na cara como agradecimento, ela ficou corada e disse que eu já a tinha salvo várias vezes e era o mínimo que ela poderia fazer, agradeci-lhe de novo e fomos para o Anti-G, quando estávamos a regressar á ilha a bateria avariou, e teve-mos de a substituir em mar alto, mas devido ao facto de ela estar descarregada, ainda tivemos de esperar umas 2 horas para que a energia solar a recarrega-se.

- Já agora Tenata, em que ano estamos?

- 1883, porquê?

- Oh não, estamos na Indonésia em 1883, isso quer dizer que…

Ainda não tinha acabado de falar quando vi no horizonte uma enorme explosão, e lembrei-me que ali era o Krakatoa, que estava a entrar numa erupção que seria considerada a maior de sempre, provocando uma explosão que foi 3 000 vezes superior ás bombas nucleares e nós agora estávamos em pleno Oceano, á deriva e a assistir aquilo.

- Aquilo foi espectacular, mas não se ouviu nada. – Disse a Tenata

- Isso é porque o som deslocasse mais devagar que a luz, por isso é melhor tapares os ouvidos.

Vi a agua a tremer e vi que o som se aproximava por isso agarrei-me a Tenata e tapei os ouvidos e fechamos os olhos.

O som daquela explosão foi o mais alto já registado no planeta e foi ouvido até na Índia que fica a 10 000Km de distância, por isso eu ainda estava um pouco a abanar depois do som parar.

- Ao menos já acabou, não foi L.C.?

- Na verdade está a começar ainda, aquela explosão destruiu quase todas as ilhas vizinhas e temos que sair daqui antes que nos atinja.

Começamos a ligar as baterias e a nave estava pronta quando vi uma onda gigante de 40 metros atrás de nós e 5 vezes mais depressa que nós, não tardou muito até nos atingir, e empurrar-nos a uma velocidade demasiado rápida para o Anti-G acompanhar, por isso aproveitei o formato prancha que o Anti-G tinha e tentei fazer como os surfistas fazem, mantendo o Anti-G na crista da onda.

Activei as baterias e aproveitei a onda para sair disparado dali em direcção á ilha a uns 550Km/h, chegámos lá num instante e tinha-mos que colocar a pele na máquina, para regressarmos pois aquela explosão arrasou com todas as ilhas da vizinhança e iria arrasar a nossa se não saísse-mos dali.

Introduzimos a pele na máquina e regressa-mos ao presente (2014), estava-mos salvos, tinha acabado de sobreviver a maior erupção vulcânica de sempre e nos próximos tempos, não iria meter os pés em arquipélagos vulcânicos. A transferência meteu-me cheio de sono e a Tenata adormeceu, fui deita-la e depois fui á máquina para verificar porque é que tínhamos viajado no tempo e percebi que tinha sido uma sabotagem.

Alguém mexeu na máquina, o que quer dizer que alguém nos estava a tentar matar, e 1883 não foi coincidência. Fui dormir, conto á Tenata o resto amanha pois ela já estava a dormir como um anjo e eu não tinha coragem de a acordar. Mas sei que á alguém nesta ilha, e sei que estamos em perigo, só não sei quem é…

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