CAPÍTULO I - Sunflower

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Durante toda a minha vida, o sonho de morar em um lugar calmo e aconchegante, com árvores para que eu pudesse correr pelo campo e sentir o belo cheiro das rosas mais lindas que nele habitavam, crescia cada vez mais forte dentro do meu coração

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Durante toda a minha vida, o sonho de morar em um lugar calmo e aconchegante, com árvores para que eu pudesse correr pelo campo e sentir o belo cheiro das rosas mais lindas que nele habitavam, crescia cada vez mais forte dentro do meu coração. Sempre apreciei a natureza, o que o meu Criador criou é com certeza algo incrível.

Acordar com o cantar dos pássaros, a brisa leve de uma bela fazenda. Esse era o meu desejo. Por mais que eu adorasse morar em Francisca, algo dentro de mim anseia por mais liberdade, por sentir a vida de fato.

Agora iremos morar em Sunflower, uma fazenda que compramos depois de tantas dificuldades. Não foi fácil encontrar um lugar de fato para chamarmos de nosso. Mas encontramos e finalmente estamos indo para lá. Tudo parece surreal, sinto que a qualquer instante irei acordar com a voz de minha mãe me chamando para dizer que tudo não passou de um sonho. Mas isso está sendo tão real! Que nem em sonho eu conseguiria imaginar algo tão belo como o lugar que nós iremos morar e cuidar daqui para frente.

Estou lidando com a idéia de que vai ser um pouco difícil me adaptar aos novos costumes e com pessoas diferentes. Ouvi dizer que lá a escola é bem menor do que em Fransica e que as pessoas são mais simpáticas e carismáticas - isso de fato é muito bom para mim pois gosto de conversar com todos - por ser uma cidade bem pequena, quase todos se conhessem. Então acredito que a nossa chegada a Sunflower irá tornar um bom assunto para eles.

Acordei animada, mais do que o normal, terminei de arrumar minhas malas e se despedir da casa que morei por tanto tempo não foi nada fácil. Parece que um pedacinho de mim ficou aqui, mas tudo bem. Qual é a graça da vida se nunca sairmos da nossa zona de conforto?

No caminho até a estação de trem eu cantarolava observando intensamente todas as lojas e pontos turísticos da cidade que raramente vou voltar a ver. Ao chegarmos na estação, meu pai coloca nossas malas no trem e daqui alguns minutos poderemos embarcar.

- Achou que ia embora sem se despedir de suas amigas? - Viro-me e um sorriso enorme se forma em meu rosto. No meio de tantas pessoas apressadas e agitadas, encontro Rosita, Cler e Merry.

As grandes amigas que cresceram ao meu lado. Já havia me despedido delas na escola, nunca iria imaginar que elas viriam me encontrar aqui. Corro até elas e nos abraçamos.

- Não creio que vocês vieram se despedir. - Meus olhos marejam.

- Promete que sempre nos enviará cartas? - Merry segura minhas mãos.

- Eu prometo. - Seco as lágrimas.

- Se você não escrever para nós, eu juro que irei até Sunflower puxar seus cabelos! - Cler cruza os braços.

- Eu juro que escreverei para vocês. Mas também quero que vocês falem comigo, tudo bem?

- Nós prometemos. - Elas dizem juntas e todas rimos.

- Querida, temos que ir.-Ouço meu pai me chamar.

- Eu amo vocês. - Digo já me afastando mas continuo olhando para elas.

Lia MannavegrOnde histórias criam vida. Descubra agora