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Esse é o George, 24 anos, meu melhor amigo.

Esse é o George, 24 anos, meu melhor amigo

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" Na foto, o ator Henry Zaga".

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Mamãe me liga no exato momento em que o cara pega nos braços do George. Me abaixo para não ser notado. Olho para os lados, coloco o capuz do meu moletom cinza e atendo.

- Mamãe. - Falei forçando um sorriso. - O ano tem 525.600 minutos para você me ligar e... O que? Mãe, o cachorro vai ser atropelado por um avião. Eu vou salvá-lo. Tchau.

Quando volto a atenção para a mesa do George, ele já não está mais lá. Droga. Olho ao redor. Vejo o cara e tento me aproximar. O sigo. Ele começa a andar rapidamente e desconfia que está sendo seguido. Ele tenta me despistar cortando caminho pelo bosque mas eu conheço essa cidade como ninguém. O cara estava fugindo de mim mas eu tinha que saber o que estava acontecendo com o meu amigo.

- Qual é a tua moleque? - Ele falou e me olhou ofegante.

- De onde você conhece o George? Por que você está fugindo? - Falei e me aproximei. Ele estava suando e me observava desconfiado.

- Não sei do que você está falando cara.

- Você vai me dizer agora. - Falei, já perdendo a paciência. - Ou isso não vai prestar.

Olhei bem para o cara. Ele era jovem mas era baixo e magro. Percebi que estava decidindo se iria me atacar ou correr. Ele pegou um pedaço de madeira no chão e veio em minha direção. Ele bateu no meu braço e eu caí batendo a cabeça. Ele tentou me atingir novamente. Eu peguei meu canivete e cravei com muita força no braço dele, que caiu se contorcendo de dor.

- Fala cara. Já mandei você falar. - O encarei e senti meu sangue ferver. Aquilo não era normal. Senti uma adrenalina. Alguma coisa iria acontecer. Não tinha mais volta. 

Ele veio em minha direção e dessa vez com muito mais voracidade. Eu cravei meu canivete em seu pescoço em um golpe muito rápido. Retirei o canivete e ouvi gemidos altos de dor. Ele caiu e começou a se debater entre as folhas. Meus olhos vidraram naquele jatos incessantes de sangue. Ele agonizou por quase dois minutos até que seus olhos pararam. 

Eduard. Eduard Smith. Esse era seu nome. Após pegar seus documentos com todo o cuidado eu guardei meu canivete. Por um descuido eu deixei cair algumas gotas no meu casaco e na minha camisa. Minha cabeça estava confusa, mas eu sabia que não havia tocado em seu corpo. Eu sabia cada passo que eu tinha dado. Metade de mim estava em choque e a outra metade estava frio. Independente de qualquer coisa agora eu era um assassino. Me defendi de um ataque, mas era um assassino. UM... ASSASSINO.

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