Paraíso particular

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Ponto de vista: Mare Barrow.


Maven é ágil e quente.
Sei em meu coração que fiz a escolha certa ao ver que aquelas sombras que manchavam seu olhar desapareceram no minuto que pisamos na ilha. Dentro da cabana é frio e meus ossos endurecem quando tiro a roupa, mas seu calor aquece todo o ambiente e quando sinto seu corpo no meu, eu incendeio.

"Tire a calça também" peço num sussurro brincalhão, e ele estremece em hesitação. Sei que possivelmente ele é inexperiente nisso, ou talvez tenha alguma experiência por causa de Thomas, o que só piora a situação porque eu acredito ser a primeira após o garoto do front.

"OK" ele responde, e eu o ajudo a tirar o cinto. Me aproximo ao ver ele com o tronco nu, minhas mãos dedilham a barra superior da sua calça. Seu corpo é belo e magro, os músculos bem colocados e sem exageros. Toco-lhe o abdômen e posso notar seu olhar em chamas, azuis e quentes, me encarando de volta. 

"Você e Íris..." eu balbucio.

"Não" ele me corta antes que eu termine de perguntar se os dois tiveram algum tipo de relação íntima. Duvido que tenham sequer trocado beijos. Eu sorrio com sua resposta e meus lábios grudam em sua bochecha, delicadamente. 

"Bom saber" respondo.

Ele sorri e eu relaxo, abaixando sua calça após abri-la. Ele tira rapidamente e eu o jogo na cama, e subo após ele, me sentando em suas coxas. Ele declina o corpo enquanto me observa e toca meu cabelo, me fazendo arrepiar até a alma.

"Esperei tanto por isso, Mare" ele vem me beijar, e eu fecho os olhos; imagens do nosso passado juntos parecem desvanecer conforme ele desembaraça meu cabelo com os dedos e acaricia minha nuca. Meu corpo todo arrepiado reage, me fazendo arquear as costas, e eu me apoio em suas pernas, mas logo percebo que ele já se encontrava ereto. Dou uma risada nervosa e encaro seus olhos, totalmente vermelha.

"Adoro essa cor na sua pele" ele sussurra e eu mordo o lábio inferior, seu rosto também estava corado, mas em um tom azul que o deixava extremamente sexy e sombrio. 

"Está me deixando envergonhada, Maven. Feche os olhos" peço sorrindo e fico de pé na cama, séria, enquanto tiro a calcinha. Ele não me encara, e agora posso observar ele melhor, ali, só meu. Era como um sonho antigo e secreto, algo que eu guardava no fundo da alma para não deixar ninguém ver. Quantas vezes li seus bilhetes no meio da noite, lia e relia tantas vezes que ficaram gravados em minha mente. 

"Quero ser sua, Maven" sussurro voltando a me abaixar, por dentro estou trêmula e essa máscara confiante desaparece quando ele abre os olhos por baixo daquele cabelo espesso e escuro que cobria sua testa.

"Vou te fazer minha hoje, Mare" ele sussurra, rouco, a voz grave me arrepia por dentro. E então, sinto seu toque, tão quente e acalentador ao mesmo tempo que chega a ser conflitante. 

Ele era mortalmente perigoso, e eu adorava brincar com seu fogo. 

Vou subindo em seu colo e abaixo a cueca preta dele, mas não olho para sua ereção, pois só de senti-la já me sentia molhada. Ele me beija o pescoço, a curva do ombro, a nuca. Sua mão esperta vai me tocando os seios por cima do sutiã que ele tira com destreza, e logo ele alcança minha vulva quente e excitada. Sua mão fica úmida no mesmo instante e eu mordo o lábio quando ele estica um dedo e me estimula indo e vindo, circulando, traçando um caminho de calor e de prazer lá embaixo.

"Maven" sussurro, fechando os olhos e apertando seus ombros cada vez que ele acerta o ponto certinho que me causa espasmos de prazer. Ele continua me beijando e quando estava perto de beijar meus seios eu solto um gemido, toco seu queixo e eu vou virando a cabeça afim de cobrir sua boca com a minha num beijo mais intenso.
Ele é todo quente, como se eu estivesse sentada sobre uma fogueira.

Seus lábios e língua me fazem gemer igualmente a sua mão. Não hesito em me entregar aos seus toques, que lentamente me excitam e me fazem gemer e arfar baixinho. 

"Por... fa-vor" balbucio, estendendo o pescoço para trás ao sentir seu dedo afundar em minha vagina e deslizar seguidas vezes num atrito frequente e que me faz tremer em seus braços. "Maven..." seu nome sai em um gemido pela minha boca, e eu rebolo sentando em seu dedo e erguendo de novo. É prazeroso pra mim, porém seu olhar torna-se sedento e sei que ele não aguentaria mais ficar apenas em preliminares.

Um segundo mais tarde ele retira sua mão e me agarra, o que me faz soltar um gritinho e rir enquanto ele me joga na cama, invertendo nossa posição. Minhas pernas se fecham a sua volta. Ele abaixa ainda mais a sua cueca, vem se encostando em mim e cobrindo meu corpo com o seu. O peso dele sobre mim me excita, me aquece, me deixa louca de desejo.

Daqui, olhando ele desse ângulo, ele parece ainda mais atraente. Lembro da primeira vez que o vi e achei que ele nunca me enganaria. Eu estava errada, e como. Mas agora, quando ele me encara, posso sentir no meu coração que isso é diferente. 

Não dá pra fingir que não o quero e ele não consegue esconder o quanto me deseja.

Se eu tivesse cores pelas quais invocar, com certeza diria elas agora. Porque, pelas minhas cores... Ele enfia com tudo. Sem aviso, sem errar, sem me causar outra coisa além de puro prazer por ser preenchida por seu pau grosso e grande. Tenho certeza que gritei um gemido porque ele está rindo, e eu encosto o rosto em seu peito, rindo também.

"Bobo" reclamo, sorrindo "não perca o ritmo" sussurro em seu ouvido e ele me beija o pescoço, me arrepiando por completo. Os próximos minutos são preenchidos com estocadas frequentes e que abalam não só a mim, mas a cama e a cabana também. Minha mente fica livre de quaisquer pensamentos. É como se ele me transportasse a outra dimensão, uma em que eu só conhecia a linguagem do prazer. Minhas mãos percorrem suas costas, inevitavelmente, marcando-lhe com minhas unhas. 
"Desculpe" peço, ofegante, ao perceber que podia machuca-lo.
Ele balança a cabeça numa negativa e ri.
"Na próxima vez, faremos na praia, bem no meio da ilha. E depois, em cada canto escondido desse nosso paraíso particular" ele sussurra beijando cada parte do meu rosto e minha boca, me fazendo sorrir e suspirar, aliviada.

"Como quiser, meu rei" Respondo, e então ergo as pernas, apertando contra ele a cada estocada que me tira o fôlego e me faz vibrar cada vez mais frequente, com espasmos de prazer por todo o corpo. Minhas pernas ficam fracas em dado momento e eu sinto a explosão de prazer me alcançar e me deixar inerte, com um gemido rouco que sai do fundo da garganta. Minha virilha está molhada e eu totalmente quente e suada, assim como ele. Ele não se demora a alcançar seu próprio orgasmo. Quando isso acontece posso sentir ele sair de cima de mim e cair ao meu lado, extasiado. 

E é tão bom ouvir meu nome em sua boca, baixinho, em gemidos sussurrados como carícias no meio da noite.


Maven e Mare - o que poderia ter sidoOnde histórias criam vida. Descubra agora