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Pov Noah

Meu coração ia se quebrando em vários pedacinhos quando Sina ia contando a experiência dela com o Harvey, meus olhos estavam marejados ao um bom tempo no carro, eu não tenho estrutura pra ouvir coisas assim, eu sou emotivo demais e principalmente vindo da Sina, a amizade dela é muito importante pra mim e não consigo imaginar como deve ter sido a dor dela.

A gente ficou lá conversando por um tempo na calçada, o semblante dela já estava bem melhor, começou ser grossa comigo denovo, isso é um bom sinal né?

- O céu tá bonito hoje - Nós estávamos deitados na calçada, Sina nunca olhava pra mim, seu olhar era sempre direcionado ao céu, ela o admirava como se fosse seu grande amor, ver ela assim me deixava leve.

- Tá afim de ver uma coisa? - Se levanta ficando em minha frente.

- Ok madame.

A mesma me puxa e nós subimos até o andar dela, ao entrar vejo um homem bem mais velho, ele estava sentado em uma poltrona lendo algum livro, era o pai de Sina, vi ele duas vezes mas nunca nos falamos.

- Oi amor já chegou? - Sr Ricardo dizia enquanto Sina subia até seu quarto, logo eu estava em pé na frente da porta até seu pai perceber minha presença.

- Olá rapaz, entre, você é o amigo da Sina né? Noah se eu não me engano? - O coroa sabia meu nome, a Sina falou de mim pra ele, uau.

- É...Sim Noah Urrea, prazer - Estendo a mão e o mesmo arregala os olhos.

- Parente do Marco Urrea?

- Sim, ele é meu pai, mas...

- Eu sinto muito por ele - O mesmo me corta.

- Tudo bem, já me acostumei.

- Tem quantos anos jovem?

- 20 anos.

- Espero que os negócios de seu pai estejam em boas mãos, quando me for os meus não vão estar - Será que ele está se referindo a Sina? Ela nunca falou de herdar os negócios do pai.

- Acabaram a conversa? - Sina descia com um grande objeto nos braços e várias folhas, ela dava sinal pra mim ajudá-la.

- Adorei conhecer seu amigo boo, espero conversar com ele mais vezes - Ela revira os olhos e eu me despeço do mais velho.

Estamos subindo mais um andar até chegar ao térreo, faz cinco anos que eu moro nesse prédio e só vim aqui umas 4 vezes.

- Então "boo", parece que seu pai gostou de mim - digo convencido e ela abre uma grande capa que envolve o objeto.

- Ele só gostou de você por causa do seu sobrenome medíocre e custa 0 reais você me chamar de Sina.

- Medíocre é o seu sobrenome, Deinert...Wow isso é um telescópio?

- Além de lerdo é cego, óbvio que é um telescópio!!

- Seu ódio me deixa pasmo Sina.

- Tá, foda-se olha aqui - Sina apertava a lente do aparelho e arrumava a posição - Se tudo der certo, a gente consegue ver a Apus.

- Que merda é Apus? - me sento enquanto ela confere alguns papéis.

- Merda é a sua vida, Apus é uma constelação.

- Ok, me mostra essa Apus - Ela se senta do meu lado e fica falando de ângulos e retas, eu não entendo muita coisa do que ela diz mas é interessante.

- Meu Deus eu achei!!! - Ela exclama passando a mão pelos cabelos - Olha - Sina direciona meu rosto até o pequeno orifício do telescópio.

- Tenta olhar mais pra sua direita, você vai ver 3 estrelas entre elas vai ter uma menor - Sina diz tão perto, consigo sentir sua respiração tão bem, aquilo de alguma forma mecheu comigo e foi estranho, o hálito de Sina tinha cheiro...de chiclete de melancia?

↳ 𝗖𝗮𝗹𝗶𝗳𝗼𝗿𝗻𝗶𝗮𝗻𝗮  ᶰᵒᵃʳᵗ [Hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora