O som da campainha interrompeu a rotina da tarde de Regina. Vestida com um vestido roxo e suas botas, ela desceu rapidamente as escadas. Ela sabia que o que usava nos últimos dias não fazia diferença, mas sua aparência era uma das únicas coisas que ainda podia controlar.
Ela abriu a porta e descobriu ninguém menos que Emma, encostada a um dos pilares brancos de sua varanda.
- Estou alucinando, Srta. Swan, você realmente está do lado de fora da minha casa e em plena luz do dia?
- É uma boa mudança, não é?
- Sim, eu estava começando a pensar que você era algum tipo de criatura noturna.
A piada ganhou um sorriso da loira que se endireitou e entregou uma xícara de café a Regina.
- Eu trouxe café para você.
Regina aceitou o presente, mas o olhou com desconfiança, como se pudesse explodir a qualquer momento.
- Qual o motivo?
- Dizer 'obrigado' por me dar um par de lençóis limpos todas as noites e me poupar do aluguel exorbitante que você mencionou. Gostei muito da minha estadia no Hotel Regina, mas você não me deixou um livro de sugestões para dizer então...
- É tão atencioso da sua parte. - Sua observação saiu sarcasticamente sem ela realmente querer. Em um ponto de sua vida, ela havia esquecido de expressar sua gratidão. As rainhas não precisavam demonstrar gratidão a ninguém.
Ela ficou momentaneamente preocupada que Emma pensasse que era ingrata, mas o xerife permaneceu imperturbável.
- Na verdade, eu estava pensando... se você queria ver Henry hoje?
- Isso é uma piada? - Ela cuspiu sem pensar, deixando a parte de si falar que achava que o estranho comportamento de Emma ultimamente era apenas uma fase de um grande plano para prendê-la.
- Não. Olha, você sente falta dele. E apesar do que todo mundo diz, sei que ele não teme nada com você. Quero dizer, você teve a oportunidade de me matar muitas vezes durante o sono e não o fez.
- Por enquanto - zombou Regina. - Mas talvez eu esteja apenas esperando que você baixe a guarda.
Era um desafio, ela não achava que a Salvadora ousaria contradizer a maioria da população que pensava que seu filho, o filho delas, estaria muito melhor longe dela, aquele que a criou.
- Talvez. - Emma deu de ombros. - Mas é um risco que estou pronta para assumir... Como eu disse, Henry quer vê-la.
Regina pigarreou, recusando-se a ser vulnerável.
- Você sabe que eu também quero vê-lo.
- Você vai buscá-lo depois da escola?
Eu vou.
- E talvez nos vejamos hoje à noite.
- Você quer um doce de menta no seu travesseiro?
- Dois - Emma corrigiu. Ela se virou, procurou as chaves no bolso e foi até o carro. - Eu tenho um grande apetite.
Enquanto ela observava a loira a distância, ela disse que talvez fosse uma armadilha, talvez quando ela chegasse a escola de Henry, ela iria enfrentar a ira dos membros da Equipe encantada.
E talvez ela matasse Emma enquanto dormia em paz no quarto de hóspedes.
Ficou claro que, mesmo que esses cenários estivessem sempre presentes entre elas, nenhuma das duas mulheres se sentia em perigo em relação à outra.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Landing Spot
RomanceEmma não consegue controlar sua magia e a cada noite, ela a leva a Regina. "A mágica entende o que nosso coração deseja, mesmo que nossa mente se recuse a admiti-lo." - SwanQueen.