Capítulo 4

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Noite Seis: 21:34

Antes que a fumaça se dissipasse completamente, Emma sentiu um forte jato de água batendo em sua cabeça. O vapor espesso ao seu redor não a ajudou e ela rapidamente ficou completamente encharcada. Por um momento, ela se perguntou se sua mágica havia finalmente descarrilado e se ela não estava prestes a morrer afogada no lago de Storybrooke.

Mas quando a nuvem desapareceu e ela recuperou a visão, ela rapidamente entendeu onde estava realmente.

Ela ficou sem palavras por um momento antes de ver Regina, completamente nua, tomando banho.

A morena respirou fundo antes de gritar:

- Saia daqui!

Mas Emma permaneceu imóvel, fascinada demais pela beleza da morena que estava diante dela.

- Emma! - A mão de Regina veio para cobrir os olhos da loira enquanto ela chorava novamente. - Sai fora do meu banho!

Emma saiu da cabine sem dizer uma palavra. Ela pegou uma toalha da borda da pia e saiu do banheiro. Automaticamente, ela caminhou até o quarto da morena, alheia à trilha de água que deixou para trás no tapete da ex-prefeita.

Agora ela conhecia o quarto de Regina, assim como o dela. Ela abriu as portas do armário da morena e procurou entre as muitas roupas algo para colocar em suas costas. Ela pegou o pijama de seda azul que já vestira e trocou antes de se acomodar na cama de Regina, um pouco tonta com os últimos acontecimentos.

Depois do que pareceu uma eternidade, Regina, vestida com o roupão, entrou no quarto.

- Você sabe como é enlouquecedor não poder ter um único momento de privacidade em sua própria casa?

A loira permaneceu em silêncio.

- Oh, que fofo - continuou ela - vejo que você resolver ficar em silencio agora. Esta situação está ficando fora de controle! Pelo amor de Deus, eu estava apenas tentando tomar um banho.

Mais uma vez, Emma não respondeu.

- O que há de errado com você? Você não sabe mais falar?

- Regina - ela sussurrou finalmente - esta não é a casa.

- O que?

- A magia não me traz pra essa casa, me traz para você. Eu apareço onde você estiver. Obviamente, isso não tem nada a ver com Henry.

- Isso não é verdade - protestou a ex-rainha firmemente antes de cruzar os braços em volta do peito.

- Você tem outra explicação?

- Não no momento, mas deve haver um. Eu tenho certeza disso.

Emma queria uma outra explicação, mas parecia cada vez menos provável. Ela pensou no olhar preocupado de Mary Margaret e não pôde deixar de perguntar:

- Regina, eu te amo?

- Não, eu garanto, você não me ama.

- Você tem certeza? Porque toda a evidência parece indicar o contrário.

- Bem, espero que não.

- Porque você não me ama - argumentou Emma.

- Porque todos aqueles que me amam acabam morrendo de um jeito ou de outro...

- Não, Henry te ama.

- Este é um mau exemplo - sorriu Regina - já que ele quase morreu de envenenamento.

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