CAPÍTULO 1 - Piede sulla strada

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Charlotte Galaretto observou-se no espelho por uma última vez antes de se jogar na cama com pesar. Seus olhos inchados estavam vermelhos pelo choro recente e os cabelos que, um dia, foram bem sedosos eram um emaranhado de fios que pareciam muito com um ninho de pássaros. Charlie abaixou os olhos castanhos para as mãos com tristeza.

A marca da aliança que havia arrancado do dedo ainda estava ali devida os anos em que foi usada e somente de observá-la os olhos de Charlie voltavam a arder.

"— Eu não posso aceitar isso, Charlotte! – Zac esbravejou nervoso, arremessando com força o meu antigo celular no chão. A tela piscou e se apagou depois de quicar algumas vezes pelo piso. — Como você quer que eu aceite se casar com você, se você não consegue mudar nada que eu te peço?

— Eu estou cansada, Zachary! De toda essa cobrança, de todos os defeitos que você vê em mim, como se eu fosse sua bonequinha quebrada e que você está disposto a consertar como se eu estivesse com defeito! – ela gritou de volta, as mãos tremendo enquanto apontava o dedos em riste contra seu rosto. – Pra mim chega!

— Chega? – Zac gargalhou, tirando toda e qualquer paz de dentro do seu coração. – Quer saber, Charlotte, realmente, chega!

— Você é idiota! – Berrou, arrancando o anel do dedo e arremessando contra o rosto de Zachary com força, antes de lhe dar as costas e sair dali batendo o pé."

Aquilo havia acontecido há mais de um mês, um mês a qual ela perdeu peso, perdeu o brilho dos olhos e passava todo o seu tempo enfurnada no quarto quando não estava trabalhando. Aquelas férias, as que haviam começado há pouco mais de uma semana, era para que eles pudessem viajar para conhecer todos os caminhos da Itália juntos, somente os dois para passar dias mágicos em Roma, conhecendo lugares incríveis como o Coliseu, A Basílica de São Pedro, O Panteão, Fontana di Trevi, as praças maravilhosas... Tudo. E tudo estava sendo destruído por uma bobagem que ela cometeu...

Uma bobagem não. Ele estava certo em não querer saber mais dela, havia errado tão, tão feio! Não era do seu feitio aquele tipo de comportamento, mas ainda assim, naquela hora não pareceu ser absolutamente nada!

O celular novo vibrou ao seu lado na cama e ela pegou o aparelho com os dedos frios. A mensagem de Antonella brilhava no visor feito uma intimação:

Antonella: Já arrumou suas coisas?

Não, não havia nem pensado nisso. A mala aberta estava jogada no meio do quarto com somente metade das roupas que havia separado para a viagem dos sonhos, que teoricamente deveria começar naquele mesmo dia. Ela havia decidido seguir sozinha, mas parado de arrumar para uma nova torrente de choro quando pegou o vestido que iria usar no evento de Zac dali cinco dias. Ele deveria tomar o cargo de Diretor Executivo da empresa do pai, que iria se aposentar formalmente no mesmo evento.

Era um motivo de grande orgulho, é óbvio, que a empresa da família dele prosperasse tanto. Zac pediu várias vezes para que Charlie deixasse seu trabalho como revisora de uma editora independente de livros e fosse trabalhar com ele onde ganharia muito mais ou que simplesmente parasse de trabalhar, mas ela negava. Amava seus livros e preferia que fosse assim, além de que, a herança que seu avô a havia deixado era mais do que suficiente para uma vida bem da luxuosa.

Seu celular vibrou de novo e ela xingou Antonella em pensamentos conforme o puxava para perto e virava a tela para cima. Sua amiga estava realmente insistente para lhe tirar da fossa.

Todavia, quando ela virou a tela para cima, o nome que apareceu brilhando fez seu coração parar de bater por um minuto inteiro: Zac Russo.

Charlie puxou o celular para perto e o levou ao ouvido o mais rápido que pode.

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