Acordo com o barulho do despertador invadindo todo o quarto. Bato uma de minhas mãos sobre ele com intuito de desligá-lo, mas minha tentativa é falha. Abro os olhos e o desligo. Olho para a janela e vejo que já estava de manhã.
Era hoje. Finalmente eu iria para a Universidade.
Levanto-me da cama depressa e corro até o banheiro. Tomo um banho rápido e faço minha higiene matinal, assim que termino. Saio do banheiro e entro em meu closet. Visto uma lingerie preta e decido que minha roupa do dia seria um vestido azul marinho e por um par de sapatilhas. Coloco uma jaqueta curta jeans por cima e faço uma maquiagem leve, deixo o meu cabelo solto. E eu estava pronta para o meu primeiro dia.
Pego minha mochila e saio do quarto. Desço as escadas e vou até a sala de jantar.
— Bom dia. Bom dia. Bom dia. — cantarolo e mamãe e papai me olham sorrindo.
— Acordou de bom humor. — mamãe murmura.
— Hoje é meu primeiro dia. — digo empolgada.
Pego uma maçã e a mordo.
— Ainda á tempo de desistir. — papai diz e eu reviro os olhos.
— Isso não irá acontecer. — digo e beijo o seu rosto.
Todos tomam café e um dos seguranças que me levariam avisam que estava na hora.
Margô vem até mim e me dá um beijo na testa.
— Sentirei saudades. — ela choraminga.
— Voltarei para casa nos fins de semana. Não fica tão longe daqui. — digo e a abraço.
— Promete que irá se cuidar? — ela pergunta.
— Eu prometo. — digo e nos separo do abraço.
Mamãe chorava e fungava baixinho. Rolo os olhos e a abraço.
— Mãe, esse não é o ultimo dia que irá me ver.
— Mas não irei mais ouvir seus resmungos de manhã. — ela diz e eu solto uma risada.
— Teremos os finais de semana para isso. — digo e ela me dá vários beijos no rosto.
— Se cuida, por favor. Nada de festas ilegais. Nada de rachas. Nada de drogas. Nada de sexo sem camisinha e...
— Mãe! — a repreendo.
— Desculpe, mas é difícil ver você crescendo tão rápido. — diz e eu seco as lágrimas de seu rosto com um lenço.
— Nos veremos em breve.
Olho para meu pai que estava parado com os braços cruzados, olhando para seus próprios pés.
— Pai? — o chamo e recebo a sua atenção. — Vem cá. — o chamo e ele vem até mim, me abraçando. — Obrigada por confiar em mim.
— Mas saiba que meu coração está na mão com isso. — diz e se afasta, me olhando. — Não faça nada imprudente.
— Pai, estou indo para estudar e conhecer pessoas novas. Não vou me transformar em uma punk.
— Tome cuidado com as pessoas novas. Nunca se esqueça quem você é. — diz e eu bufo, mas tinha que assentir.
— Tudo ficará bem. Daqui alguns dias, estarei de volta e irei adiantar meu trabalho nas comunidades e nos projetos. — digo para confortá-lo, e funcionou. Ao menos trinta por cento.
Olho no meu celular e vejo que já estava atrasada.
— Tenho que ir. — digo e me afasto do meu pai.
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🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓
RomanceEu nunca gostei de errar. Fosse um passo do balé, um cálculo feito rapidamente ou nas questões da vida. Eu pensava que essa era uma das minhas qualidades, gostar de fazer o certo, mesmo desejando quebrar regras, de vez em quando. Um dia, eu conheci...