01. A universidade

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Acordo com o barulho do despertador invadindo todo o quarto. Bato uma de minhas mãos sobre ele com intuito de desligá-lo, mas minha tentativa é falha. Abro os olhos e o desligo. Olho para a janela e vejo que já estava de manhã.

Era hoje. Finalmente eu iria para a Universidade.

Levanto-me da cama depressa e corro até o banheiro. Tomo um banho rápido e faço minha higiene matinal, assim que termino. Saio do banheiro e entro em meu closet. Visto uma lingerie preta e decido que minha roupa do dia seria um vestido azul marinho e por um par de sapatilhas. Coloco uma jaqueta curta jeans por cima e faço uma maquiagem leve, deixo o meu cabelo solto. E eu estava pronta para o meu primeiro dia.

Pego minha mochila e saio do quarto. Desço as escadas e vou até a sala de jantar.

— Bom dia. Bom dia. Bom dia. — cantarolo e mamãe e papai me olham sorrindo.

— Acordou de bom humor. — mamãe murmura.

— Hoje é meu primeiro dia. — digo empolgada.

Pego uma maçã e a mordo.

— Ainda á tempo de desistir. — papai diz e eu reviro os olhos.

— Isso não irá acontecer. — digo e beijo o seu rosto.

Todos tomam café e um dos seguranças que me levariam avisam que estava na hora.

Margô vem até mim e me dá um beijo na testa.

— Sentirei saudades. — ela choraminga.

— Voltarei para casa nos fins de semana. Não fica tão longe daqui. — digo e a abraço.

— Promete que irá se cuidar? — ela pergunta.

— Eu prometo. — digo e nos separo do abraço.

Mamãe chorava e fungava baixinho. Rolo os olhos e a abraço.

— Mãe, esse não é o ultimo dia que irá me ver.

— Mas não irei mais ouvir seus resmungos de manhã. — ela diz e eu solto uma risada.

— Teremos os finais de semana para isso. — digo e ela me dá vários beijos no rosto.

— Se cuida, por favor. Nada de festas ilegais. Nada de rachas. Nada de drogas. Nada de sexo sem camisinha e...

— Mãe! — a repreendo.

— Desculpe, mas é difícil ver você crescendo tão rápido. — diz e eu seco as lágrimas de seu rosto com um lenço.

— Nos veremos em breve.

Olho para meu pai que estava parado com os braços cruzados, olhando para seus próprios pés.

— Pai? — o chamo e recebo a sua atenção. — Vem cá. — o chamo e ele vem até mim, me abraçando. — Obrigada por confiar em mim.

— Mas saiba que meu coração está na mão com isso. — diz e se afasta, me olhando. — Não faça nada imprudente.

— Pai, estou indo para estudar e conhecer pessoas novas. Não vou me transformar em uma punk.

— Tome cuidado com as pessoas novas. Nunca se esqueça quem você é. — diz e eu bufo, mas tinha que assentir.

— Tudo ficará bem. Daqui alguns dias, estarei de volta e irei adiantar meu trabalho nas comunidades e nos projetos. — digo para confortá-lo, e funcionou. Ao menos trinta por cento.

Olho no meu celular e vejo que já estava atrasada.

— Tenho que ir. — digo e me afasto do meu pai.

🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora