7. Imprudência

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Alguns dias se passaram e já era novamente final de semana. As coisas correram bem na universidade. Sabina me ajudou a me enturmar e a realmente conhecer o lugar, e durante esses dias eu tive que aguentar os seus suspiros apaixonados por ela estar flertando com Pepe, um amigo de Noah e dos outros garotos, mas ele parecia ser bem diferente deles.

E por pensar nele, desde o nosso encontro no corredor do seu dormitório, eu não o vi. Nem mesmo o Harvey. E algo nele me deixou intrigada, principalmente o fato dele e Noah terem trocado farpas apenas com o olhar.

Agora eu estava a caminho da Casa Branca. Eu tentei arrumar desculpas para que eu ficasse no dormitório todo o fim de semana, mas depois do ocorrido daquela vez, o meu pai não permitiu que eu ficasse. E hoje a noite teríamos um evento beneficente para ir.

— Senhorita? Chegamos. — um dos seguranças diz e eu vejo que já estávamos na entrada da minha casa.

A porta do carro é aberta e eu saio do mesmo. Sigo até a porta e logo é aberta por Margo que sorri largamente ao me ver. Retribui o sorriso e a abraço. Eu sentia muito a sua falta, e até mesmo dela fazendo carinho em meu cabelo para eu dormir.

— Oh menina, como é bom te ver. — diz e eu me afasto um pouco para olha-la.

— Senti sua falta. — choramingo. — Como estão as coisas por aqui?

— Está tudo bem. — ela olha ao redor. — Fora a parte que seu pai está soltando fogo pelas ventas.

— O que houve?

— Fizeram uma matéria falsa sobre o seu passado e agora ele caiu um pouco nas pesquisas. — diz e eu sinto meu coração apertar.

Mesmo que eu não gostasse de muitas partes da vida que eu levava sendo filha do presidente, eu sabia como isso era importante para o meu pai. Ele sempre se esforçou para chegar até aqui e permanecer no mesmo lugar. Ele ajuda as pessoas, e nem sempre é para ganhar votos e sim porque ele gosta de ver todos ao seu redor sorrindo.

E eu me sinto ingrata por nem sempre apreciar suas atitudes.

  — Onde ele e mamãe estão? — pergunto e Margo me puxa levemente para dentro.

— Estão no escritório.

— Estão em reunião?

— Creio que não. Eles querem mesmo te ver. — diz e eu lhe dou um beijo no rosto antes de seguir até o escritório.

Bato na porta e ouço um ''entra''. E minha mãe abre um enorme sorriso ao me ver.

— Meu amor. — diz e se levanta, vindo até mim e me abraçando apertado. Muito apertado.

— Mãe... Eu preciso respirar. — digo ao sentir meus pulmões sendo esmagados.

— Desculpe. — ela se afasta e sorri. — Essa casa não é a mesma sem você.

— Mãe, eu continuo aqui perto. Você pode ir me visitar sempre que quiser. — digo e seus olhos brilham. — Mantendo a descrição, por favor.

— É claro, minha linda. — ela sorri e coloca alguns fios do meu cabelo atrás da orelha.

Meu pai se levanta de sua cadeira e sorri, me abraçando em seguida.

— Como foi o caminho até aqui, princesa? — ele pergunta e afaga meu cabelo.

— Foi tranquilo, papai. — digo e ele se afasta sorrindo. — Tudo certo para hoje à noite?

— Sim. Iremos cortar a faixa de reinauguração do orfanato. — diz com um sorriso orgulhoso no rosto.

🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora