Engulo em seco e encaro os olhos vermelhos e cobertos de fúria do meu pai sobre mim.
— O-O que está fazendo aqui? — pergunto baixo e ele avança até ficar frente a frente comigo.
— O que estou fazendo aqui? — ele indaga. — Eu estava fechando uma negociação importante e recebi uma ligação dizendo que você tinha desaparecido. — ele explode e eu encolho meus ombros.
— Eu não desapareci. — minto.
— Então onde diabos você estava, Sina? Eu já contatei toda a policia para ir atrás de você e virar Washington de cabeça para baixo.
— Um pouco exagerado da sua parte, não acha?
— Exagerado? — ri pelo nariz. — Exagerado foi você achar que pode sair por ai sozinha e sem seus seguranças. — diz e eu olho para o seu lado e vejo minha mãe me olhando com preocupação.
— Eu não saí da universidade, eu só fui para os fundos dela. — mais uma mentira.
— Então você se escondeu? Os seguranças viraram esse lugar de cabeça para baixo atrás de você. — rolo os olhos.
— Eu não...
— Chega! Essa ideia de te deixar vir para cá foi estúpida e eu não te deixarei solta no mundo. — diz e eu olho-o incrédula.
— Está tentando me proibir mais uma vez?
— Estou tentando te poupar de se machucar. Você não conhece nada no mundo. Você não sabe do que as pessoas são capazes. — dessa vez, solto uma risada forçada.
— E como vou saber sendo que o meu pai me priva de tudo? — solto o ar preso em meus pulmões. — Eu não irei sair daqui, não importa o que você e esses brutamontes façam.
Passo por ele pisando duro e passo por todos os seguranças que eram o dobro do meu tamanho e entro em meu quarto, batendo a porta com força, me jogando em minha cama e agarrando meus travesseiros.
Logo ouço a porta se abrir.
— Filha. — era a minha mãe.
— Se veio me dizer que ele está certo, eu não quero te ouvir. — digo com a voz abafada por estar com o rosto enterrado nos travesseiros.
— Eu não vim dizer isso. — diz suavemente e sinto o lado da cama afundar. — Eu só quero saber se você está gostando daqui?
Ergo um pouco o meu rosto, mas não olho para ela.
— Estou gostando, mesmo que não seja um curso que eu queira. — digo um pouco frustrada e ouço o seu suspiro.
— Eles têm aula de dança e esportes por aqui, certo? — balanço a cabeça assentindo.
Viro-me para olha-la e ela tinha aquele ar de orgulho quando tinha tido uma boa ideia.
— Porque não faz algumas aulas de dança então? Sei que não é exatamente como cursar a dança, mas será bom para você se distrair e fazer um pouco do que gosta. — ela diz e eu ergo as sobrancelhas.
— Irá me apoiar nisso? — ela segura uma de minhas mãos e me olha nos olhos.
— Eu irei te apoiar no que decidir, querida. — me permito sorrir para ela.
— Obrigada, mãe. — sento-me na cama e a abraço brevemente.
— Mas eu sei que você mentiu ao seu pai. — ela me olha sério quando me afasto. — Onde estava?
Fecho os olhos e suspiro pesadamente.
— Sai com umas pessoas.
— Sina, não pode sair por ai sem supervisão. Sei que quer fazer amigos e fazer coisas de adolescente, mas a partir do momento em que alguém descobrir que você é a filha do presidente dos Estados Unidos, a maldade irá crescer dentro delas.
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🍉ִִֺּֽֽׂ֪֤֭ׄؒᬼ ⃟͊🎯ᮭ 𝗼𝗽𝗽𝗼𝘀𝗶𝘁𝗲 𝘀𝗶𝗱𝗲𝘀 | noart ✓
RomanceEu nunca gostei de errar. Fosse um passo do balé, um cálculo feito rapidamente ou nas questões da vida. Eu pensava que essa era uma das minhas qualidades, gostar de fazer o certo, mesmo desejando quebrar regras, de vez em quando. Um dia, eu conheci...