Niell Burke

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Março de 1998

Na Morte tudo que você viveu, absolutamente tudo, passa diante de seus olhos e assim você revive todas as suas dores e seus arrependimentos, e Peter Pettigrew estava cheio de arrependimentos é mágoas. enxergando sua vida como um absoluto desperdício, mesmo assim ele não tinha culpa, todas suas escolhas derivam do profundo medo que o mesmo sentia. Pettigrew sabia bem que ninguém se preocupava com seu bem estar, ele era o único que se preocupava se passava fome ou frio, um garoto gordinho que perseguia Sirius e Tiago era assim que as pessoas o viam, Pettigrew apenas queria amigos é alguém que o amasse, sabia que não era completamente inocente mas também não era o vilão.

Pettigrew era apenas alguém que sempre foi guiado por seu medo é sua necessidade de aceitação e amor, mas não era como se alguém enxergasse isso, às vezes se perguntava o que havia feito de tão errado para não receber amor de seus pais, o'que fez de tão errado que seus colegas o faziam implorar por atenção, talvez apenas fosse um garoto patético que se tornou um homem ainda mais patético.

O tirando de seus pensamentos uma voz macabra soou em seus ouvidos, o fazendo se perguntar ' não estava morto?'

'Aproveite sua segunda chance criança medrosa'

Março de 1926

E do escuro completo veio uma luz forte, sua voz simplesmente não estava saindo é quanto mais tentava mais seu peito ardia, sentiu algo forte contra o que o mesmo achava ser sua bunda é então um choro forte ecoou pela sala, é quanto mais tentava falar mais chorava, doía, seu corpo todo doía.

—É um menino minha senhora! Os gêmeos são ambos meninos!

Todo o seu corpo estava sensível assim como seus sentidos, Pettigrew estava assustado, o garoto nunca entenderá o motivo de sempre sentir tanto medo é com o tempo simplesmente aceitava aquilo como parte de quem ele realmente era, então em meio a todo aquele medo é todo o choro involuntário ele sentiu braços gentis o abraçando, não conseguia ver nada mais que borrões sombra é não conseguira explicar a calma que sentiu naquele momento, em questão de segundos ele já não chorava ou sentia medo.

—Ele é tão pequenino.

Uma voz doce soou é seu coração se encheu de algo quentinho é agradável, Pettigrew nunca sentira tal coisa, era estranho porém agradável.

—Como vamos chamá-lo amor?

Uma voz masculina porém igualmente doce soou pela sala, é a mulher de olhos acinzentados é cabelo escuro como a noite abriu um enorme sorriso enquanto observava o pequenino em seus braços.

—Niell, Niell Sebastian Burke.

Agosto de 1928

Diferente do resto da família Black, Belvina Black havia se casado por amor é isso era bem óbvio aos olhos do jovem Niell que observava os pais enquanto estava no berço, Herbert e Belvina eram doces e amorosos o que era minimamente estranho já que o mesmo não estava acostumado com demonstrações de carinho ou até mesmo em receber amor, principalmente depois de perder a mãe, a única que mostrava o mínimo de preocupação diante do fracasso que chamava de filho.

—Niell.

A sim, por alguns segundos havia esquecido do outro ser com quem compartilha o berço, Arcturos dormia profundamente enquanto abraçava um travesseiro o qual achava que era o jovem Niell, o qual abriu um leve sorriso involuntário ao escutar seu nome, seu gêmeo mais velho simplesmente não conseguia dormir sem o mais novo, para falar a verdade Niell ou Pettigrew não se lembrava mais da última vez nesta vida que havia ficado longe do pequeno Arcturos.

Era estranho, Já não sabia como se chamar é aqueles sentimentos estranhos que continuavam o perseguindo, não entendia o que estava acontecendo e não percebia o quanto estava mudando em tão poucos anos de convivência.

—Querido? já está acordado?.

Belvine se aproximou do filho mais novo é o pegou no colo, não se cansava de olhar para seus filhos, Niell e Arcturos eram simplesmente idênticos! com olhos e cabelo tão pretos quanto a noite mais escura, sua pele cor marfim impecável que contrastava perfeitamente com o cabelo e olhos, tão jovens é já tão bonitos, sentia pena das meninas de sua idade.

—Acho que alguém aqui deve estar com fome não?

Novembro de 1930

—Jovens Mestres.—Niell Desviou os olhos do livro o qual estava lendo é foram para Gonik que esperava ganhar sua atenção para poder voltar a falar.— A mãe dos jovens mestres pediu a Gonik que os chama-se avisar que está na hora de ir—Gonik informou e logo desapareceu em um 'pop' antes dos gêmeos trocarem olhares e logo se levantam para ir a sala, essa noite eles iriam a uma festa, a primeira festa dos gêmeos é sua irmã mais nova Calliope de dois anos. Niell ou Peter não queria ir, após anos pensando sobre o que fazer com sua nova chance de viver o mesmo já sabia o que queria, ele simplesmente queria paz é uma vida calma cheia de amor se fosse possível, desde sua reencarnação toda vez que alguém vinha visitar ele se escondia e assim por tabela seus irmãos também, às vezes se sentia como uma mãe pato guiando seus filhotes, chegava a ser engraçado como seus irmãos eram apegados a alguém como ele, mesmo após tudo ele continuava retraído com medo de ser odiado é deixado de lado, ele tinha certeza que esse era seu maior medo, mesmo ao passar mais de 30 anos como alguém a que só se preocupava consigo mesmo, Ele era leal aos outros, apenas quando isso era de seu interesse ou propósito. Sua amizade com James, Remus e Sirius, foi importante para ele, porque sendo fraco, eles o protegiam. Ele os traiu, quando decidiu que o melhor era ficar do lado de Voldemort, poderia dizer que havia ressentimento por ser sempre excluído porém não era verdade, naquela altura já desistira do amor a muito tempo. Mas agora lá estava ele com pessoas que o amavam de verdade, e ele havia desenvolvido um novo tipo de medo, um medo desconhecido para ele até então, o medo de perder alguém importa para ele, seria isso mais uma fraqueza dentro tantas que ele já possuía ?

Talvez isso o tornasse mais humano, Não esse era o problema desde o início! Todos ao seu redor eram sempre tão heróicos enquanto ele era apenas uma pessoa normal.

Sem perceber que já haviam chegado, Niell continuava perdido em pensamentos, sua família como sempre chamava muita atenção por carregar o nome Black e Burke nas costas, ou até mesmo quem sabe por ambos os pais serem meio-veela e consequentemente com um beleza atordoante. E digamos que o fato de dificilmente serem vistos em público parecia intensificar isso, afinal seus pais repudiavam como aqueles adultos olhavam para seus filhos, por Merlin eles eram apenas crianças de cinco anos!.

Sua mãe agarrou com um pouco mais de força a mão de sua filha mais nova enquanto cumprimentava todos aos poucos, Burke quero já estava com Malfoy ao lado do gêmeo mais velho o cumprimentando nem se deu ao trabalho de tentar convencer o gêmeo mais novo, Niell era bem claro quando não gostava de algo ou alguém é costumava deixar aquilo bem claro, porém o mesmo manteve um olho no filho mais novo que seguiu para uma poltrona ao canto e se sentou nela sem qualquer interesse naquelas pessoas ao redor.

Crucio: Peter PettigrewOnde histórias criam vida. Descubra agora