Metas

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Olá leitores!

Depois de um longo bloqueio, eu voltei já visando o final dessa fic. Muito precipitada, eu sei.

A partir desse capítulo, peço que fiquem atentos aos detalhes. Também, a narração teve um salto de nove anos(vocês vão perceber ao decorrer da leitura).

Fiz uma enquete no Twitter sobre essa att e resolvi dividir ela em duas. Logo, comentem bastante. Amanhã, nesse mesmo horário vai sair a próxima parte.

Vamos interagir? Diga o Estado e o horário que você está lendo essa fic.

Sem mais delongas, boa leitura!

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Manu Pov

Quando terminei o segundo grau, um medo tomou conta da minha mente por mais ou menos dois meses. Eu já escrevi nesse diário que nunca fui de muitos amigos. Sempre gostei - ou achava que gostava - de ficar sozinha, no meu canto.

A verdade é que eu aprendi a não ficar sozinha. Jaime sempre me fez companhia, desde o fundamental. Crescemos - no caso, desenvolvemos maturidade juntos, já que continuo no mesmo tamanho a 10 anos - juntos, construímos uma amizade tão forte que quando nos separaram de turma, faltamos duas semanas de aula. É óbvio que foi uma estupidez de nossa parte,pois seríamos os únicos prejudicados. O importante foi que  funcionou.  Mas, o que me afetou na época, era o fato de não estarmos juntos, sempre juntos. 

Hoje eu entendo isso. Na verdade, eu até agradeço. Pesquisas dizem que ficar grudados em seus amigos fazem os próprios de enjoarem de você. Fonte? Minha cabeça com vestígios de Gizelly Bicalho. Eu entendi que era  só mais uma fase. Eu criaria um novo laço com Jaime, até mesmo com gizelly. Foram nove anos, seguidos, com o coreano. Um ano intenso com a professora. Separar, mesmo que por um pequeno período, iria fortalecer nossa amizade. Se eu os quisesse pra vida toda, teria de enfrentar meus medos, minhas inseguras. 

Foi o que eu fiz, com muito diálogo com a santa Rafaella. Ô Mulher abençoada, justa e paciente como era Jesus. Durante os dois meses que fiquei em casa após a formatura, meditei bastante sobre meu futuro, meus sonhos e objetivos. Então, depois de uma longa meditação, tracei três metas:

Descansar
Trabalhar 
Estudar

Tirei a conclusão que dois meses não iriam fazer-me descansar o suficiente. Logo,  decidi viajar, só precisava do "Money". Sabia que meu pai não sustentaria-me  a vida toda. Dessa forma, eu precisaria de um emprego. Esse trabalho me auxiliaria em muita coisa na faculdade. Estudar. Três metas, três objetivos a serem executados.

Enfim, conversei com meu pai e Rafa para que eles pagassem em minha viagem para Fernando de Noronha. Eles relutaram bastante, mas, no fim, concordaram. Sobre o trabalho, como eu não tinha nenhuma experiência de currículo com fotógrafia ainda, busquei trabalhar em escritório. Enchi o saco de Gizelly para que ela me ajudasse e, como uma fada madrinha, ela conseguiu uma vaga no escritório de uma amiga que veio com ela pro Rio. Também fiquei chocada quando descobri que a professora não era carioca, mas capixaba. Com o trabalho, que me daria uns bons trocados, eu poderia financiar minha faculdade ou, pelo menos, 80% dela. 

Eu consegui relaxar na minha viagem. Desconectei do mundo para aproveitar ao máximo daquela ilha. Acalmei meu coração e minha alma. Voltei com o espírito de "Namastê"  e  assim segui durante quatro anos. 

Não aconteceu nada de interessante na faculdade, não que eu me lembre nesse momento. Eu sei que estudei muito. Trabalhei muito também, tanto que passei a trabalhar o dia todo no escritório e a noite eu estudava. Consegui financiar a facul 100%, liberando meu pai de um "fardo fotográfico" como o mesmo dizia. Rafaella constantemente dizia-me que  eu havia amadurecido, tornando-me responsável. Acho que trabalhar em um escritório, principalmente de advocacia, contribuiu muito. 

Até o Último SuspiroOnde histórias criam vida. Descubra agora