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Aurora.

Me olhei no espelho, com o meu vestido de noiva, analisando cuidadosamente porque era a minha última prova. Meu vestido era lindo. O estilista era novo, o que provavelmente iria alavancar a sua carreira, mas ele foi o único capaz de desenhar a minha ideia, com o tecido e o bordado exatamente do jeito que eu queria e ainda no tempo certo. Encontrei-o no google, seu ateliê era pequeno e em um lugarzinho que a minha mãe e sogra ficaram horrorizadas, mas elas estavam mudas atrás de mim, então eu só podia supor que aprovaram.

— Embora esteja exibindo mais pele que eu me sinto confortável, caramba, Aurora. Você está linda. — Mamãe colocou as mãos no meu ombro. — Uma noiva perfeita.

— Você precisa se movimentar. — A Sra. Vaughn falou com emoção. — Tem que sentar, levantar, tente dançar... Precisamos ter certeza de que nenhum acidente vai acontecer com a costura. — Tirou um lenço da sua bolsa. — Me desculpem, eu sei que esse casamento não é o casamento por amor como sonhei para o meu filho, mas você está tão linda.

— Está tudo bem, também estou emocionada. — Garanti e voltei a me olhar.

O vestido estava tão bonito que não conseguia desviar o olhar, andei pelo ateliê, me sentei, agachei, me movi de um lado ao outro percebendo que o tecido era meio pesado, mas perfeitamente ajustado. Ficou ótimo nos seios, o decote era profundo, as alças finas, mas ter peitos pequenos tornou-se uma vantagem. Experimentei os sapatos e eu decidi por não trocar de roupa até o momento que fôssemos embora, dessa vez usaria um vestido branco muito bonito, mas não exatamente de festa.

Era apenas bonito o suficiente para sair do casamento e confortável para viagem longa que enfrentaria até o Hawaii.

Após a prova do vestido, passei no salão para incluir mais dois nomes na minha reserva do dia da noiva e mamãe nos conduziu para casa. Faltavam três dias para o casamento e eu precisava terminar toda a minha mudança até o fim da noite, porque o avião que levaria a minha mudança para Nova Iorque partiria de madrugada.

Assim que cheguei em casa, por longas horas, mergulhei na tarefa exaustiva de separar o que iria levar, o que iria doar e o que ficaria na casa dos meus pais. Arrumei as caixas, etiquetei e empilhei no corredor. Gates me ajudou a transportar e quando tudo foi embora, comecei a fazer a minha mala de roupas para lua-de-mel, em seguida a mala para o final de semana do casamento, terminando extremamente exausta.

Tomei um banho e me joguei na cama, respondendo as mensagens pendentes um pouco chateada que já fazia alguns dias que não conversava direito com o meu futuro marido. Ele andava ocupado e me perguntei se seria assim após o casamento. Me preparei para não esperar muito dele, mesmo com todo desejo, nós não nos conhecíamos profundamente e isso era inquietante. Não o suficiente para me fazer ter medo, porque era bastante persistente para quebrar todas as barreiras dele.

Meus últimos dias em casa foram preenchidos com melancolia e muito grude com meus pais e a minha irmã. Até dormi na sala em um grande acampamento com minhas três irmãs. Não paramos de falar e rir a noite inteira, tirando fotos, lembrando dos nossos momentos mais divertidos e prometemos nos encontrar para termos momentos de irmãs sempre que possível.

Na manhã do meu jantar de ensaio, passei o dia no salão adiantando alguns tratamentos necessários para o casamento. Pela lei, já era uma Vaughn. A segunda Sra. Vaughn. Nicole, minha sogra, obviamente era a primeira. A mãe do Sr. Vaughn faleceu no começo do ano passado e já era bem idosa.

— A mamãe me pediu para conversar com você. — Bella sentou-se ao meu lado após a minha depilação. Estávamos aguardando a nossa vez de fazer as unhas. — Ela disse que você faz aquela cara de miss simpatia sempre que tenta falar sobre o sexo. Como você já foi ao médico, está tomando pílulas e eu sei que você sabe o que é transar, vou falar sobre o sexo no casamento que é bem diferente do sexo namorando.

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