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Aurora.

Ergui o meu vestido, dançando até o chão com as minhas irmãs, rindo e me jogando ao som das batidas do funk. Coloquei as minhas mãos nos joelhos, quicando com a Bella e a Jasmine. Snow estava rindo e filmando, mas ela sabia que não podia publicar tudo. Meus pais estavam rindo, porque eles sabiam que não podiam nos controlar em uma festa e desviei o olhar para o meu noivo que parecia muito interessado na maneira que a minha bunda se mexia. Ele deixou a taça de espumante em cima de uma mesa e invadiu a pista de dança, me pegando pela cintura e dançando comigo.

Rebolei contra ele, virando de frente e joguei os meus braços no seu pescoço, abraçando-o e ele me ergueu pela cintura, rodando na pista, me fazendo rir. Nós já tínhamos passado por quase todas as obrigações: fotos, dança, cumprimentando os convidados, o jantar e em pouco tempo iriamos jogar o buquê, a liga, cortar o bolo e então subiria para trocar de roupa.

Partimos o bolo e voltamos a dançar.

— Sra. Vaughn, é hora de jogar o buquê. — Vince me deu mais um beijo e me colocou no chão. O DJ reuniu as mulheres solteiras e minha mãe obrigou a Snow a participar. Emburrada, de braços cruzados, me deu um olhar ameaçador caso decidisse jogar para ela. Eu peguei o buquê da Bella e realmente fui a próxima a casar.

Rindo, mirei na Eloisa, mordi o lábio e joguei. Ela pegou, assustada e uma prima minha quase arrancou da sua mão, mas elas se contiveram a tempo. Ergui a barra do meu vestido para mostrar que coloquei o nome da mulherada que estava louca para casar e colei um floco de neve só para deixar a minha irmãzinha nervosa. Sentiria muita saudade de vê-la pisando duro pela casa.

Após o buquê, os homens solteiros se reuniram para pegar a liga. Ergui a minha perna na coxa do Vince, ele franziu o cenho, olhando para minha perna e em seguida para a quantidade homens ao redor, que se misturavam entre o seu melhor amigo e padrinho, o simpático e muito engraçado Jonathas Flynn e os nossos primos. Um dos seus primos assobiou para a minha coxa, Vince o olhou, abaixou o meu vestido e de supetão me pegou e jogou sobre os seus ombros como um saco de batatas saindo da pista de dança.

Registrei o olhar chocado da minha mãe e a risada generalizada. Ele me colocou no chão antes de subir a escada e não conseguia parar de rir.

— Dá azar não jogar a liga. — Comentei reunindo a minha saia longa para subir.

— Eu não me importo, mas aquele bando de tarados não iam ficar com ela.

Rindo, empurrei a porta da suíte que nossas roupas estavam arrumadas. Ele fechou a porta e trancou, abrindo os punhos da camisa social e eu parei na frente do espelho, me inclinando e começando a soltar o meu cabelo, dando um jeitinho rápido em mantê-lo arrumado preso na parte de cima e fluído embaixo. Parei de me olhar quando vi o Vince passear de cueca pelo quarto.

— Continue me olhando assim e nós vamos começar a lua-de-mel agora mesmo.

— Acho que temos um voo para pegar. — Soltei um riso nervoso.

— Não seria um avião?

— Tanto faz. — Bufei e mordi o lábio. — Você precisa me ajudar com o vestido.

— Preciso estar vestido para tirar a sua roupa. — Vestiu a calça jeans e eu ri, começando a guardar minhas coisas, abrindo a mala e organizando tudo enquanto ele se vestia. Pronto, parou atrás de mim e começou a soltar botão por botão com paciência. — Porra, eu sabia que tinha que me vestir, mas pelo visto deveria estar fora desse quarto. — Seu dedo passou pela tira fina da minha calcinha.

— Paciência, Sr. Vaughn. — Provoquei e me livrei do vestido, pegando a minha necessaire e indo até o banheiro com a capa do meu outro vestido. Usei o sanitário, troquei as minhas roupas íntimas porque estava suada e não ficaria horas dentro do avião com a mesma calcinha.

Realeza SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora