Inseguranças

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-Vocês precisam tomar muito, muito cuidado, me ouviram? Isso é perigoso, obedeçam minhas ordens, e não saiam de perto de mim, pelo amor de Kami-sama, entendido? -A mais velha suplicou, olhando para os alunos com certo ar de superioridade.

-Sim Hinata-sensei.- Responderam em uníssono.

-Ótimo...

As crianças voltaram a cochichar, se entreolhando entre si. Hinata olhava para os três curiosa, qual era o problema de inseri-la na conversa também? Porquê sussurravam tanto?

-Ei! Sobre oque estão falando?- Perguntou, piscando algumas vezes, em quanto inclinava seu corpo para frente.

-É que achamos essa missão muito importante, e estamos felizes de receber tanta confiança assim do Hokague. -Respondeu Mizuki, de forma simples e resumida.

-Exatamente, mas também estamos preocupados, porquê não queremos decepcionar vocês.-Completou Tadashi, recebendo um aceno de confirmação de Nezuko.

-Não vão nos decepcionar, vocês são incríveis! Quem me dera ter sido assim...

A Hyuuga automaticamente lembrou de Kiba e Shino, e de como eles tiveram alguns problemas para se acostumar uns com os outros. O Inuzuka era agitado demais para os outros dois, e não conseguia se acostumar com todas as regras do clã da perolada. O Aburame era sério demais, e acabava irritando Kiba as vezes, começando com briguinhas bobas. E Hinata, bom, ela era tímida demais, não estava acostumada em sair de casa todos os dias para treinar, muito menos manter conversas amigáveis com qualquer um que não fosse de sua família.

Já o time 12 era bem unido, se deram bem logo de primeira, e quase nunca brigavam por coisas bobas, só Nezuko, que gostava de provocar seus companheiros.

-Minha mãe me disse que você era uma gennin genial, Hinata-sensei. -Falou Tadashi, tentando lembrar das palavras da mãe.

-Hm? Ela disse?

-Claro! A família secundária gosta muito de você, Hinata-sensei!- Confessou o mais novo.

A professora arregalou os olhos e sorriu animadamente. Não se importava se seu pai a achasse um fracasso. Não se importava se os anciãos a consideravam uma criança. Não se importava se Hanabi a visse como uma garota frágil. Ter o apoio da família secundária era extremamente crucial para Hinata. Afinal era justamente essa ramificação que ela queria salvar.

-Fico muito feliz.

O aluno retribuiu o sorriso.

-Bom, então vamos!

(...)

A professora suspirou quando viu a entrada daquele econderijo, só de ver aquela porta já ficava nervosa. Deveria manter a calma, mas era impossível. Respirou fundo mais uma vez, caminhando a passos firmes até a entrada. Tentou abrir a porta, mas assim como esperava, estava trancada. Os mais novos olharam curiosos para Hinata, se perguntando oque ela iria fazer. Segundo Kakashi, aquele lugar estava abandonado, então não deveriam encontrar inimigos ou qualquer coisa desse tipo.

A Hyuuga ergueu a perna direita, chutando a porta para abri-la a força, as engrenagens de ferro rangeram e algumas inclusive acabaram por se partir, a tábua de madeira caiu no chão, fazendo um barulho alto. Nezuko bateu palminhas, animada. Sua vontade era de sair correndo na frente, mas as ordens da professora foram bem claras, e mesmo que estivesse vazio, era perigoso.

A mais velha foi na frente, andando devagar em passos cautelosos. Aquele ambiente era estranho, Orochimaru era estranho. Dava para sentir o cheiro das diversas substâncias escondidas em todas aquelas salas todas, e alguns ruídos deixavam Mizuki meio nervosa.

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